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Versão 1.0 – 23/09/2013

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

changesign

Só poderemos entender o século XXI com mais segurança, se analisarmos uma mudança radical na maneira em que a sociedade constrói a sua verdade. Estamos migrando de um modelo monoteísta de construção da verdade para um politeísta. A construção da verdade está atrelada à topologia das redes de informação disponíveis e estas às tecnologias cognitivas. Uma Revolução Cognitiva, por fim, vem procurar resolver um impasse cognitivo.

Defino aqui  o termo Revolução Cognitiva.

É um fenômeno que se caracteriza pela massificação de uma nova tecnologia cognitiva, que barateia o custo de circulação de ideias, permitindo a abertura de novos canais de informação, criando novos círculos de influência. Desta forma, oxigenando mais a sociedade com novas ideias.

Veja abaixo a passagem de algo como a televisão para o Facebook:

guinada_topológica

Note que na rede de informação descentralizada estamos falando aqui de INFORMAÇÃO, pois muitos podem achar que os canais dos usuários estão ligados a um centro. Sim estão, mas só que agora, do ponto de vista de troca de informação, já não recebem mais, como na televisão ou no rádio, a verdade diretamente de um ponto único.

A grande guinada é que os indivíduos com as mídias sociais  passam a ser um canal cognitivo e não mais apenas a consumir um canal alheio (veja mais sobre ser um canal ou não, aqui), como vemos na figura abaixo:

sem_com_canal

No novo modelo da mídia social há ainda o envio da verdade monoteísta, desde o centro (que seria uma junção dos dois desenhos acima), mas há, ao mesmo tempo, em paralelo, a troca em uma rede descentralizada de informações, na qual os indivíduos passam a ser também um canal, com uma rede de audiência própria (amigos/seguidores).

Tal cenário cria aos poucos um novo modelo de construção da verdade em toda a sociedade, passando de um modelo mais monoteísta, de um centro forte para um mais politeísta de multicentros.

  • Do ponto de vista coletivo, tal cenário altera o molde, a médio prazo, das organizações sociais, que têm que lidar com um novo modelo de ser social, muito mais crítico e menos passivo, mais empoderado emocional e cognitivamente.
  • Do ponto de vista individual, tal cenário altera o molde, a médio prazo, das plásticas cerebrais de cada indivíduo, que passa a não aceitar mais passivamente o que lhe é oferecido como no modelo anterior.

O processo da Revolução Cognitiva abre uma Reforma da Governança da Espécie.

Que dizes?

 

26 Responses to “Revolução Cognitiva Digital”

  1. […] uma Revolução Cognitiva, os círculos de influências se abrem, pois vêm criar um reequilíbrio sistêmico para superar […]

  2. […] nova governança emergente trazida por uma Revolução Cognitiva tem essa […]

  3. […] listar, então, que a chegada de uma Revolução Cognitiva inicia um processo de Reforma de uma Governança da Espécie Humana para uma mais nova, dinâmica e […]

  4. […] Revolução Cognitiva | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em A diferença entre rede, canal e os diferentes tipos de redes […]

  5. […] O tecno-aparato da produção de verdades | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em Revolução Cognitiva […]

  6. […] Como vimos no detalhamento do processamento da produção da verdade  temos o surgimento de novas redes e canais oxigenando a sociedade. Podemos analisar agora como muda o fluxo das verdades na passagem do ambiente pré e pós-Revolução Cognitiva. […]

  7. […] terão mais ascensão em crises, nas quais se procura verdades alternativas e terão destaque nas Revoluções Cognitivas, com a chegada de novas tecnologias cognitivas, que criam um processo de expansão, definido aqui […]

  8. […] a verdade, que passam a viver no mesmo período de tempo, o que podemos caracterizar como uma Revolução Cognitiva, o que nos leva a duas maneiras paralelas de formas de produzir verdades e tomar decisões, criando […]

  9. […] da Revolução Cognitiva, tais premissas ocorriam em lugares muito isolados da sociedade, pois dependiam de visionários que […]

  10. […] O fim da imortalidade monoteísta | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em Revolução Cognitiva […]

  11. […] Na nossa visão de mundo estamos saindo de uma fase de contração para uma de expansão da espécie humana dentro do pêndulo cognitivo, em função da Revolução Cognitiva. […]

  12. […] ajuda a analisar o que realmente se altera com a chegada de uma Revolução Cognitiva: como tomamos decisões e, por sua vez, construímos a verdade para que elas sejam […]

  13. […] Revolução Cognitiva é um fenômeno que vem quebrar esse narcisismo, procurando restabelecer um canal com a sociedade, […]

  14. […] movimento de mudança de uma governança para outra, que se dá através de uma Revolução Cognitiva que podemos resumir, por enquanto […]

  15. […] Governança da Espécie e redes de tomada de decisão | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em Revolução Cognitiva Digital […]

  16. […] Democracia do conteúdo versus a ditadura dos canais | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em Revolução Cognitiva Digital […]

  17. […] faz parte desta transição dentro de uma Revolução Cognitiva, fenômeno que gera a macro-canalização do ser […]

  18. […] se trata de utopia, mas apenas de cálculo do que uma Revolução Cognitiva tende a trazer para a […]

  19. […] canais se abrem, ao mesmo tempo, em vários lugares, que é o que chamamos de Revolução Cognitiva, que permite uma oxigenação da sociedade com novas verdades e empoderamento do […]

  20. […] Para isso, procura as causas e consequências da atual Revolução Cognitiva. […]

  21. […] Apresentação do blog | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados em Revolução Cognitiva Digital […]

  22. […] Ou talvez, nunca tenhamos enfrentado com tanta clareza uma Revolução Cognitiva. […]

  23. […] o mundo, como tenho defendido aqui no blog, está no início de uma Revolução Cognitiva em uma fase de expansão cognitiva. E estamos passando de organizações, que basearam seu aparato […]

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