Versão 1.0 – 05.08.13
Bom, o último elemento para analisarmos a evolução humana das tecnologias cognitivas – plasticidade cerebral – estruturas de poder é a demografia.
Aqui vamos trabalhar com elementos de macro-fenômenos.
A nossa espécie, diferente de todas as outras, é a única que pode crescer sem limites, pois é capaz de inventar tecnologias para superar os novos paradigmas que o crescimento exige, como descrevi no meu livro “Gestão 3.0“.
O problema do nosso crescimento é de que vamos precisar sofisticar o modelo social, político e econômico em primeira instância para lidar com mais complexidade.
O que estamos dizendo aqui é a hipótese de que para criar esse novo modelo é preciso alterar, pela ordem:
- – a tecnologia cognitiva, criando um descontrole de ideias;
- – que nos leva a uma nova plasticidade cerebral;
- – que nos leva a reconstrução do modelo de sociedade, que vai se adaptar ao novo modelo cerebral criado.
A mutação na plasticidade cerebral se impõe como uma necessidade para superar a limitação da demografia anterior.
Daí vem a sugestão que fiz no livro da passagem das matilhas pequenas, para maiores e agora para o modelo das formigas.
A plasticidade 3.0 que estamos construindo agora é mais próxima das formigas, que nos leva a um novo modelo de representação social, na qual o antigo modelo de verdade/realidade e representação mais rígido e mais fixo, vai dar lugar a esse novo mais capaz de lidar com a complexidade de 7 bilhões de habitantes. A aceitação dessa nossa migração e mutação genética da plasticidade cerebral, a meu ver, é a nossa rendição à nossa condição animal e a macro-movimentos da espécie.
Esta teoria é a base inicial, ainda nas fraldas, para começar a entender o fenômeno que temos pela frente, como os protestos brasileiros em jungo de 2013, e nos leva a um novo campo de estudo bastante promissor, que vai colocar de ponta cabeça a ciência humana.
Não, não fui eu que comecei com isso, foi o Levy, eu apenas estou aprofundando.
Tal visão vai nos levar a Governança 3.0, que é o que estamos experimentando a partir de agora.
Ou seja, há uma relação entre:
Quando aumenta a demografia, há uma pressão por novas tecnologias cognitivas, plasticidade cerebral, novos conceitos de verdade/representação, que estruturam uma nova Governança da espécie.
Estranho né, mas me parece coerente.
Veja a filosofia de migração no próximo post.
Que dizes?
[…] Plasticidade cerebral e demografia […]
Muito bom mestre. Lembro quando no curso conversamos sobre isso e tinha ficado com isso na cabeça, da ideia das duas espécies diferentes e essa ligação com os estudos neurológicos realmente deixa tudo mais claro. Será que vamos ter, nesse futuro/hoje uma ciência que seja uma Neurofilosofia?