O grande barato de ser um microempresário é a liberdade que um emprego de carteira assinada não tem.
Montei a Pontonet em 1995, na época que ninguém sabia direito o que era Internet.
Hoje, depois de 18 anos, tenho 400 projetos registrados em carteira, passei por diversas fases (fazedor de homepage, desenvolvedor de softwares na web e agora como gestor de inovação digital).
Muitos dirão que a empresa não bombou e que não estou rico.
Porém, sobreviver 18 anos no mercado, colocar três filhos da faculdade e ter apartamento próprio já é alguma coisa, num esforço meu e de minha mulher que é arquiteta também autônoma.
Diria que há dois preconceitos em curso:
- a) de que montar microempresa é para quem não conseguiu lugar no mercado, discordo;
- b) de que quem monta microempresa tem que ficar rico e se não ficar, é que fracassou, discordo.
O grande barato de ser um microempresário é a liberdade que um emprego de carteira assinada não tem.
Faz parte do temperamento de cada um.
Desde que montei minha empresa, adoro a sensação de ter o mercado aberto para mim.
Não é só bonança, pelo contrário, mas o que já vivi aqui é algo que não tem preço.
Assim, a ideia de um microempreendedor que consegue viver e sobreviver com sua empresa é algo bem bacana para quem não se encaixa no mercado formal.
Ou seja, o primeiro passo é saber se você vive bem com a insegurança, se gosta de inovação, de risco, de emoções fortes ou tem aquele perfil mais acomodado?
A maior parte dos empreendimentos – ainda mais na área de serviços – visa a sobrevivência do microempreendedor, dando uma ou outra bola dentro, algumas bolas fora.
Assim, a primeira dica é: se você não tem um perfil de desafios e talvez um espírito mais independente, pense bem antes de montar o seu negócio.
Que dizes?