Apicultor é o melhor nome para um consultor 2.0, aquele profissional que ajudará as organizações a se alinhar com o novo mundo digital em rede.
Versão 1.0 – 21 de dezembro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
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Este profissional, que pode ter vários perfis precisa estudar e aprender em três níveis:
- Fase 1 – Visão – a revolução cognitiva muda a gestão de forma inapelável;
- Fase 2 – Mudança – comece pequeno, mas já completamente no modelo 2.0, não misture, pois vais jogar dinheiro fora;
- Fase 3 – Plataforma – crie e aprenda a gerenciar uma plataforma colaborativa, na qual apicultor, robô e colaboração trabalharão de forma cada vez mais harmônica.
Detalhemos:
Fase 1 – Visão – a revolução da comunicação muda a gestão de forma inapelável;
Esta é a parte mais difícil, pois o senso comum vai contra a lógica que teremos que enfrentar aqui.
Hoje, consideramos que tecnologias são neutras e não nos condicionam.
Teremos que compreender que elas são ativas e influenciam o ser humano, porém não o determinam. Há sempre margem de atuação, porém não de forma ilimitada.
E aprender que tecnologias cognitivas exercem um papel ainda mais relevante, pois são elas as responsáveis pela circulação de ideias da sociedade, influenciando o modelo de gestão e comunicação, que são dois lados da mesma moeda.
Mais ainda.
Iremos analisar que tecnologias cognitivas descentralizadoras, como foi o caso da prensa, em 1450, e agora da Web 2.0, a partir de 2004, provocam revoluções cognitivas.
Tais revoluções descontrolam e mudam a topologia da circulação das ideias, criando novos modelos de gestão e de comunicação.
Assim, não é bem a gestão que vai definir o novo modelo da comunicação, como os projetos atuais estão tentando sem sucesso, mas será condicionada por ele de forma inapelável.
As organizações irão, de forma drástica, de forma planejada, ou não, mudar pressionadas pelas novas organizações nativas ( startups), alterando o mundo dos negócios, pois o novo modelo de solução de problemas é muito mais competitivo do que o anterior.
Isso precisa ficar bem enraizado, pois é a base para a fase 2.
Fase 2 – Mudança – comece pequeno, mas já completamente no modelo 2.0, não misture, pois vais jogar dinheiro fora;
Nossos instinto natural é começar os projetos de alinhamento digital de dentro para fora das organizações, normalmente com projetos grandes e com mega-ambições, sem a visão acima apresentada.
Geralmente, como projetos de melhoria de comunicação, mas com ambições de mega espaços de colaboração e inovação, o que não tem ocorrido.
A realidade tem demonstrado que sem a visão é impossível entender a ruptura, que é muito grande e fora do comum.
Depois disso, como o modelo de gestão é outro, com nova topologia menos matilha com líder alfa e muito mais formigueiro, é preciso começar pequeno.
Os projetos devem partir de pilotos, mas com uma característica especial: do lado de fora dos atuais processos organizacionais.
Do lado de fora, entende-se algo como um laboratório de inovação 2.0, que analisa e resolve problemas de forma nova, sem incorporar os processos anteriores.
Há variantes aqui, pode ser uma nova empresa, até uma startup que vai crescendo para, aos poucos, auto-destruir de forma criativa o modelo de negócios anterior, ou algo similar.
A preocupação deve ser:
- a) quem vai para lá deve ter passado pela nova visão e pelos conceitos apresentados aqui;
- b) pessoas motivadas, de preferência mais geração y, de forma a ter sempre mais gente com a nova visão do que pessoas acostumadas com a anterior, para o poder da influência ser do novo para o velho e não o contrário;
- c) não se levará para o novo ambiente processos, mas apenas problemas.
Tais requisitos nos levam para a fase 3.
Fase 3 – Plataforma – crie e aprenda a gerenciar uma plataforma colaborativa, na qual apicultor, robô e colaboração trabalharão de forma cada vez mais harmônica.
Definida a visão e a forma de migração, chega a etapa de aprendizado do gerenciamento da nova plataforma, que terá esse modelo abaixo:
A administração aqui é um jogo de empurra, que começa pelo robô.
O robô deve ser o personagem que recebe o maior número de tarefas para que possa resolver os problemas. O robô erra menos e é mais infalível, pois ele automatiza melhor, por isso deve concentrar as atividades.
Um exemplo é o GPS, por exemplo para atividades externas.
Quando se precisar de localização de pessoas, objetos deve ser deixar que o robô entre, colocando chips para que o GPS possa enxergar o movimento, registras seus passos e poder alimentar automaticamente o sistema.
Internamente, o robô pode ver os cliques, o movimento na plataforma, o tempo de visualização de cada página, a atividade de cada participante para ir aumentando a base de informações e gerando dados para ajudar os outros dois personagens, o apicultor e a colaboração.
A colaboração deve assumir o papel que o robô não tem condições de assumir.
São questões subjetivas que precisam de uma visão humana, tal como analisar a qualidade de um dado serviço, se um motorista é mal educado, ou se ele não parou um coletivo ao ser solicitado.
Por fim, o apicultor, que exerce algumas funções, podendo ser um ou mais que um:
– aquele que cuida para que a plataforma funcione cada vez de forma mais harmônica, gerando menos vandalismo, ruído e mais relevância para seus usuários;
– extraindo de tudo que sai algo diferente, tal como um jornalista que passa a ser pautado pelos comentários, que entrevista os membros mais destacados da comunidade ou um fiscal de avião ou de ônibus, que consegue ser muito mais preciso na fiscalização;
– por fim, um super-apicultor, que passa a planejar muito melhor o futuro das suas atividades, ao aprender mais e mais os interesses atuais e futuros da comunidade da plataforma.
Tais etapas complementam a formação do profissional que irá ajudar as organizações a entender o atual momento e levar as organizações, de forma mais barata e eficaz para se alinhar ao novo mundo.
É isso,
que dizes?