A confiança das organizações não era verdadeira, mas feita de forma artificial por falta de opções e intoxicada pelo antigo controle dos mercados e das ideias.
Como disse aqui, a governança da nessa espécie é variável, em função da demografia e o aparato tecnológico que temos para estabelecê-la.
Além disso, vemos que existe uma taxa de confiança das sociedades como um todo nas suas organizações, que dependem da força (do controle dos mercados) e da desinformação (do controle das ideias).
Revoluções Cognitivas ocorrem após um longo período de controle dessa taxa de confiança de forma artificial, um pouco pela força (monopólio das trocas) e desinformação (monopólio das ideias).
O que se percebe ao se estabelecer um novo ambiente informacional e uma nova possibilidade de trocas é o rompimento de uma longo período de camisa de força na sociedade.
A confiança das organizações não era verdadeira, mas feita de forma artificial por falta de opções e intoxicada pelo antigo controle dos mercados e das ideias.
(Tentei trabalhar nesse momento com o conceito do pêndulo cognitivo, no qual quanto mais distantes estivermos de uma Revolução Cognitiva, mais as organizações atuais estarão se servindo da sociedade.)
As antigas organizações da governança impressa/eletrônica aprenderam a usar o aparato das trocas de produtos, serviços e ideias e foram cada vez mais se servindo da sociedade.
As organizações, assim, depois de um longo período de controle dos produtos, serviços e ideias estão completamente incapacitadas para exercer uma governança na base da confiança, pois foram estruturadas para trabalhar em um modelo com forte controle.
A abertura que uma Revolução Cognitiva traz é a tentativa do resgate da confiança e isso pede um novo modelo de governança, não mais baseada no modelo de monopólio de troca e desinformação passado.
O novo ambiente pede um novo tipo de organização que seja capaz de lidar com um novo ambiente muito mais descontrolado que antes, baseado em um resgate do mérito, uma das características da fase inicial pós- Revolução Cognitiva.
A mudança que se pede não é, portanto, de forma mas de conteúdo, de resgate da vontade de realmente ter uma taxa maior de serviço para a sociedade.
Isso é muito difícil de assimilar, compreender e se preparar para agir.
Esta é a batalha dos que querem ajudar as organizações nessa difícil passagem.
É isso, que dizes?