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A crise atual das organizações como disse aqui é o impasse entre a complexidade demográfica e a capacidade de tomada de decisões que é feita atualmente.

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Ou seja, a espécie cresceu, mas continua tomando decisões, do ponto de vista hierárquico,  praticamente como há 200 anos atrás.

O que nos leva a uma baixa qualidade de tomada de decisões, pois não leva em conta a complexidade demográfica atual, o que implica em exclusão de interesses, ideias, visões, inovações, projetos, desejos e solução de sofrimentos cada vez mais emergentes.

Podemos dizer que o modelo atual da governança deixa passar batido um potencial enorme de talentos que estão por aí perdidos, pois há uma hegemonia de visão, que não inclui essa força intangível.

As portas das organizações estão fechadas para o novo, para o que é diferente, pois vivem uma profunda crise narcísica de anos de decisões voltadas para dentro.

É algo profundo e que vai ter repercussões muito fortes ao longo do tempo, pois há uma forte dicotomia da nova maneira de tomar decisões com o modelo que é feito hoje.

Podemos, assim, dizer que estas mudanças não ocorrem, pois:

Às vezes, por que não se quer, às vezes por que não se sabe como. Quando não se quer, tudo certo, não há o que se fazer, mas o problema é quando se quer e não se sabe como, aí entram os especialistas de migração para a nova governança da espécie, no qual me incluo.

O problema tem dois viés que empacam as mudanças:

  • defesa de interesses vigentes – um acomodamento das atuais organizações no modelo atual, que gera um conjunto de vantagens para as autoridades de plantão, que não se quer abrir mão, algo bem humano;
  • medo do novo – uma incapacidade inovadora de aderir a um novo modelo completamente estranho de uma nova governança, ou seja, uma nova forma de tomada de decisões, que seja capaz de incorporar a opinião de mais gente, o que gera medo e desconfiança.

Isso pode ser entendido, pois o que está mudando é algo no epicentro da governança da espécie.

Hoje, criamos novas tecnologias da decisão, fortemente baseadas em ferramentas cognitivas, que permitem, finalmente, incorporar a ideia de mais gente, através de um misto entre colaboração de massa e algorítimo, mantendo um custo/benefício sustentável.

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Note que a tomada de decisão hoje está ajustada às tecnologias cognitivas disponíveis, que foram sendo incorporadas à espécie ao longo da sua curta história na terra:

  • a linguagem oral – criada há 100 mil anos;
  • a escrita – há 10 mil anos;
  • a escrita no papel impresso – há 500 anos;
  • o computador sem rede – há 80 anos;
  • o computador em rede, mas sem ferramentas massivas de colaboração – há 50 anos .

Ou seja, quando criamos novas tecnologias cognitivas ampliamos a nossa capacidade de tomada de decisões, que é a base para experimentarmos novos modelos de governança.

O modelo atual precisa da centralização, pois qualquer tentativa de consulta usando os meios acima citados é bastante demorado, o que causa um problema de qualidade, na relação custo/benefício.

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A base das novas tecnologias cognitivas do novo século estão baseados no uso intensivo de aparelhos digitais em rede com ferramentas massivas de colaboração, que chamo de plataformas colaborativas digitais, que nos ajudam a tomar decisões com mais qualidade, incorporando muito mais gente no processo.

Ou seja, a tomada de decisões feita até a chegada da Internet colaborativa de massa não podia ser de outra maneira, mas agora já pode.

Quando falamos que as organizações precisam se ajustar ao novo ambiente, o que precisa ser feito é justamente a criação de um novo modelo de tomada de decisões que incorpore a colaboração de massa.

Muitos querem “dialogar” com os clientes, através dos antigas tecnologias cognitivas, mas isso é impossível, pois elas são verticalizadas e pensadas para baixa colaboração externa, já que:

  • – houve um aumento radical da complexidade demográfica que saltou de 1 para 7 bi nos últimos 200 anos;
  • – e há uma nova alternativas hoje que, como qualidade, é possível tomar decisões ampliando tremendamente a capacidade de participação dos que estavam de fora do modelo anterior.

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Assim, projetos de alinhamento ao novo ambiente, são projetos de migração de governança oral-escrita-analógica-digital-sem-colaboração para uma que incorpore todos os anteriores acrescida de um ambiente de colaboração digital de massa.

Todos os projetos na Internet que têm conseguido gerar valor, de alguma forma, estão se utilizando em maior ou menor escala da nova governança digital colaborativa, através da colaboração e uso intenso de algorítimos.

O que é preciso é experimentar esse novo modelo, pois isso não acontece naturalmente.

E isso precisa ser feito em áreas isoladas, pois não é algo de continuidade ou incremental, mas de ruptura radical com o atual modelo de governança analógico de baixa colaboração.

É isso, que dizes?

One Response to “A tomada de decisão na colaboração de massa”

  1. […] Como vimos aqui, a base principal das mudanças é a chegada de um novo modelo de tomada de decisões que nos permite criar uma nova governança da espécie. […]

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