Vamos arriscar a traçar alguns perfis dentro de um projeto de inovação.
Começo pela figura abaixo:
Note que não falo de pró-ativo, nem de reativo ou inativo, pois o ser humano não pode ser chamado assim, como uma pedra, ou algo que não muda em contextos.
Vivemos em diferentes momentos e o que pode despertar a pró-atividade em um, pode não ser para o outro.
Mas podemos dizer que há pessoas que portam mais pró-atividade de maneira geral para mais coisas e outras são mais seletivos ou quase nunca portam a pró-atividade, tendendo mais a reatividade ou mesmo a inatividade.
Assim, o que vai medir é o histórico, que pode conter surpresas, pois para uma determinada coisa uma pessoa que sempre trabalha na inatividade aposta na pró-atividade.
Todo cuidado é pouco!
Assim, quando lidamos com um projeto de inovação, vamos enfrentar essas pré-disposições e para cada um deles temos um esforço de energia para que a pessoa se envolva no projeto.
E isso vai variar, conforme cada caso.
Talvez o gráfico provoque um estranhamento ao se falar de inatividade. É comum trabalhar apenas com dois perfis pró-atividade e reatividade, mas percebi que a reatividade é alguém que reage a uma energia e tem gente que é quase sempre portador da inatividade, que é algo mais sério, pois demanda um esforço de energia muito maior, às vezes até inútil.
Fora isso, temos algo mais interessante no gráfico abaixo:
Muita gente vai estranhar principalmente o último ponto. Pode uma pessoa que geralmente porta a inatividade ser um multiplicador?
Pode.
Ele defende a inatividade como uma bandeira.
É alguém que tracei o perfil aqui no Ceticismo Tóxico.
É uma pessoa que dificilmente tem pró-atividade e que faz da inatividade uma bandeira, aparentemente com uma capa de pró-atividade, mas é algo interessante, pois se torna um ativista da inatividade.
Um projeto de inovação deve contar no seu início com pessoas que tenham facilidade de exercer a pró-atividade, com pouca gente que pratique costumeiramente a reatividade e pouca, ou quase ninguém da inatividade.
Se vier alguém portador de inatividade, que seja, pelo menos, seguidor e não multiplicador, pois um defensor da não-ação para um grupo que quer mudar é um complicador e tanto, que vai exigir um esforço de energia muito maior, em um momento inicial e crítico.
Saber identificar estas camadas é importante para saber mais ou menos com quem estamos lidando e o que pode ser feito para lidar com cada um dos diferentes cenários.
É isso, que dizes?
[…] Complementando o post anterior, estou tentando traçar perfis de inovação. […]