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A metodologia é, basicamente, a ferramenta principal de um consultor.

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Desde que comecei a brincadeira de tentar entender a Internet para ajudar meus clientes, que tive aqui que montar uma verdadeira oficina de carpintaria teórica, pois sou um consultor compositor e não intérprete, (veja definição mais abaixo).

Quem resolve fazer uma mesa será, ao mesmo tempo, um estudioso das ferramentas para fazer a mesa.

Todo problema pede um ferramental para ajudar a resolvê-lo, seja ele tangível (tecnologias) e/ou intangível (metodologias)

Ou seja, qualquer profissão tem as suas ferramentas, que fazem parte direta da qualidade e do resultado que um profissional que resolve problemas terá.

Eu sou um consultor que se dedica a resolver problemas a partir da chegada do mundo digital e quando procuro ajudar meus clientes tive diante de mim, na primeira fase, problemas metodológicos e depois quando tive que inventar uma metodologia, questões teóricas-filosóficas.

A metodologia é, basicamente, a ferramenta principal de um consultor.

E metodologia é basicamente um conjunto de encadeado de prescrições de ações que fazem chover em algum lugar.

Assim, pode não parecer, mas as ferramentas do consultor são conceitos que precisam ser bem dominados para que se possa atuar.

E aí temos dois diferentes tipos de consultores:

  • consultores intérpretes – os que seguem metodologias prontas e apenas implantam, através de treinamento ou de ação direta, geralmente o pessoal mais inexperiente ou com um perfil mais executivo e menos abstrato;
  • os consultores compositores – que criam novas metodologias ou revisam as atuais, geralmente o pessoal mais experiente com um perfil mais abstrato do que executivo.

São dois mundos completamente diferentes, pois:

  • os intérpretes vão interagir da parte teórica-filosófica para baixo, com quem vai atuar diretamente no problema. Tentar garantir que a metodologia seja implantada sem problemas.
  • já os compositores vão interagir da parte teórica-filosófica para cima, pois vão ver os problemas que podem estar ocorrendo em uma dada metodologia para arrumá-la, ou mesmo criar uma nova metodologia do zero, quando for o caso. Seu papel é criar/revisar metodologias.

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O trabalho do consultor compositor é o de se debruçar cada vez mais em uma “banca” teórica-filosófica, pois vai precisar analisar metodologias e não problemas de implantação de metodologias.

Geralmente, quando a metodologia deixa de dar resultados evidentes é que há alguma força que foi super ou sub-utilizada.

Um exemplo típico, por exemplo, é um antibiótico que funcionava, mas o vírus aprendeu com ele e se sofisticou exigindo um novo ou uma dose diferente.

Quem se habilita a mudar metodologias é um consultor teórico e em alguns momentos filosófico, pois precisa, basicamente, rever as forças para depois rever a “dose” dos “remédios”.

Toda metodologia vem resolver um dado problema que não é estático e sempre muda.

Uma metodologia sem revisão constante tem tudo para causar o, caos.
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Assim, um consultor compositor é alguém que vai mais e mais lidar com questões teóricas e filosóficas, tendo estas como as suas ferramentas principais para poder agir e analisar a metodologia.

Ou seja, um consultor compositor vai, aos poucos, deixando de usar a metodologia como ferramenta: é a metodologia que passa a ser o seu problema.

Ele migra do uso da ferramenta metodologia (que passa a ser o problema que ele procura minimizar) e não mais a sua ferramenta de trabalho.

Começa, assim, a usar as ferramentas teóricas-filosóficas como instrumentos para analisar as metodologias e ver que problemas elas podem conter.

Ou seja, um consultor compositor passa a ser um teórico ou um filósofo, dependendo da nova metodologia a ser criada e seus instrumentos mais e mais serão os conceitos teóricos e filosóficos para criar novas ou rever metodologias com problema.

O que era ferramenta passa a objeto do problema.

É isso, que dizes?

Versão 1.0 – 03/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

One Response to “O consultor intérprete e o compositor”

  1. Alex Rodrigues disse:

    Perfeito Nêpo, clareou muita coisa para mim.

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