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Podemos dizer que a comunicação algorítmica colaborativa  é a grande novidade da chegada da Internet. 

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Note que:

  • – comunicação sempre existiu na espécie humana;
  • – os algoritmos começaram a ser usados com o computador;
  • – a colaboração algorítmica involuntária começou a ser testada pelas empresas ao colher dados de ações dos usuários, tais como empresas de cartão de crédito, bancos, lojas, supermercado, etc;
  • – podemos até dizer que a colaboração algorítmica colaborativa voluntária de massa poderia ter sido experimentada em casos isolados, mas não de forma massiva, quando havia algum botão para se dar opinião sobre um determinado produto e serviço.

Após 2004 com a banda larga, começamos a ter uma passagem radical das ações humanas para operações, através das telas, passíveis de rastreamento. Isso se dá tanto em relação ao consumo de informações, como de produtos e serviços.

Foram criadas as primeiras Plataformas Digitais Colaborativas Digitais, em que se começou a usar os algoritmos para gerenciar a colaboração tanto voluntária como involuntária. Salvo engano, a primeira foi o SlashDot, do qual a Bia Martins fez uma tese de mestrado.

Podemos, assim, que houve, a partir de 2004, uma explosão de dados involuntários que estão sendo deixados nos bancos de dado, pois há um radical aumento do uso da Internet e uma atividade cada vez maior de produção e consumo, via rede.

Isso tem um boom.

formigas-04

Além disso, aumenta-se radicalmente a possibilidade de se deixar conteúdos de forma voluntária, desde a inclusão de registros próprios (textos, imagens paradas ou em movimento e sons) diretos ou avaliações em registros de terceiros seja por textos (comentários) ou ícones (estrelas, curtir, não curtir). Começa-se a experimentar algo novo: a colaboração de massa, ou de muitos para muitos.

Quando falamos, portanto, na grade guinada e na novidade da nova Governança Digital estamos falando da explosão de:

  • Rastros involuntários – tudo que se passou a se fazer diante das telas digitais, passível de rastreamento, inclusive de objetos;
  • Rastros voluntários – inclusão de registros diretos ou avaliação de registros de terceiros.

Isso é o que é feito e é armazenado como possibilidade de tratamento.

Pode ser feita ou não.

Quando cria-se uma Plataforma Digital Colaborativa que permite trabalhar em cima desses dados e gera-se resultados para os usuários e gestores da plataforma, estamos processando esses registros voluntários e involuntários para gerar relevância e valor.

Isso é possível de ser feito por algoritmos.

formiga1 (1)

Essa comunicação que passa a existir, mediada pelos algoritmos, é o que podemos chamar de comunicação algorítmica colaborativa, formada por rastros voluntários e involuntários.

Note, assim, que só é possível de ser feita dentro de plataformas, que tenham algoritmos e que criem esse modelo próximo das formigas.

Não é, assim, formada por partes isoladas, mas só é possível quando se tem um todo integrado, na qual os registros são armazenados e processados por algoritmos, criando um ambiente que permite que a nova comunicação ocorra.

É isso, que dizes?

 

 

 

5 Responses to “A comunicação algorítmica colaborativa”

  1. […] de forma voluntária e involuntária gerenciados por algoritmos, que geram relevância e valor  – ver mais aqui – […]

  2. Bia Martins disse:

    Interessante a análise, Nepô. De fato é uma comunicação colaborativa mediada por algoritmos, que têm papel determinante no tipo de ambiente que se quer incentivar: mais ou menos diálogico; mais ou menos aberto ao dissenso; incentivando a colaboração ou a competição etc etc

    Isso serve pra várias áreas nas quais se queira implantar projetos de governança distribuída – escola; administração pública; parlamento; empresas etc etc.

    Novos desafios para novos tempos.

  3. Luciana disse:

    É isso aí, Nepô. Fenômenos colaterais tornam-se centrais. Ninguém previu e ninguem mais pode impedir. É o que eu chamo de dimensão irreversível do ecossistema big data.

    Me causou estranheza o termo rastros digitais associado aos adjetivos voluntários e involuntários… Para mim rastros voluntários não existem, o que torna rastros involuntários uma redundância… Mas vou pensar mais sobre o assunto.

    Só por preciosismo e respeito á história: os algoritmos não começaram a ser usados pelos computadores. Algoritmo é uma sequencia de passos que se seguidos levarão a um resultado previsível, com utilização limitada de recursos (inclusive tempo). Essa definição é a maior limitação dos algoritmos digitais em ambiente big data. “previsivel” e “limitados” são termos que confrontam com as possibilidades quase organicas do big data. Não é a toa que IBM e outros correm atrás de uma computação cognitiva (mais próxima ao raciocinio humano). Eles chamam de computação cognitiva. Eu chamo de algoritmo heuristico. Estou escrevendo sobre isso. Compartilharei com você.

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Luciana,

    vamos por partes.

    sobre big data escrevi este post que discute o conceito:
    BigData 3.0 – http://nepo.com.br/2014/05/12/o-bigdata-3-0/ … O que é e por que que ganha o 3.0 ao final?

    A questão do conceito dos rastros é o seguinte.

    Precisamos separar na colaboração de massa o que o usuário deixa sem saber, ou sem querer deixar, ou é obrigado a deixar de forma impositiva, involuntária, se quisermos.

    Clicar, comprar, imprimir, repassar, encaminhar, etc…

    O banco de dados pode registrar isso e tirar conclusões, precisamos chamar isso de algo, por isso involuntário, mas aceito melhorias.

    E tem o que ele deixa de forma voluntária, ele quer deixar uma marca, tipo curtir, comentar, votar e isso eu chamo de voluntário….

    É preciso separar as duas ações, esse conceito é antigo e estava no livro conhecimento em rede e vem sobrevivendo no tempo….o que vier para melhorar estou querendo…..

  5. Carlos Nepomuceno disse:

    Quanto ao algoritmo, é novidade o que você traz, ótimo, será preciso, então sempre falar em algoritmos digitais, pois aí não há dúvida do que se está dizendo.

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