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Temos acompanhado a venda de participação de ações dos principais players das mídias mais participativas (Facebook, Youtube, Twitter) para os investidores do mercado financeiro. Há, entretanto aí, uma incompatibilidade de governanças que vai definir o futuro destas organizações, pois aposta-se na concentração algo que tem que ser aberto.

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A Internet vive assim a sua segunda etapa.

A primeira, até 2004, foi de consolidação da rede física.

A segundo, até os dias de hoje, está sendo a de consolidação de sua nova governança da comunicação, com a chegada de plataformas que deram canais para os usuários.

(Veja mais as três instâncias da governança aqui.)

Mas note que, apesar dos novos canais, o modelo da plataforma, tanto do Facebook, Youtube, Twitter é o mesmo da governança econômica e política concentrada.

homem rico,homem pobre

Quando houve a venda destas plataformas no mercado financeiro, a lógica da governança econômica e política começa a ficar mais e mais incompatível, com a nova governança.

Isso aparece quando os acordos de camaradagem do Facebook, por exemplo, com a sua rede de quem desenvolveu aplicativos ou fez páginas, esbarra no aumento de retorno financeiro que os novos investidores exigem.

Ou seja, estas plataformas criam uma governança político-econômica incompatível com a rede que foi criada em torno dela.

Note que todos precisam, além de usar as plataformas fazer negócio para sobreviver desse novo mundo e isso tem que ser pulverizado.

Ao criar um critério cada vez mais concentrado,  as plataformas vão se isolando dos micro-empreendedores que a fizeram o que são.

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Quem criou aplicativos e páginas agora quer também ser recompensado, mas as plataformas resolveram se voltar de costas para os micro-empreendedores.

Ou seja, prevejo uma crise de incompatibilidade as três governanças, o que abre espaço para novas plataformas que terão com bandeira uma governança da rede político-econômica compatível com a governança da comunicação.

Se me perguntarem o futuro das plataformas das mídias participativas, arriscaria dizer que esse será o pano de fundo.

Que dizes?

Versão 1.0 – 29/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

2 Responses to “Rede rica, usuário pobre!”

  1. Interessante pensar que o Facebook, Google e o Twitter podem estar criando o seu próprio fim. Vejo que o Google, dos três, tem mais estrutura e gestão para mudar de rumo caso seja necessário, mas é um problema que acho que eles não se tocaram ainda.

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