Versão 1.0 – 05.08.13
O que podemos afirmar é que a estrutura de poder da sociedade se estabelece dentro de uma plasticidade cerebral tecnológica específica. Ou seja, nossa espécie tem um modelo cerebral que é condicionado pelas tecnologias cognitivas de plantão.
Ao longo do tempo no mesmo ambiente cognitivo, as relações vão se estabelecendo e sendo estabelecidas dentro dessa plasticidade cerebral. O cérebro se molda e cria seu parâmetro de realidade/verdade, no qual as organizações e as autoridades de plantão passam a dominar e controlar a sociedade.
Ou seja, é um modelo em que há uma compatibilidade entre o modelo da organização externa e a plástica cerebral interna, diante da adaptação do cérebro no consumo da informação/conhecimento, que é modelado pelas tecnologias cognitivas disponíveis.
Assim, sob este ponto de vista o controle social é exercido sobre uma determinada estrutura plástica cerebral-tecnológica, que se estabelece em um dado ambiente cognitivo, que pode ser alterado.
As tecnologias cognitivas, como vemos na história, não são estática, mudam.
E se assim acontecem, elas criam mutações cognitivas, principalmente aquelas que alteram o controle das ideias, pois estabelecem aos poucos uma nova plasticidade cerebral.
Todo o modelo de controle social que foi exercido sobre os humanos pré-mutação não tem o mesmo efeito de controle da verdade/realidade/autoridade sobre aqueles que já tem uma outra plasticidade cerebral, que é adquirida pela nova plataforma.
O que estamos dizendo é que o modelo de controle sobre a verdade/realidade é mutante e varia, conforme o ambiente cognitivo, que ao ser alterado muda primeira a plástica cerebral e depois, já alterada, vai procurar mudar a sociedade para que ela possa ser igual ao que se mudou dentro de cada um.
Ou seja, quando um jovem sai à rua do Brasil e diz que a autoridade e a organização não lhe representam, o que o cérebro dele está dizendo é:
“A minha plasticidade cerebral já tem outra configuração e o modelo de controle social que você exerce, do qual você controla os outros, não me controla mais”.
Assim, temos diante de nós um novo paradigma que nos vai obrigar a rever todo o passado e a compreensão de como as mudanças históricas ocorreram e a relação destas com a mudança das plasticidades cerebrais.
Para detalharmos isso, é preciso desenvolver um pouco mais a relação plasticidade x controle x aceitação das autoridades.
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[…] #3/6 – A plasticidade cerebral tecnológica […]