No atual momento da Contração Cognitiva, com a baixa taxa de abstração da sociedade, a maior parte das pessoas que se dedica aos problemas sociais são muito mais cronistas do que teóricos, cientistas.
Muitas pessoas escrevem sobre a sociedade e, no caso do meu problema-matriz, sobre os efeitos das tecnologias na sociedade e mais especificamente sobre as Tecnologias Cognitivas.
Eu diria que há dois tipos de abordagem.
- – os cronistas – vamos chamar assim, que comentam fatos, mas não visam construir teorias;
- – os cientistas sociais – que se debruçam sobre os mesmos fatos, mas que visam construir teorias.
As teorias trabalham com forças vivas, que na dinâmica de seu movimento vão provocando fenômenos sociais.
- O papel do cronistas é comentar sobre elas.
- O papel do cientista é criar aprender a regularidade das forças para criar uma dada teoria, que é um modelo/padrão que possa mostrar determinadas regularidades, a partir de determinados contextos;
- E, por fim, desenvolver metodologias que possam, a partir do conhecimento das forças, poder apontar ações que reduzam sofrimentos.
Para exercer o seu papel, o cientista social precisa:
- – definir um problema-matriz, que ajude pessoas a sofrer menos;
- – analisar as forças que fazem com que haja aumento ou redução de sofrimento, a partir de determinados contextos;
- – detalhar estas forças, criando conceitos que ajudem a delineá-las e podê-las compará-las em momentos distintos.
No atual momento da Contração Cognitiva, com a baixa taxa de abstração da sociedade, a maior parte das pessoas que se dedicam aos problemas sociais são muito mais cronistas do que teóricos, cientistas.
O cientista social leva bastante tempo, pois:
- – demora a chegar no problema-matriz;
- – é preciso ir se desintoxicando da abordagem padrão para ir criando novo ponto de vista;
- – ser meticuloso ao longo do processo.
Teorias são demandas que exigem muito trabalho e atenção e, por isso, é mais fácil escapar para o lado da crônica.
O problema é que hoje em dia tem muita gente fazendo crônica, chamando-a de teoria.
É isso, que dizes?
[…] Cientista Social – aquele que procura forças e seus contextos, visando reduzir, através de metodologias, sofrimentos humanos (ver detalhamento aqui); […]
[…] futurólogo, portanto, é, antes de tudo, um cientista social, que consegue observar as forças e seus […]