Não tem muito como discutir determinados assuntos se os dois conversadores não estão empenhados em olhar para o mesmo problema ou fenômeno.
Quando se estuda algo, se parte da tentativa de resolver um problema melhor ou se entender com mais precisão um dado fenômeno. Há um foco para o qual todos os esforços estão sendo feitos.
Já cansei um pouco de receber críticas laterais.
O que seriam?
É como se você estivesse olhando para uma câmera para tirar a foto e a pessoa está tirando foto do seu perfil.
A pessoa está avaliando o seu trabalho não pelo que você está empenhado, mas pelo que ela acha que deveria ser o seu empenho, o que é uma injustiça e não deixa de ser algo autoritário.
Qualquer esforço intelectual visa dar uma resposta a um dado tópico (problema ou fenômeno). A avaliação do trabalho – se é eficaz, ou não – só pode ser feita, a a partir dessa aferição. O que se pode questionar, sim, é a validade do trabalho, mas não os resultados por algo que ele não se propõe a fazer.
É a agenda que está na mesa:
- Melhorou a forma de ver e resolver o problema?
- Melhorou a forma de observar o fenômeno?
Sim ou não?
Tudo que vem no paralelo é algo que não agrega, pois é tentar avaliar um quadro expressionista com o olhar impressionista, ou vice-versa.
É isso, que dizes?