Versão 1.0 = 17/08/12
A base da antropologia tecno-cognitiva e de várias abordagens sobre o ser humano é a passagem do ser humano como algo natural para um ser artificial, como condição básica da humanidade.
Há aí uma divisão clara e fundamental entre os filósofos e isso vai aparecer me vários deles (com a pesquisa vou ir listando.) O ser humano é artificial, pois para se desenvolver precisa de órteses.
Esta tese está razoavelmente explicada no meu livro impresso – Gestão 3.0.
Os argumentos parecem bem lógicos e estão abertos para questionamentos:
- a) alguns animais se utilizam de tecnologias, lembro de dois (castores e joão de barro);
- b) porém, eles repetem as mesmas técnicas, pois não são pensadas, apenas vêm no instinto;
- c) o ser humano é o único animal que usa tecnologias e as vai aperfeiçoando, pois tem um cérebro especial.
Quando temos problemas desenvolvemos tecnologias para sobreviver.
E nossa vida, física e cognitiva, se adapta a esse novo ambiente tecno-artificial.
Assim, só podemos analisar o humano quando olhamos as tecnologias que nos rodeiam.
Note que os estudos da sociedade sempre incorporaram a ideia das variantes sociais, políticas e econômicas, mas pouco das tecnologias, pois incorporamos tanto e tão bem, a coisa cai como uma luva de tal forma, que se torna invisível.
A base dos argumentos de mudança da espécie passam por essa fonte básica e primária.
Que dizes?