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Conforme disse aqui, a complexidade demográfica nos empurra para a necessidade de inovações cada vez mais radicais, o que nos leva a promover a mudança da placa tectônica cognitiva. Tais movimentos nos jogam para um movimento de migração do conhecimento focado em assuntos para um aumento acelerado e radical para um voltado a problemas.

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Note que o pêndulo cognitivo nos leva a dois movimentos de contração e expansão cognitiva:

  • Na contração cognitiva, tendemos a ter um mundo mais estável, organizações cada vez mais narcisistas, o que implica uma aumento da taxa de baixo interesse pelo sofrimento externo, o que nos permite estudar objetos mais estáticos, o que podemos chamar de assuntos. O mundo meio que para ser estudado e dá uma falsa impressão de que é possível entender a realidade dessa maneira;
  • Na expansão cognitiva, entretanto, tendemos a ter um mundo mais instável, organizações cada vez mais se abrindo para a sociedade e seus sofrimentos, pela pressão externa, o que NÃO nos permite MAIS estudar objetos parados, pois eles passam a se mover, o que podemos chamar de problemas mutantes e desconhecidos. O mundo meio que se movimenta mais e mais rápido e é preciso modificar, de forma radical, a forma de estudar e agir.

Assim, podemos dizer que vivemos hoje um conhecimento voltado para assuntos e não para problemas. E agora vamos inverter esse jogo, o que marcará profundamente as mudanças nas nossas escolas e até, de certa forma, o modelo de gestão das organizações.

Precisamos de um novo modelo, fortemente baseado em novas plataformas digitais colaborativas, nas quais vamos criar o mérito daqueles que ajudam de forma mais dinâmica, barata e ética na solução de problemas.

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Passamos a ter uma mudança radical do que podemos chamar da passagem de uma ASSUNTOLOGIA para uma PROBLEMOLOGIA.

  • Na assuntologia, valoriza-se pelo que se sabe e pela certificação obtida, independente do que aquele diplomado tem capacidade de solucionar problemas. Vale pelo conteúdo e não pela capacidade de solução.
  • Na problemologia, valoriza-se, ao contrário, a capacidade de solucionar problemas, reduzindo-se a importância de certificados atuais e de assuntos conhecidos, que não possam ajudar em soluções. Vamos precisar de um novo modelo de certificação, que valorize os solucionadores e não mais os atuais conteudistas.

Note, assim, que:

  • A assuntologia é um movimento típico da contração cognitiva, que nos leva à consolidação de uma dada governança da espécie, o que se valoriza aqui é a capacidade de memorização, pois é preciso passar o que se conquistou para as novas gerações. O estudo de assuntos é, assim, conservador e preservador do último movimento de mudança da governança da espécie.
  • A problemologia, por outro lado, é um movimento típico da expansão cognitiva, que nos leva à reinvenção do Governança da Espécie, o que se valoriza aqui é a capacidade de abstração e de criação, pois é preciso revisar o que se conquistou para criar novas alternativas de governança para as novas gerações. O assuntos por problemas é inovador, pois visa criar um novo modelo de governança da espécie.

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Não podemos dizer que nem um e nem outro são bons ou maus, mas que atendem a dois movimentos distintos da história da espécie. São conjunturais, o que nos faz rever um pouco a história da produção do conhecimento e das propostas de didáticas educacionais.

Ver mais a teoria sobre isso aqui.

  • Quando a espécie entra em expansão cognitiva tende a aumentar em muito a demanda por soluções de problemas, pois estes se tornam cada vez mais dinâmicos, novos e diferentes, o quenos leva à problemologia.
  • Quando a espécie entra em contração  cognitiva tende a mais e mais caminhar para o estudo por assuntos, pois os problemas se tornam mais “domesticados” o que nos leva à assuntologia.

Todo o movimento nas organizações atuais, seja de ensino e de produção nos leva para a problemologia, que aparece fortemente com a palavra de ordem: inovação.

Vejamos os desafios colocados para a problemologia.

Por aí, que dizes?

Versão 1.0 – 25/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

2 Responses to “Da assuntologia para a problemologia”

  1. […] Como disse aqui estamos passando da assuntologia para a problemologia. Isso nos leva a uma mudança da forma de pensar e agir. Só podemos pensar em fazer essa passagem, através do uso intenso das oportunidades abertas pelas novas tecnologias cognitivas. […]

  2. […] Como desenvolvemos aqui, estamos passando de assuntologia para problemologia. E podemos chegar a algo maior. Podemos dizer que quando temos movimentos do pêndulo cognitivo, ou mesmo em termos micros, de situações em que há mais estabilidade, tendemos a estudar assuntos. Quando temos mais instabilidade, tendemos a estudar problemas. […]

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