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Fizemos uma boa discussão da diferença entre ética e moral em sala de aula na preparação da equipe do Laboratório de Inovação Colaborativa Digital – Linc – da IplanRio.

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Ver o vídeo aqui.

Temos dificuldade de entender a diferença enter ética e moral.

  • Moral é o que a sociedade aceita como correto.
  • Ética é a minha capacidade de optar agir dentro dessa moral  e até questioná-la ou mesmo não aceitá-la se considerar que pode prejudicar os meus valores éticos-humanos.

E observei algo interessante na discussão com o pessoal.

  • Quanto mais percepção da realidade você tem;
  • Mais passa a ver a realidade como uma percepção e não a própria realidade;
  • E com isso você tem maior liberdade de escolha;
  • E quanto mais liberdade de escolha passa a ter, mais questões éticas vão aparecer na sua vida.

Ou seja, deixa de adotar a filosofia Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar”.

Quando sabemos, quando paramos parar pensar, que a vida nunca nos leva, pois há alguém que pensa por você e te leva.

Vivemos  hoje no fim da ditadura cognitiva a crise das vidas objetivadas por alguém, que nos leva como se fôssemos peças de uma engrenagem.

Perceber a realidade é, assim, entender que a vida pode ser levada mais a seu jeito.

Nunca somente do jeito que você gostaria, mas muito menos do jeito que alguém determina que ela fosse.

É uma tensão constante, que é um jogo, do qual você tem que cada vez saber mais e mais aprender a praticar, musculando o seu ego entre o ID e o superego.

Quando começamos a ter liberdade de ver, começamos, ao mesmo tempo, a ter a liberdade de escolher e aí precisamos de mais e mais ética, um ego ético, como discuti aqui.

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E toda escolha é uma opção ética.

  • Qual melhor caminho a ser seguido?
  • O que posso fazer com minha vida?
  • Qual o verdadeiro sentido dou para ela?
  • Quais são as minhas escolhas?
  • Devo pensar só em mim ou na sociedade?
  • Quando só em mim? E quando pela sociedade?

Exemplo:

Numa sociedade onde a escravidão é aceita posso lutar contra e não ter nenhum escravo, apesar de ser lei. Isso é uma decisão ética em cima de uma moral vigente.

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Quando vivemos uma expansão cognitiva como agora, no qual as pessoas passam a ter seus canais, saímos de um mundo fortemente moral, no qual seguimos todos na mesma direção, pois as verdades e tomadas de decisão estão concentradas e começamos a ter liberdade e por isso temos o aumento radical da necessidade ética.

Liberdade significa que temos opções que não tínhamos.

E isso nos traz desafios éticos, pois começaremos em todos os lugares a ver a abertura de espaços para participar e ter que escolher.

Vamos precisar ter uma outra cabeça e outro ego para viver em um mundo mais livre, portanto, mais complexo.

Por isso, tal discussão foi feito e precisa ser feita em espaços de migração da governança da espécie atual para a governança digital.

Por aí, que dizes?

Versão 1.0 – 25/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação. 

One Response to “Expansão cognitiva, complexidade, liberdade e ética”

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