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Versão 1.0 – 30/09/2013

O quão revolucionário seria se todo mundo lutasse para trabalhar no que gosta?

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O problema é que somos, como disse aqui, no máximo, conscientes passivos.

Ou seja, queremos que o mundo mude, mas não trazemos para nós algo que mude nossas vidas enquanto mudamos o mundo.

Muitos dirão que não é possível, pois a conjuntura não permite.

Será?

Há algo de heroico quando queremos dar sentido na nossa vida.

Note que o mundo conspira para que sejamos mais um no todo, pois não se ameaça as autoridades constituídas.

Muitos dirão, como comentaram sobre este texto, que fazer o que se gosta não é para todos, pois sempre teremos alguém para limpar as ruas.

Mas será que não podemos pensar em como limpar a rua de outro jeito?

Por isso, temos a palavra utopia.

Utopia de não topos, ou de lugar nenhum.

De lugar almejado, de procura por algo que não existe, mas que precisa ser criado.

Ou seja, como uma missão, um teleférico no alto das nossas cabeças a nos guiar.

Se não temos a noção da morte e da finitude, do quão pouco tempo ficaremos por aqui, realmente nada vai adiante. A ilusão da imortalidade é algo que nos leva para a não utopia.

Vivemos um tempo de falsa-imortalidade.

Discuti mais sobre imortalidade aqui.

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Algo em que vamos percebendo, ao longo do trajeto que reúne:

  • – potência criativa singular;
  • – colaboração para a redução de sofrimento alheio;
  • – viabilidade econômica, mesmo que parcial.

Hoje, nosso guia, de maneira geral, é por uma carreira profissional.

Mas o que é uma carreira profissional?

Será algo que vem estamos problematizando de dentro para fora o que vem de fora para dentro?

Ascender profissionalmente, ter um currículo melhor dever ter algum parâmetro ético-pessoal.

Gosto da frase de Sartre:

“O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”.

O que estamos fazendo?

A utopia é partir de algo que não sabemos direito e vamos construindo ao longo do caminho, em uma busca.

Não existe uma utopia pronta, como uma meta, mas uma postura diante da vida de que é preciso sempre ter contato com o lado de fora, bater dentro e ver no que dá.

É eticamente a procura de uma singularidade que nunca é obtida, pois a cada nova descoberta, nos deparamos com novos caminhos.

 

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