Falei aqui da atual crise da ciência e seu desdobramento.
Além de todas as questões abordadas ali, podemos dizer, principalmente na área humana, que os estudos acadêmicos se voltaram para assuntos, verdadeiros sacos sem fundo, de pouco interesse e valor para a sociedade.
Quando temos Revoluções Cognitivas há uma abalo no narcisismo organizacional e o estudo de assuntos vai ficando algo cada vez menos valoroso.
Há o início de uma forte pressão da sociedade para que os estudos se voltem, novamente, para onde o calo aperta: os sofrimentos e as suas soluções.
Obviamente, que não se pode resumir estudos apenas em problemas ligados a sofrimentos, pois existem pequisas que podem de forma aleatória ajudar nessa direção, mas é preciso trabalhar com taxas.
Diria que hoje 70% lida com assuntos e 30% com problemas, talvez na área humana, seja ainda maior. É preciso inverter essa relação, aumentando o esforço de estudos que ajudem a reduzir sofrimentos.
Hoje, fica a critério de cada pesquisador o que ele deseja estudar e não há um programa de problemas escolhidos pela sociedade que gostariam de ver seus pesquisadores – pagos por ela inclusive – se debruçarem.
A mudança profunda da ciência é que ela vai ser mais e mais pressionada por soluções e isso vai nos levar as mudanças em direção a uma nova governança e uma nova forma de se produzir conhecimento.
É isso, que dizes?