Não se pode analisar o capitalismo sem os conceitos cognitivas, ou a a noção de que ele foi criado e viveu, até o momento, sob a égide de uma Contração Cognitiva e agora, pela primeira vez, uma Expansão, que visa, como foi no passado, promover inovações incrementais e radicais na Governança da Espécie.
O capitalismo tem uns 200 e poucos anos.
Em termos de história humana não é quase nada, mas muitos atribuem a ele toda a injustiça da humanidade.
O capitalismo, é bom saber, é filho das revoluções americana (1776) e Francesa (1789), que são netas da Revolta Cognitiva do papel impresso, iniciada em 1450, com o invento de Gutemberg.
Do ponto de vista da Antropologia Cognitiva, tivemos , 350 anos, de 1450 até as revoluções liberais do início do século XIX, um período de Expansão Cognitiva e a partir daí de Contração, com a consolidação do novo modelo político e econômico.
Os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade foram propostas que surgiram e são a base do capitalismo (nem sempre implementadas), a partir das ideias iluministas, pós papel impresso.
O papel impresso aumentou a Taxa de Circulação Horizontal de Ideias, que permitiu que o modelo Igreja/Monarquia pudesse ser substituído por outro muito mais dinâmico.
Assim, o que podemos analisar nessa nova etapa de Expansão Cognitiva é a correção dos problemas que o modelo político-econômico atual criou, em função do controle das ideias.
Ou seja, não se pode analisar o capitalismo sem os conceitos cognitivas, ou a a noção de que ele foi criado e viveu, até o momento, sob a égide de uma Contração Cognitiva e agora, pela primeira vez, uma Expansão, que visa, como foi no passado, promover inovações incrementais e radicais na Governança da Espécie.
Portanto, abre-se a temporada de questionamento de um conjunto de premissas que temos hoje – que parecem seculares e eternas.
Tenho defendido que o conceito de lucro como o poder supremo do capitalismo e o fim último das organizações produtivas só é possível se estabelecer e ser difundido em um ambiente de ideias controladas.
Não parece fazer sentido para a sociedade que uma organização, digamos assim, só pense nela e nos seus acionistas e usem o consumidor e a sociedade apenas como um objeto, um alvo, para aumentar os resultados.
Isso não é a base do sistema é resultado, a meu ver, da co-relação de forças de controle de ideias.
Obviamente, que essa “coisificação” da sociedade para atingir de seus objetivos é algo perverso e tem consequências danosas para todos.
Ou seja, a base principal do que parece ser o capitalismo atual, pode não conseguir se manter no futuro em uma sociedade que consegue se empoderar.
Assim, podemos dizer que todos os sistemas políticos e econômicos vivem dois momentos distintos: contração de ideias e expansão.
- Na expansão, ele será fortemente questionado, melhorado ou mesmo substituído.
- Na contração, ele será fortemente consolidado, apresentando seus piores desvios.
É isso, que dizes?