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 A causa principal das mudanças que estamos passando é fruto do descontrole radical das ideias na sociedade.

Versão 1.0 – 26 de setembro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Ontem, dei continuidade a segunda aula do módulo “Conversão 2.0” com os alunos do curso “Estratégia em Marketing Digital“, turma XI, do IGEC/FACHA.

Passei a primeira parte do filme “Lutero”, no qual assistimos os efeitos da chegada da Revolução Cognitiva do papel impresso na sociedade.

(Fiz um vídeo no Youtube, que comento o filme, comparando ao momento atual).

 No filme fica claro, comparando os dois momentos, de que a causa principal das mudanças que estamos passando é fruto do descontrole radical das ideias na sociedade.

Podemos dizer que vivemos eras na sociedade em que as organizações estabelecidas conseguem um certo controle das ideias, através de um continuado aprendizado do uso dos canais por onde as elas circulam.

O aumento da taxa de controle das ideias tem as seguintes consequências:

  • – as ideias que circulam começam a ser intoxicadas pelas mesmas fontes;
  • – cria-se um “senso comum” pouco crítico em torno destas ideias intoxicadas;
  • – criam-se “ilusões” que justificam e reforçam os interesses dos que detêm o canal;
  • – há uma redução gradual das críticas da sociedade às organizações de plantão;
  • – as organizações de plantão se voltam cada vez mais para elas mesmas;
  • –  reduz-se a taxa de meritocracia e, por sua vez, a  de inovação;
  • – novas ideias, modelos, projetos têm mais dificuldade de surgirem, de forma independente;
  • – o que nos leva, por fim, a uma redução de taxa de princípios (bens de significado)  no mundo, que passa a ter uma taxa maior em torno do material (bens de consumo).

Podemos, assim, diagnosticar que o fim de uma era de controle de informação de uma dada mídia é um período em que vamos ter uma taxa alta de decadência de valores morais e éticos, pois a fiscalização, colaboração, participação, imposição dos interesses do todo está prejudicada pelo controle das ideias pelas poucas partes que controlam o fluxo.

A chegada de uma nova mídia descentralizadora de ideias – é bom que se diga – é  a obra do acaso.

Nem a fala, nem a escrita, nem a escrita impressa, nem a Internet tiveram entre seus milhares de criadores a intenção de gerar significado para o mundo – são obras coletivas destituídas de um projeto coletivo consciente de rumo.

Não é uma revolução social, o que não quer dizer que não haja a intenção de criar com um novo canal mais espaço de liberdade humana.

Porém, a massificação, não.

Esta parte da latência da troca e da procura de novos canais de interação.

Assim, a chegada da Internet participativa, a partir de 2004, tem – como elemento principal – a possibilidade de descontrole das ideias que estavam aprisionadas pela mídia de massa.

Há, a partir desse descontrole, de forma gradual um reequilíbrio entre as taxas do material (bens de consumo)  x espiritual (bens de princípio).

Podemos dizer, assim, que uma Revolução Cognitiva, se caracteriza por um mar, com ondas e mais ondas,  de novas ideias circulando, de novas fontes variadas, que nos trazem:

  • – um processo de desintoxicação;
  •   o surgimento de novas fontes de ideias;
  • – revisão do  “senso comum” com ampliação das críticas das ideias intoxicadas;
  • – revisão das  “ilusões” e dos interesses daqueles que detinham o antigo canal;
  • – aumento gradual das críticas da sociedade às organizações de plantão;
  • – as organizações de plantão tendem a se abrir e, de novo, se voltar  para a sociedade;
  • – surgem novos modelos organizacionais com uma taxa de princípio maior;
  • – cria-se um processo de redução gradual da taxa de estagnação social;
  • –  aumenta-se a taxa de meritocracia e, por sua vez, a  de inovação;
  • – há mais facilidade de surgirem novas ideias, modelos, projetos;
  • – o que nos leva, por fim, a um aumento da taxa de princípios (bens de significado)  no mundo e uma redução da taxa dos bens materiais (bens de consumo) .

Bom notar algumas coisas.

O aumento das taxas é uma tendência geral, mas como vai ocorrer em cada micro-local, depende de vários fatores que os estudos e forças já identificadas pela história, economia, a política,  sociologia, psicologia, etc vão determinar, de forma mais precisa seus resultados.

Vou de Lévy:

“A tecnologia condiciona, mas não determina”.

Ou seja, a mudança cognitiva global é a macroestrutura, que aponta uma tendência geral, que vai ser peneirada pela micro-estrutura.

Há e haverá ainda mais uma forte resistência das organizações de plantão, que caracterizará a luta política do novo século, de quem defende modelos mais abertos de troca de ideias e os que querem mantê-los fechados.

O processo não é exponencial sem fim, pois há uma reintermediação dos canais, criando um novo modelo, novos interesses, que passam a tentar compreender como podem voltar a aumentar a taxa de controle de ideias, ao longo do tempo.

Assim, viveríamos ciclos de intermediação e reintermediação, com o aumento e a redução da taxa de controle das ideias ao longo dos tempos, dependendo para seu aumento ou redução, em escala global, (pois no regional isso pode acontecer, através de mudanças políticas), da chegada de uma nova mídia descontroladora de ideias.

Descarto, portanto,  a ideia que estamos entrando em um novo mundo dos seres do bem, do significado, da paz, da pureza, da colaboração.

Estamos apenas aumentando a taxa de circulação de ideias e tudo que ela permite, desde que os canais não tenham AINDA sido controlados pelas organizações de plantão.

Por fim, resta dizer que a chegada desse novo ambiente digital descontrolador das ideias surge pela latência invisível do aumento populacional, pois quanto mais gente você tem no planeta maior deve ser a taxa de inovação no mundo, o que uma mídia controladora não permite.

Estamos reequilibrando, com a Internet participativa, um jogo em que a qualidade de vida caiu muito, os princípios deram lugar aos interesses materiais – o que ao longo do tempo é pouco produtivo para o conjunto, não tendo base de sustentabilidade em um ambiente aberto de troca de ideias.

E mais.

Os novos modelos reintermediadores de ideias acabam por migrar e influenciar os outros campos, tais como: modelos de gestão, consumo, distribuição de energia, todos sendo também reintermediados.

Gostaria de completar ainda que podemos ter três tipos de controle em uma sociedade, com a variação de taxas, conforme cada contexto:

  • – (1) da força física e policial – controle rígido;
  • – (2) da força do controle dos canais de circulação de ideias – menos rígido;
  • – (3) da força dos princípios e exemplos – mais flexível.

Com uma revolução cognitiva, aumentamos a taxa (3), reduzindo (1) e (2), conforme o caso, vide Primavera Árabe.

A decadência atual, portanto, que tantos analisam como algo fora do tempo e espaço deve ser vista no marco cognitivo do controle/descontrole de ideias.

  • Não é a sociedade boa, ruim.
  • Não é o capitalismo a fonte do mal.
  • Nem os donos das organizações os vilões.

Estamos aprendendo que o mundo muda, de forma macro, global e civilizacional, conforme a taxa de controle das ideias, se altera, a partir do potencial descentralizador da mídia disponível.

É impressionante isso, chega a ter dar frio na barriga de tão “formiga” que somos, mas é o que estamos aprendendo ao estudar, mais e mais,  a chegada da Internet e suas consequências futuras para a sociedade, (por mais exótica que seja essa hipótese pareça a primeira vista).

Que dizes?

 

19 Responses to “Revolução cognitiva e o resgate do significado perdido”

  1. Rogério Campos Rocha disse:

    Querido mestre, confesso que estou apaixonado pelo curso e quase não me contenho de tanta ansiedade para os próximos encontros. Graças às suas esclarecedoras aulas, consigo diminuir minha taxa de ignorância, tirar as vendas dos meus olhos e compreender melhor este fenômeno, Web, que vivenciamos e tanto me incomodava. Peço desculpas, mas lamentavelmente não consigo ser otimista suficiente (nível de otimismo baixíssimo) para achar que existirá um aumento considerável da “taxa de princípios” no mundo e uma redução na “taxa de bens materiais”. Apesar da bela produção audiovisual “Lutero” sugestionar o contrário. Considero que na referida época existia uma latência por princípios, diferentemente dos dias atuais em que, infelizmente, percebo existir uma grande latência por consumismo predatório, voraz, desmedido e irracional; onde justamente o objeto de desejo deste consumo, materialista e irresponsável, é a própria tecnologia que é a ferramenta para esta chamada revolução cognitiva. Acredito sim, que haverá uma mudança no velho modelo fechado de ideias, mas creio que serão criados novos recursos persuasivos para se manter a velha e conhecida estrutura exploratória que vigora.
    Torço para que essa pandemia seja do bem, mas também temo que poça ser uma pandemia do mal, na medida em que essa reintermediação pode continuar manipuladora de acordo com os interesses das classes dominantes. Vou me valer do seu exemplo do Facebook como “praça do bairro”, que em minha opinião cria também uma nova maneira, econômica e perversa, de escravizar/manipular pessoas. Principalmente as novas gerações que já nascem submersas nessas tecnologias e os mais “incultos” que acabam não dispondo de um senso crítico como mecanismo de defesa contra a manipulação. Concordo plenamente quando você afirma no texto que: “Estamos apenas aumentando a taxa de circulação de ideias e tudo que ela permite, desde que os canais não tenham AINDA sido controlados pelas organizações de plantão”.
    A esperança é a última que morre. Espero poder contribuir para um mundo melhor. Que o Eterno nos ajude!
    Obrigado e forte abraço.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Rogério, gosto da discussão.

    Serei eu um otimista, não me vejo assim.

    Vejamos o dicionário:

    “Otimismo é a disposição para encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis.”

    Se eu fosse “otimista” – como existem livros assim sobre o tema, eu estaria dizendo que estamos entrando em uma era de paz e amor no mundo.

    Note que não é isso que está proposto.

    Matematicamente, podemos dizer que quando um determinado sistema se fecha e passa a controlar as ideias, sem constestação, provavelmente com pouca margem de erro, pode-se afirmar que ele se voltará para os próprios interesses.

    Não é pessimismo isso, mas a procura de relação de causa e efeito.

    O mesmo ocorrendo no contrário.

    Se o sistema se abrir, mais gente poderá contestá-lo, apontar falhas o que obriga o mesmo a se alterar.

    O interessante nessa discussão de pessimismo/otimismo é que saímos do campo da ciência e entramos no campo das subjetividades.

    Eu acho isso eu acho aquilo.

    O que devemos nos perguntar é: existem essa relação de causa e efeito quando se abre ou fecha o fluxo das ideias?

    Tem lógica isso, no que vemos tanto em pequenos ambientes como no macro, algo assim?

    Quando falo em princípios, estamos falando de algo coletivo, em defesa dos interesses de mais gente em detrimento de menos gente.

    Bens materiais servem a alguns.
    Bens espirituais servem a mais gente.

    É, na verdade, a relação do interesse de cada um e do interesse de mais gente, que estamos falando e isso também tem uma certa dose de matemática.

    Portanto, refuto a ideia de me considerar um otimista, pois acho que a sociedade vai viver esse momento mais aberto para entrar, de novo, em outro fechado, se seguirmos o curso da história.

    Te pergunto, concodas? Tem lógica?
    abraços,

    Nepô.

  3. Alexandre Bento disse:

    Esse último parágrafo, me fez pensar que talvez estejamos deixando de ser formiguinhas como éramos. Quando antes achávamos ser somente mais um no mundo e agora, quando podemos fazer a diferença. Todos somos militantes, todos temos um microfone com caixas potentes. Ninguém passou a ser crítico/analíticos, nós já éramos, só não tínhamos o meio para passar nossas ideias para um grupo maior.

    As empresas precisam cuidar de seus serviçoes e produtos, e gerir bem as reclamações, pois senão estão fadadas ao fracasso (como no caso da Visou).

    Hoje mesmo li um artigo que fala sobre nosso assunto, quem quiser ler: http://portalcallcenter.consumidormoderno.uol.com.br/seu-espaco/variedades/a-midia-social-e-o-novo-polo-para-o-retorno-negativo

    Porém, trabalhando com excelência e com estratégias que estimulem o compartilhamento de Elogios, com certeza teremos uma imagem boa no mercado e isso vai contar a favor da corporação.

  4. Rogério Campos Rocha disse:

    Concordo plenamente. Muito obrigado pelo esclarecimento.
    Grande abraço

  5. Henry Szames disse:

    Ainda não assisti o filme (devo ver hoje ainda) porque faltei à aula, mas concordo com o texto e percebo que esse fenômeno das taxas de controle das idéias é um gráfico com oscilações que se repatem ao longo da história. Hoje, a taxa de controle é baixa, mas podemos ver tentativas de retomada do controle, tais como a repressão aos sites de upload e ao wikileaks, o que são pequenas reações naturais às mudanças. Em relação aos princípios, vejo sim que o baixo controle das ideias permite a valorização de diversos princípios, desde a liberdade de expressão até o princípio do consumo sustentável, algo relativamente novo e que começa a “fazer barulho” frente ao modelo capitalista atual, considerando os diversos problemas ambientais e de abastecimento que podem ocorrer nas próximas décadas.

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Alexandre, acredito que somos formigas e atuaremos ainda mais em um formigueiro, conforme formos aumentando, pois é preciso criar formas automáticas para gerenciar o fluxo das formigas.

    Assim, estamos colocando chip em tudo para ver como cada formiga se move para que tenha um “cérebro geral” plataformas que possam gerenciar tudo isso.

    Porém, apesar desse movimento macro necessário, as formigas estão, digamos, menos automatizadas, com mais vida própria por causa do empoderamento da Internet.

    Chamo a sua atenção para evitar:

    “Todos somos militantes, todos temos um microfone com caixas potentes.”

    Nem todos temos essas ferramentas, nem todos que têm sabem usar e nem todos que sabem usar as utilizam para reclamar.

    Porém, os poucos que reclamam, são bem poucos, já fazem uma diferença, pois saímos do zero e qualquer coisa que sai do zero repercute muito.

    Sugiro, como disse em sala de aula, que usemos a ideia de taxas, temos hoje a possibilidade, nada além disso, possibilidade, do aumento de taxa de participação social maior do que havia antes, quando o controle das ideias era mais rígido.

    Concordas?

  7. Carlos Nepomuceno disse:

    Henry, por aí…faço um reparo no seu comentário:

    “Hoje, a taxa de controle é baixa, ”

    Diria que ela é menor do que no passado e maior do que será no futuro, até que haja o recontrole..ou seja estamos em uma fase intermediária.

    Gosto sempre do está e qual a tendência, a taxa nunca é baixa ou alta, mas tende a alta ou a baixa.

    Por fim, é bom situar, é tende a alta no mundo, mas no Irã, por exemplo que estão fechando a Internet, tenda a aumentar o controle, etc..

    é isso, espero que possa ir na quinta, abraços

  8. Carlos Nepomuceno disse:

    Alexandre, entendi….de formiga para menos formiga, mais participativo, mas eu uso mais formiga, como estamos indo para o formigamento da sociedade tendo mais gente, valeu!

  9. Clara Matos disse:

    Concordo com o conteúdo do post que complementa o que assistimos em aula e reforça tudo o que foi comentado e discutido. O filme propõe uma importante reflexão e comparação com o cenário atual. O encarei como uma grande metáfora na qual podemos comparar a Igreja com o marketing tradicional e toda a questão de controle de ideias e a atitude de Lutero com o marketing de conversa, o marketing digital. Essa troca de ideias é fundamental, pois as pessoas estão cada vez mais críticas, menos iludidas e sentem a necessidade de interagir, resgatando princípios e lutando por seus direitos. Quando você cita no post que a “Revolução Cognitiva se caracteriza por um mar, com ondas e mais ondas”, imaginei um mar bem agitado com ondas invadindo todo o ambiente, mas não um tsunami devastador, algo negativo, mas uma ressaca trazendo ideias inovadoras. Dentro desse contexto, é urgente uma nova postura empresarial e um reposicionamento das tradicionais organizações, para que elas não “afundem”… E viva o marketing digital!

  10. Carlos Nepomuceno disse:

    Clara, grato pela visita…e comentários.

  11. […] No meu último post, tive alguns comentários dos meus alunos do módulo “Conversão 2.0” do curso “Estratégia em Marketing Digital“, turma XI, do IGEC/FACHA. […]

  12. Marina Gonzaga disse:

    Professor,
    Sua aula me abriu muito os olhos e me motivou mais ainda a ser uma profissional que tente modificar esse cenário. Realmente acredito, que não há mais como as empresas mascararem o conteúdo, pelo menos não por muito tempo. O consumidor está cada vez mais ativo e crítico, exigindo seus direitos. Um exemplo disso, foi a matéria que saiu na revista “Exame” do ano passado, sobre as piores empresas no ranking de atendimento ao consumidor, destacando a B2W e, enfatizando que a mesma parecia esquecer ou fingir esquecer, sua razão de ser . A mesma teve os sites do seu grupo proibidos de vender por 72 hs. A empresa em que eu trabalhava na época, que vendia o mesmo tipo de serviço, se viu obrigada a partir do exemplo da B2W , a tentar atender melhor seu consumidor e solucionar de forma mais rápida os problemas que estavam acontecendo.
    Como o Alexandre disse, acho que estamos deixando de ser formiguinhas.

  13. Carlos Nepomuceno disse:

    Marina, o que vamos vendo é que o modelo dos negócios tem que deixar de ser focado no acionista e passar a ser focado no cliente, e isso não vai se dar apenas com mudanças cosméticas, pois é uma mudança muito grande de paradigma, tempos interessantes estão por vir.

  14. Fernanda Salvador disse:

    Concordo plenamente com o texto. Me fez refletir, como é importante conhecermos bem a historia e nos aprofundarmos nos temas anteriores para termos um bom desempenho profissional e até mesmo pessoal.
    Confesso que foi muito comovente ver essa primeira parte do filme, de como Lutero, foi determinado naquilo em que ele acreditava ser o correto e de como ele foi visionário, para época.
    Venho também agradecer pela aula, e por estar transmitindo o seu conhecimento de forma tão clara e satisfatória.
    Em apenas duas aulas de convívio já percebo como já me sinto mais confiante e pensativa sobre temas atuais.
    Percebo também, que algumas empresas e até mesmo o governo, abordam e defendem alguns temas, hoje em dia, puramente pelos temas estarem em evidência, e não com a real visão e interesse de resolve-los. Como exemplo a sustentabilidade, que sabemos a realidade dos lixões, e que as empresas que fazem reciclagem, ainda estão engatinhando.
    Na minha forma otimista de pensar e ver as coisas, espero que todas essas teoria se concretizem, o mais rápido possível.

  15. Claudia Mattioli disse:

    Nepô, eu super concordo com o texto, e é bacana termos a oportunidade de visualizar este processo no filme de Lutero. Acho que se eu tivesse visto o filme antes da sua aula, jamais teria tido este entendimento.
    É fato que quando temos o controle da informação e reduzidos canais de comunicação, limitamos o direito de resposta, de exposição de ideias. Com a descentralização da informação, com a chegada da nova mídia, da internet, com a revolução cognitiva, o mundo muda. O poder da informação, da comunicação está com as pessoas, mas aí o grande desafio é saber como usá-la, usar a favor e não contra. Utilizá-la num processo de melhoria, de inovação, de crescimento.
    A população cresce, o seu perfil muda, a tecnologia evolui, a reintermiação dos canais aumenta cada vez mais e daí a necessidade da volta ao passado para entender o futuro.
    Somos um formigueiro (Dig 11) em busca de estratégia para dominar este vírus ao qual fomos apresentados.
    Gostei muito do vídeo no you tube. Principalmente dos comentários que vc fez no final. Muitas pessoas devem ter a mesma postura ao terminar de assistí-lo, mas vc já nos mostrou qual é o caminho para o conhecimento. É por aí que vamos seguir.
    Obrigada pela oportunidade!

  16. Mauricio Nepomuceno disse:

    Muito oportuna reflexão! Partindo de uma outra esfera do conhecimento e com outros propósitos, produzo reflexões sobre o papel da cognição na formação epistemológica de cada indivíduo.
    Cheguei ao seu texto apenas por causa do nosso sobrenome em comum e de nosso interesse no termo em comum.
    Muito bom material!

  17. Mauricio Nepomuceno disse:

    Pensando no atual modelo de descontrole das ideias ou a desestruturação dos conceitos, imagino que o fato novo na história é a fluidez do mecanismo digital pela aceleração e circulação das ideias. OU seja, diferente de outros momentos históricos, as novas ideias se fixavam por um período mais longo a ponto de ser formarem sólidos blocos de confiança (valores).
    NOs nosso dias, conjecturo, não há tempo suficiente para sedimentação e uma nova percepção de realidade interfere, tornando fluida toda a construção de valores. Devo repetir S.Baumam e ver a fluidez da modernidade como um processo degenerativo que deverá ser enfrentado com outras ferramentas de construção de valores.

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