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Versão 1.0 – 15/08/13

Continuação da discussão anterior.

DF00019

É bom destacar aqui que uma narrativa e a tentativa de diálogo não são feitas sem contexto.

Abaixo detalho o que acredito que está “voando na sala” em um determinado ambiente quando quer se discutir uma dada narrativa.

Note que uma narrativa, que analisa determinado fenômeno não pega o agente ativo (quem escuta e questiona) como uma tábua vazia. Há, na menor das hipóteses um senso comum ou um paradigma científico com o qual alguém lida com o problema.

interesses

Assim, temos como possibilidades de resistências à narrativa/diálogo:

  • Comprometimentos – a narrativa corrobora ou vai contra determinadas decisões que foram tomadas por aquela pessoa que escuta? Quanto mais ela estiver comprometida com uma contra-narrativa, mais resistência haverá para o diálogo;
  • Taxa de abstração – percebe-se hoje de maneira geral uma baixa taxa de abstração, em função da saída da ditadura cognitiva dos últimos 200 anos, o que os leva a uma dificuldade de ver a realidade de fora, de poder ter mais espaço para o novo, o que tende a dificultar o diálogo. O inimigo aqui é o dogmatismo e a dificuldade de sair de uma dada caixa, pois não se vê a caixa em que se está;
  • Dificuldades emocionais – de conseguir dialogar, se relacionar, superar invejas, ser o centro da atenção. O inimigo aqui é a imaturidade emocional;
  • Interesses – quanto mais houver interesses envolvidos em uma narrativa diferente da que está sendo apresentada, mais haverá resistência. É parecido com comprometimentos, mas não igual, pois pode-se estar vendo pela primeira vez a narrativa, mas já projetando o que ela vai implicar;
  • Tempo de discussão sobre o fenômeno – um longo tempo pode significar problemas, pois pode criar uma consolidação. Um desconhecimento total pode gerar também uma dificuldade maior e pede um didatismo maior na apresentação.

É bom refletir bastante e poder levantar em que contexto está a sua audiência para saber se há a possibilidade do diálogo e em que nível, pois se as taxas de comprometimento, interesses de quem recebe a narrativa forem altas, a tendência será a de redução da capacidade de compreensão e uma baixa qualidade de debate.

O mesmo vale para questões emocionais, taxa de administração e tempo de discussão sobre o dado fenômeno.

Que dizes?

2 Responses to “As bases para se discutir teorias – resistências”

  1. Paulo Mello disse:

    Auxiliando a correção
    1- “…decisões que foram tomaDAs por aquela…”

    2- Para mim parece que há alguma inversão em: “pois se as taxas de comprometimento, interesses forem altas, a tendência é reduzir bastante a capacidade de compreensão e posterior debate.”

    Não seria “interesse forem BAIXOS” ou “a tendência é AUMENTAR” ?

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