Por que na crise agarramos filosofia?
A filosofia é o amor à sabedoria.
É a dedicação de alguns malucos, com alta taxa de abstração, a temas permanentes e relevantes da espécie.
É uma espécie de última estante de um longo corredor de uma biblioteca, na qual precisamos ir para resolver crises “irresolvíveis” ou resolvê-las mais rápido e com mais eficiência.
É o anti-biótico do pensamento humano, que funciona, pois é a junção de dois fatores difíceis: menor taxa de interesse possível no conhecimento versus a maior taxa de abstração possível.
Normalmente, podemos ter uma baixa taxa de abstração, mas com alto interesse ou vice-versa.
Por isso, a filosofia ajuda tanto.
Os amantes da sabedoria (filósofos) são aqueles que fizeram a diferença, conseguiram superar as demandas do seu ego carente de reconhecimento, de uma vida mais confortável para se dedicar ao estudo, sem grandes ambições de retorno, para legar à humanidade alguns ensinamentos.
É uma espécie de tesouro que fica para balizar todo tipo de crises que temos, desde as pessoais, quanto às coletivas.
Temos visto, entretanto, que nem todo tempo é tempo de filosofia.
Quanto mais tivermos contração cognitiva, menos filosofia e vice-versa: quanto mais expansão cognitiva, mais filosofia.
Agora, com a atual macro-crise da espécie, pós-Revolução Cognitiva, é tempo de filosofia.
De velhos e novos filósofos.
Que dizes?
Versão 1.0 – 17/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
[…] de baixo, mas a filosofia me achou. Ou melhor, eu achei a filosofia. Note que a filosofia, já disse isso aqui, é o último armário do saber […]