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 As experiências de gestão informacional de ambientes digitais em rede nos mostram que os antigos porteiros informacionais de plantão não mais definem o que pode e o que não pode, ou o que deve ou não deve ser publicado.

Versão 1.0 – 10 de agosto de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Fui convidado para dar um parecer no texto para uma revista acadêmica.

Por mim, o texto tem problemas, mas posso eu decidir se ele deve ou não ser publicado?

Vamos problematizar o assunto.

O modelo corrente de produção científica hoje se caracteriza por:

  • Há uma publicação qualquer, que abre chamados para colaborações;
  • Os textos são enviados;
  • Os textos são distribuídos geralmente para doutores apresentarem pareceres;
  • Conforme o parecer, são ou não publicados.

O modelo funcionou para resolver um problema das publicações impressas, pois:

  • – O espaço era limitado, o custo para produzir e distribuir era e é alto;
  • – Não era possível, depois de distribuída, ocorrerem modificações;
  • – Não havia critérios para separar os textos de qualidade dos de baixa qualidade;
  • – Por fim, exigia-se uma periodicidade, pois era preciso receber, avaliar, editar, diagramar, imprimir e distribuir o material.

Esse modelo de publicação, na verdade, marca toda a era cognitiva do papel impresso/eletrônica passada, na qual era preciso gatekepeers (guardas do portão?), porteiros, filtradores, editores para que pudesse chegar ao leitor algo de qualidade.

E resolver um problema que precisa dele: a relação de espaço disponível x volume recebido ou coletado.

(Eis a luta diária da informação: a eterna luta entre espaço disponível, volume coletado recebido, qualidade (ruído x relevância) e tempo adequado – um bom gestor é o que consegue equilibrar os quatro.)

Tal método, que forma uma cultura acadêmica no início de extinção, convivia e convive, com alguns problemas:

  • – Tempo lento entre o fazer e o publicar dos artigos (fatal para um mundo mais dinâmico) – tem revistas que demoram um ano para publicar os textos;
  • – Distorções dos critérios de avaliação, através de amizades, troca de favores, etc. Ou seja, nem sempre a avaliação de pares é meritocrática ou que não acabe viciada.

A chegada da era cognitiva digital em rede, entretanto, modifica o cenário.

  • O espaço digital não é mais limitado,  o custo para armazenar e distribuir despenca de preço;
  • É possível, depois de armazenada, ocorrerem modificações;
  • Há metodologias para separar os textos de qualidade dos de baixa qualidade;
  • Por fim, não faz mais sentido haver uma periodicidade, pois não é mais preciso receber, avaliar, editar, diagramar, imprimir e distribuir o material – basta dar ENTER.

Ou seja, a Ciência 1.0 é caracterizada por uma maneira de pensar e agir em função do papel impresso, que procurou saídas para um contexto de difusão da informação, mas que agora precisa ser revista, pois como disse o capitão nascimento: “o inimigo (do gestor da informação) é outro”. 🙂

As experiências de gestão informacional de ambientes digitais em rede nos mostram que os antigos porteiros informacionais de plantão não mais definem o que pode e o que não pode, ou o que deve ou não deve ser publicado.

O novo ambiente, como demonstra o Wikipédia, por exemplo, não é mais de alguém que detém o controle da inclusão dos documentos, mas de alguém que cuida para que sejam colocados diretamente pelos usuários e que se possa, a partir da interação e do fluxo meritocrático, ir separando o joio do trigo.

Quanto melhor é a gestão informacional no novo ambiente, mais se tem relevância e menos ruído – como sempre foi o papel de qualquer profissional de informação. Não é a “casa da mãe joana” acadêmica, apenas um método mais eficaz de produzir conhecimento, que tem uma nova cultura.

Não é pelo fato que não a conhecemos que vamos considerá-la ineficaz, certo?

Podemos dizer que na nova cultura informacional não temos mais o papel de avaliar o que deve ou não ser publicado, mas garantir que o ambiente informacional digital em rede criado reduza, ao máximo os ruídos, aumente a relevância e permita que a ideia gerada seja facilmente encontrada por quem se interessa por ela.

Assim, as bases da nova cultura informacional, analisando diversos trabalhos acadêmicos e práticos, pode-se dizer que é:

  • – todos publicam;
  • – a qualquer hora;
  • – cada leitor, com sua experiência e formação cadastrada, lê e avalia o que leu;
  • – os cliques nos artigos (interesse tácito) como a sua avaliação, através de notas, estrelas, curtir, ou não curtir e/ou comentários e sugestões (interesse explícito ou codificado), bem como, os links, citações que ele possa receber,  farão com que os artigos subam ou desçam na lista meritocrática de relevância;
  • – o autor, em interação com o meio, pode resolver melhorar o artigo, alterando-o e gerando uma nova versão, ficando a anterior disponível.

É uma revista acadêmica muito mais líquida e coletiva, como, aliás, sempre foi (ou deveria continuar a ser) a ciência.

(Otlet e Bush iam adorar.)

Tal modelo suplanta o anterior pois:

  • garante que a avaliação ocorra, mas não mais na pré, mas na pós-avaliação;
  • ganha muito em velocidade, pois está no ar, logo que o autor conclui o trabalho;
  • sofre um critério não só de avaliação crítica, como dá oportunidade do autor ir aprimorando o trabalho, pois não existe Ciência acabada, apenas em construção;
  • termina com periodicidade, pois todo dia é dia de se ter um artigo novo.

Obviamente, que haverá um grande esforço filosófico, teórico, metodológico, tecnológico para um melhor ajuste entre ruído versus relevância. Um conjunto grande de problemas culturais vão surgir, mas me parece que não haverá outro caminho que não seja esse.

 

A sociedade quer, como está demonstrando, como sempre quis, uma informação de relevância, qualidade, no menor tempo possível.

A Ciência 1.0, hoje, é incapaz de cumprir essa meta.

Assim, responderia a questão feita acima:

Posso eu decidir se ele deve ou não ser publicado?

Hoje, posso.

Mas torço pelo dia de que ninguém possa mais.

PS 1 -> (Adoraria ouvir argumentos contra tal método, pois não se pode dizer que não tem funcionado, basta olhar em torno e pensar na adaptação do que é feito para a ciência.)

PS 2 -> (Vejo muita discussão sobre ciência aberta, mas pouco sobre ciência colaborativa, aliás como ocorre nas organizações. Motivo: na ciência aberta questiona-se o poder do outro. Na colaborativa, o nosso.)

12 Responses to “Os dilemas da Ciência 2.0”

  1. Barreto disse:

    Querido Nepô falei sobre o assunto em “Mudança estrutural no fluxo do conhecimento:a comunicação eletrônica”
    http://www.scielo.br/pdf/ci/v27n2/barreto.pdf

  2. Ale disse:

    Nepô, o tema é complexo e minha resposta é longa, principalmente se tivermos em vista as “ciências duras”, cuja revisão metodológica, a verificação dos métodos estatísticos, dos métodos próprios das ciências particulares (Kuhn) é extremamente especializada. Por isso te escrevi em mensagem.

    Conhece isso? !http://www.plos.org/

    E vou deixar aqui 3 referências que gosto muito:

    CUPANI, Alberto. A propósito do ethos da ciência. Episteme, Porto Alegre, v. 3, n. 6, p. 16-38, jan./jun. 1998. Disponível em: .

    PRICE, Derek de Solla. A ciência desde a Babilônia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1976. (nos sebos)

    ZIMAN, John. real science: what is, and what it means. Cambridge: Cambridge Univesity Press, 2002.

  3. Moreno disse:

    o modelo de curadoria e avaliação de autoridade que eu conheço que mais casa com a proposta de uma ciência 2.o é o panel picker do SXSW.

    Mas a academia não vai absorver isso dentro das próximas 2 gerações por conta da política de cargos e salários da Capes.

    A metodologia de avaliação de autoridade existe e o argumento do “publish, then filter” é óbvio, então os cientistas motivados têm de pressionar a Capes a mudar os seus critérios.

    O mais estranho é que todos os professores que eu converso e são minimamente sinceros não acham saudável o modelo de publicar ou perecer e da incestuosidade das revistas qualis, mas ao mesmo tempo são incapazes de fugir do modelo porque suas carreiras dependem desses números. É um vicious game nada interessante para a produção de ciência.

    já leu o Big Science, Little Science do Solla Price?

  4. Bia Martins disse:

    Oi Nepô,

    Me interessa bastante essa discussão, como você sabe.

    Penso que já há algumas iniciativas nessa direção, mas acredito que por muito tempo ainda vai prevalecer o modelo atual, mais fechado, pelas razões que o Moreno citou.

    De toda maneira, só para dialogar um pouco com seu texto, acho que um modelo de publicação científica colaborativa deveria diferenciar o peso do voto de acordo com o conhecimento de cada um.

    Uma votação aberta para leitores leigos, algo como a avaliação do público, e outra para acadêmicos, talvez até diferenciando por área e formação. Assim poderia se ter pontuações diversas que qualificariam o texto por diferentes critérios.

    E parabéns pelo post e por colocar o assunto na roda.

    bjs,

  5. Carlos Nepomuceno disse:

    Ale, li o que você mandou…

    Você argumenta que teremos problemas, pois no conjunto das propostas aí de cima tem uma que é o texto líquido e não mais sólido.

    Você argumenta:

    Como ficaria o caso de testes que precisariam ser refeitos?
    Como ficaria a apresentação de pesquisas que tiveram financiamento?

    Bem lembrado.

    Porém, note bem que as novas plataformas – isso faltou no texto – deveriam ser opcionais.

    Digamos que você tem problemas para receber comentários, estrelas ou alterar o seu texto, basta marcar na plataforma que esse texto tem esses limites.

    Ou seja, hoje no Wikipedia existem verbetes trancados, como é o caso do Lula e Serra para evitar vandalismo, mas o que seria, digamos, a exceção não seria a regra.

    O que acha desse ponto? Queria seu retorno.

    Moreno, depois de meus estudos, estou caminhando para a zona franca de inovação, que é justamente para combater a sua visão “só em duas gerações”. O futuro não é temporal, mas local.

    Ou seja, acho que consegue-se fazer uma revista assim para testar e ter gente para avaliar custo x benefício da mesma, começando hoje, não daqui a 20 anos a experiência, que lá já terá mais amadurecimento.

    Um piloto caía bem, não acha??..gosto das suas sempre boas sínteses, que lembrei do Shirky -> publicar para filtrar e não filtrar para publicar.

    Bia, sim, isso deve ter, qualificar o leitor para poder saber quem é ele..aliás na tabela deveria ter a possibilidade de diferentes filtros, conforme interesse de quem busca.

    O importante aqui do nosso papo é que essa plataforma não deve ser excludente com o modelo atual, talvez pensar em um modelo opcional que o pesquisador que quiser continuar indo pelas vias normais, até possa, deixando quem quiser caminhar pelas novas, idem.

    O problema é que se questiona o que pode se perder, o que poderia deixar que continue acontecendo, mas não questionamos o que de novo pode ser feito….

    avancei, grato, vou dar uma olhada nas sugestões…de leitura,

    beijos a todos.

  6. Ale disse:

    Querido Nepô!

    Primeiro vamos ao que eu disse ípsis literis (ou copy-paste0 😉

    Sobre sua ideia: “É possível, depois de armazenada, ocorrerem modificações;”

    “As modificações ocorrem nos estudos subsequentes, do contrário, perde-se o histórico da pesquisa e o que levou a essa ou aquela conclusão… se uma conclusão na qual se baseou uma hipótese de uma tese, por exemplo, for modificada depois, o que acontece com a tese? Deixa de ter valor? A ciência é construída tijolo a tijolo, não se pode mudar as propriedades de um, sem ameaçar os outros sobre o qual foram acentados. Uma pesquisa científica (muitas vezes subvencionada por dinheiro público) tem que ter uma conclusão. O que não significa que seja a conclusão ou a palavra final sobre um tema, por isso, as pesquisas se baseiam nos estudos anteriores.”

    Agora, gostei disso: “Porém, note bem que as novas plataformas – isso faltou no texto – deveriam ser opcionais.”

    Você sabe que há plataformas onde se publicam trabalhos em andamento. Nesses casos, principalmente, seria muito interessante.

    Só gostaria de concluir o assunto, lembrando que qualquer publicação com mais de um autor é colaborativa. E que a ciência é uma atividade em rede, portanto a colaboração é, intrínseca a ela. Por isso te postei o artigo do Prof. Cupani, sobre os ideais da ciência. Alguém pode alegar que nem sempre as pesquisas ocorrem segundo os princípios cientíificos… Mas, esses pseudo-cientistas sempre acabam perdendo o prestígio um dia…Isso tudo está na minha dissertação.

    De qualquer forma, é um grande prazer conversar e debater com você, esse dínamo gerador de ideias..
    😉

    Um beijo!

  7. Ale disse:

    Ah… e meu guru 2.0 durante o mestrado! 🙂

    E pra finalizar (mesmo), compartilho texto do Marcelo Gleiser, porque, como ele, acho a ciência uma coisa linda! E a humildade científica, essencial. (aliás não só a humildade cientifica, mas a humildade de nos sabermos apenas humanos)

    “A ciência é uma construção humana, uma narrativa que criamos para explicar o mundo a nossa volta. As “verdades” que obtemos como a lei da gravidade universal de Newton ou a teoria da relatividade especial de Einstein, apesar de brilhantes, funcionam apenas dentro de certos limites. Sempre existirão fenômenos que não poderão ser explicados por nossas teorias. Novas revoluções científicas irão acontecer. Visões de mundo irão se transformar. Infelizmente, vaidosos que somos, atribuímos peso demais às nossas conquistas. Iludidos pelo nosso sucesso, imaginamos que essas verdades parciais são parte de um grande quebra-cabeça, componentes de uma Verdade Final, esperando para ser desvendada (p. 25).

    O primeiro passo é admitir que a ciência tem limites, que a sua prática e os cientistas que a praticam têm limites. A ciência tem que ser humanizada, relacionada com a cultura em que existe. Precisamos confessar nossa surpresa ao nos depararmos com um Universo aparentemente cada vez mais misterioso; precisamos ser mais humildes ao declarar o quanto sabemos sobre o mundo, não nos esquecendo do quanto não sabemos

    (Criação imperfeita: cosmo, vida e o código oculto da natureza, Editora Record, 2010, p. 42).

  8. Carlos Nepomuceno disse:

    Ale, show, já avançou com as suas críticas, o que não estava no texto, agora está no contexto para o próximo 😉

    grato pela visita e comentário…

    quando vier ao rio, não deixe de me ligar para sincronizar cabeças…

  9. Carlos Nepomuceno disse:

    Ale, outra coisa, tem coisas que pensei agora, que antes não pensava, acho que a plataforma, em função de tuas críticas, tem que ser tradicional na entrada e 2.0, conforme cada freguês….

  10. Carlos, a minha duvida seria a seguinte: popularidade nao é igual a avaliacao por pares. Exemplo: o numero de visitas, estrelas, “gostei”, comentarios etc no YOUTUBE avaliam a popularidade de um video, nao sua correcao. Por exemplo, eu acho que videos mostrando que a Nasa mentiu sobre Armstrong ter pisado na Lua (é divertido que existem tambem videos de ufologos mostrando Armstrong andando na Lua e encontrando uma base de UFOs) sao MUITO mais populares e visitados do que os videos oficiais da NASA. Acho que o mesmo se aplica aos mecanismos de recomendacao da AMAZON: os que recebem mais resenhas e estrelas podem ser os mais populares em termos de industria cultural e nao necessariamente em qualidade literaria.

  11. Acho que o mesmo se aplica aos blogs. Respondendo às suas colocacoes que vc colocou no Portal ABC, faço cut and paste abaixo:
    Carlos, até hoje não tivemos nenhum problema no ABC onde o blogueiro insiste que seu blog é cientifico mas pelos padroes academicos tal blog nao seria.
    Mas eu concordo que a linha é difusa: os blogs céticos da Evolucao (criacionistas), céticos do Clima e céticos da Historia (revisionistas do Holocausto, do projeto Apolo etc.) são cientificos? Bom, eu acho que podemos aceitar um blog cetico do Clima desde que o autor nao seja um fanatico que veja o IPCC como parte de uma grande conspiracao. Também fico meio ressabiado com blogs “ceticos” (notou que o problema do Criacionismo, dos ceticos do clima e dos revisionistas historicos é justamente um excesso de ceticismo, beirando a paranoia?) que nao respeitam o trabalho academico, por exemplo, da sociologia e historia das religioes. Tive, por exemplo, uma longa discussao com um desses blogueiros que era adepto da teoria conspiratoria que nega a existencia historica do personagem Jesus de Nazaré. É consenso entre os especialistas que, assim como Pitagoras, nao podemos falar com certeza praticamente nada sobre a historia ou ensinamentos desse personagem, mas outra coisa é dizer que o personagem é (totalmente) um mito inventado por Paulo de Tarso por volta de 47 EC (Era Comum) ou mesmo mais tarde. Ou seja, este blogueiro tem uma opiniao particular que contrasta fortemente com o consenso academico nos estudos historicos e apela para argumentos conspiratorios (tudo é uma grande conspiracao dos cristaos, pois Jesus nunca existiu). Será que devo chamar essa hipotese minoritaria de pseudocientifica? Será que o blogueiro é pseudocientifico? Ora, todos nós, nas fronteiras da ciencia, temos nao apenas o direito mas até o dever de examinar hipoteses minoritarias (que poderao estar corretas amanhã). Assim, o criterio do LDCC é: se tal hipotese minoritaria não se configura como o tema central do blog (como é o caso dos criacionistas e revisionistas historicos), entao o blog é util para a comunidade de leitores e blogueiros de ciencia, e nao deve ser classificado como pseudocientifico.

  12. Carlos Nepomuceno disse:

    Osame,

    primeiro agradecer o interesse na conversa.

    Depois, dizer que não existe algo pronto, como sabemos, mas em construção.

    Porém, na ideia que imagino temos que quebrar o modelo de que “alguém diz o que é por que tem algum respaldo para fazê-lo por uma instituição”.

    A complexidade do mundo de hoje não nos permite mais algo que seja monocromático.

    A rede está inventando uma nova forma de validação.

    A validação é complexa, pois você pode optar por escolher quem é seu validador.

    Está em aberto, mais opções e não fechado.

    Digamos que para você são os doutores que podem validar um determinado blog, pois ele tem que ser medido, credenciado, o tema exige cálculos específicos.

    Assim, PARA VOCÊ, que tem esse critério, na hora de selecionar os blogs científicos vai considerar aqueles, só aqueles, validados por doutores.

    Pode ser que alguém do mercado corporativo não goste desse critério, pois gostaria de blogs científicos aprovados por pessoas do “mercado”, então, ele vai ter outro critério, sendo a plataforma flexível para os dois casos.

    Ou seja, note que todas as críticas ao novo modelo são feitas com o receio de perda de “qualidade” de rigor, mas sabemos hoje que o rigor dos pares tem também seus problemas, sua falta de mérito.

    Assim, nesse mundo mais complexo e multi-cromático há a abertura e a definição de critérios a cada gosto.

    O problema é que não temos ainda metodologia, nem tecnologia para algo assim, coisa que já é usado bastante em sites como:

    download.com

    que você pode escolher critérios diferentes para escolher um software.

    É algo mais complexo do que isso, mas é muito mais meritocrático, pois quem quiser continuar nos critérios atuais, pode manter, porém quem quiser mais opções, idem.

    Além disso, podemos ter blogs off-academia, que é o caso do meu, que eu considero científico, mas que pode não ser aceito por alguns doutores, mais por outros sim. Ter uma relevância para meus alunos ou para meus clientes e não para um segmento da academia.

    Ou seja, será científico para quem acha que é e apontado para aqueles que têm o mesmo perfil.

    Mais opções e não fechamento de opções.

    Que achas disso?
    abraços,

    grato pela visita e comentário.

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