Podemos dizer que estamos saindo de uma fase de consolidação e indo para uma de expansão. Tal fase se caracteriza pelo surgimento de novas tecnologias cognitivas reintermediadoras, que vêm depois de um salto demográfico permitir a formulação de um novo modelo de gestão da espécie, descontrolando ideias.
Versão 1.0 – 26 de março de 2013
Rascunho – colabore na revisão.
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Como vimos no post passado, ajustamos a sociedade, conforme o aumento populacional. Quando crescemos precisamos ajustar o ambiente cognitivo/produtivo para atender às novas demandas.
Este movimento nos leva a dois movimentos distintos:
- O de expansão – que é em direção à criação/experimentação de uma nova gestão da espécie;
- O de consolidação – que é a consolidação de uma dada gestão da espécie.
Tais movimentos são causados pelo aumento demográfico e regulados pelas tecnologias cognitivas que podem descontrolar/recontrolar as ideias.
Vejamos abaixo:
Podemos dizer que estamos saindo de uma fase de consolidação e indo para uma de expansão. Tal fase se caracteriza pelo surgimento de novas tecnologias cognitivas reintermediadoras, que vêm depois de um salto demográfico permitir a formulação de um novo modelo de gestão da espécie, descontrolando ideias, a saber:
- A fase de consolidação é aquela que vai recontrolar as ideias, criar, de fato, novas organizações e consolidar a nova gestão da espécie. Na sua fase final, a maturidade e o aprendizado nos leva à decadência;
- A fase da expansão é aquela que vai descontrolar das ideias, propor novas organizações, projetá-las, experimentá-las e procurar uma nova gestão da espécie, a sua fase inicial nos leva a renascença.
Vejamos isso no tempo:
Note os marcos:
- 1450 – papel impresso, uma tecnologia cognitiva reintermediadora, que promove o descontrole das ideias;
- 1800 – implantação política/organizacional da nova gestão da espécie, que foi gestada ao longo de 350 anos;
- Até 1990 – consolidação e decadência da atual gestão da espécie, pois as organizações aprenderam a dominar o novo ambiente, criando uma fase decadente.
Tais fatos nos levam a um movimento no qual, temos na consolidação e expansão um conjunto de tendências, como vemos na tabela abaixo:
Podemos dizer que essa ideia de expansão/consolidação é a base do estudo das mudanças, tal como sugeriu Thomas Kuhn no livro “Revoluções Científicas”.
Ou Toynbee no livro o “Estudo da História”, no qual diz que toda civilização (e podemos dizer que os momentos cognitivos marcam as eras civilizacionais) há uma transição entre uma fase estática e uma dinâmica.
Ou um padrão de interação entre desafio/resposta.
Um dado movimento gera um desafio e pede uma resposta, que é dada por uma minoria criativa, que vê diferente, pois está fora do ambiente e consegue procurar um novo caminho, criando novos protagonistas.
A ideia de minorias criativas aparece tanto na visão de Kuhn, mas também de Schumpeter que defende a ideia de que o capitalismo avança pela fusão de jovens empreendedores com o capital de risco, ambos à procura de novas aventuras.
As estratégicas organizacionais devem se preparar para lidar com o movimento de expansão, que é o que estamos entrando.
Que dizes?
Pergunto: O salto tem que ser em altura? o qual além dos recursos próprios precisará de uma órtese para impulsioná-lo a transpor os obstáculos e depois quanto maior a altura maior a queda ou à distância que depende mais do treinamento e do esforço coletivo para ir mais longe e deixar sua marca registrada? mais alto ou mais distante? eis a questão…
[…] é um estudo que exige uma visão de longo prazo e pede uma visão abstrata em um mundo muito condicionado a memorização. Além disso, nossas ciências, como as demais organizações da sociedade, perderam a capacidade de estudos de maior fôlego, pois estão vivendo a fase decadente de um forte controle das ideias e do umbiguismo organizacional, veja mais sobre isso aqui e aqui também. […]
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