O ato de conhecer não é feito no vazio.
Não há um problema do mundo ainda virgem. Já foram todos deflorados.
Todos têm um passado envolto principalmente interesses, pois o exercício do poder se estabelece na forma como resolvemos os problemas e quais priorizamos.
Conhecer, assim, é estar diante de um código já escrito, que precisa ser craqueado.
Ao se procurar abordar novas saídas para velhos problemas, o pesquisador do real têm como desafio craquear os códigos existentes.
Diria que têm que:
– conhecer os códigos;
– analisar seus “bugs”;
– reescrever uma nova versão sempre, sempre, beta.
É interessante observar que o maior inimigo de quem pesquisa é ele próprio.
Do ponto de vista afetivo, não se sentir capaz de quebrar os códigos por um processo de baixa auto estima.
– Os códigos aceitos e seu reforço nos coloca dentro dos grupos.
– Os códigos questionados nos coloca à margem deles.
Há uma solidão ao se hackear o conhecimento, que deve ser aceita como um preço a pagar por este desafio.
Conhecer, assim, é reinventar novas saídas para velhos problemas.
Repetir as mesmas saídas não é um ato de conhecimento, mas apenas de reconhecimento.
Conhecer necessariamente é hackear.
Que dizes?
Versão 1.0 – 06/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.