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Vejam o gráfico abaixo:

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Note que tivemos, a partir de 1450 uma construção de ideias e valores para a mudança de Governança da Espécie, que vai ocorrem em 1800, com as Revoluções Liberais.

Há uma curva ascendente no gráfico. É o momento do Pêndulo Cognitivo de Expansão, que podemos chamar de Primavera Cognitiva, quando as ideias saem de uma ambiente fechado, uma Ditadura Cognitiva e começam a se espalhar na sociedade, aumentando a Taxa de Subjetividade e, por sua vez, pressionando a Taxa de Concentração de Poder para baixo.

O período ascendente é o que chamo também de Surto Filosófico que permite que mudemos de paradigma e preparemos a sociedade para assumir mais responsabilidades, que a nova Governança exigirá.

  • Uma coisa é um rei escolhido por Deus.
  • Outra é um representante escolhido por nós!

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Em 1800, temos as Revoluções Sociais que estabelecem uma nova Governança da Espécie, que é necessariamente a redução da Taxa de Descentralização de Poder. Ou seja, um ajuste entre o tamanho da população com a necessidade de um novo modelo de tomada de decisões que possa subir a Taxa de Diversidade na sociedade – mais gente participando de mais  decisões.

Isso de fato acontece.

(Vivemos no século XIX e XX uma luta de poder para ocupar a mesma Governança da Espécie, mas sem uma proposta de descentralização de poder, o que pode-se ver na briga capitalismo x comunismo.)

Há no momento seguinte uma consolidação da nova Governança da Espécie e, por sua vez, uma nova concentração dos Ambientes Cognitivos, em função do aprendizado pela estrutura do poder de seu funcionamento.

Ou seja, a população consegue aumentar, pois o ambiente político e econômico ficou mais aberto e mais sofisticado, porém não há uma continuidade na Distribuição do Poder, que tende a se concentrar.

E há dois movimentos inversos que levam necessariamente a um ponto de inflexão:

  • – aumenta-se a Complexidade Demográfica, criando cada vez mais diversidade;
  • – porém as decisões vão ficando cada vez mais relacionalmente fechadas mais gente querendo opinar e menos gente decidindo.

O que nos leva a ser capaz de aumentar o tamanho da população, porém sem aumentar a qualidade da tomada de decisões, o que causa a crise que temos hoje.

Aumentamos a população e sua diversidade, mas não conseguimos que ela tenha voz para exercer esse potencial.

A nova Governança da Espécie que começa a se delinear a partir de 2004, com a chegada da banda larga e a massificação do uso da Internet, provocando um radical aumento da Taxa de Canalização Humana. Ou seja, mais gente com mais canais para se expressar, iniciando, assim, o processo de Surto Filosófico Digital, que já está em curso, porém um encurtamento muito maior de tempo comparado a última Revolução Cognitiva.

As tecnologias se massificam de forma mais rápida, mudam mais rapidamente em um mundo muito mais conectado.

Ou seja, não vamos levar 350 anos para que as primeiras Revoluções Sociais aconteçam!

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O que nos leva a reiniciar o processo de criação de uma nova Governança da Espécie, começando a construir um novo modelo, que procurará descentralizar o Tripé de Ambição humana: poder, dinheiro e fama.

Veja bem, assim, que voltamos, sob esse ponto de vista, para a conjuntura política, social e econômica dos séculos XVI, XVII e XVIII, quando se procura um novo modelo para gerir a sociedade e fugindo dos séculos XIX e XX, quando estávamos apenas lutando pelo poder NA MESMA GOVERNANÇA!

Assim, não faz sentido no Século XXI reviver a luta esquerda x direita, que é típica briga de poder na mesma Governança dos séculos XIX e XX, o momento atual é de procurar um novo modelo de Governança que repense todo o modelo, algo muito mais profundo, resgatando o que viveram os iluministas e renascentistas daquela época!

A luta atual é pela reinvenção da República e de um modelo econômico que seja coerente com esse novo ambiente político. Esqueçam comunismo e capitalismo, que só fizeram sentido no Ambiente Cognitivo Oral-impresso-eletrônico.

A conjuntura atual é completamente outra!

gutenberg50

A mudança da Governança nos leva à procura de um novo sistema social, político e econômico, que chamo no gráfico de Pós-capitalismo, mas que tenho arriscado a chamar de colaboracionismo ou “partipacionismo”, que incluiria ações econômicas e políticas, em uma República regida pelo Ambiente Cognitivo Oral-Escrito Impresso – Eletrônico e agora também com o Digital.

É isso, que dizes?

One Response to “O mapa da Revolução Cognitiva da Prensa até os dias de hoje”

  1. […] é o aumento de participação no tripé da ambição humana: fama, poder e dinheiro – ver mais aqui – […]

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