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Hoje, vivemos um momento de questionamento das verdades e da moral vigente.

Há uma macro-canalização humana e muita gente questiona o direito de alguém de fora do ciclo dos certificadores da verdade poderem expressar suas opiniões.

Aí surge a acusação negativa da arrogância, que é vista, conforme o Wikipédia abaixo:

 Arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É comum conotar a pessoa que apresenta este sentimento como alguém que não deseja ouvir os outros, aprender algo de que não saiba ou sentir-se ao mesmo nível do seu próximo. São sinônimos, o orgulho excessivo, a soberba, a altivez, o excesso de vaidade pelo próprio saber ou o sucesso.

Hoje, conforme o contato com meus alunos, percebo que as pessoas têm medo de serem arrogantes, de falar “besteira”, da não ter consistência. Deixam assim de arrogar o direito de ter opinião para não parecerem arrogantes.

Mas vejam que a arrogância não aparece como um pecado capital, pois ela TAMBÉM tem uma conotação positiva, pois denota arrogar um direito de algo, ainda usando o Wikipédia:

A arrogância pode igualmente ser sinônimo de coragem, de assumir as suas próprias opiniões, identidade ou personalidade. Provém do latim arrogare, logo o verbo arrogar aplica-se, sendo o sentido negativo, muito mais em voga no discurso informal, provavelmente iniciado pela inveja. A arrogância, ou o arrogar, não é, com efeito, pecado mortal ou até mesmo pecado de todo no sentido religioso. 

A mudança que temos hoje é a de que estamos passando de modelo de certificação mais vertical para uma certificação mais horizontal.

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É preciso analisar que essa passagem a pessoa pode estar arrogando um dado direito e estar conseguindo ser compreendido e se ver lógica nos argumentos pelos pares em rede e não mais pelo certificador da verdade que está hoje no topo com baixa interação.

Ou seja, ele vai ser chamado de arrogante pelo GRANDE OUTRO, mas não pelo pequeno outro.

Ou seja, haverá o direito de arrogar aquelas ideias, pois o topo o achará arrogante, pois quebra o seu domínio sobre a certificação da verdade, mas os que o acompanham podem achá-lo super-pertinente com argumentos válidos.

Assim, é preciso ter cuidado com o uso da arrogância em um processo de expansão cognitiva, pois passará, como já tem sido feito, como uma arma daqueles que estão se sentindo perder o poder da certificação.

Podemos, assim, falar de arrogância criativa – aquela que tem coragem e propriedade de questionar a ordem vigente. E a falsa arrogância que apenas quer se destacar sem mérito. A base para ter a sabedoria entre as duas, a meu ver, é a força dos argumentos e comprovações.

Versão 1.0 – 30/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

One Response to “Os dois tipos de arrogância”

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