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Sem ferramentas e métodos meritocráticos, qualquer rede humana
(incluindo as via digitais) viram um antro repleto de mediocridade –
Nepô – pensando neste post;

Versão 1.0 – 11 de maio de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Já tivemos autores escrevendo (e até ganhando dinheiro) afirmando que a Internet está nos tornando mais ignorantes, rasos, superficiais.

Muitos dizem que temos muito mais lixo, fofoca, papo furado do que algo interessante.

Concordo com todos eles, discordando completamente.

Ou seja, concordo com a consequência, mas não com a causa.

Sim, concordo que estamos na fase 1, na qual ainda não temos ainda profissionais capacitados para usar métodos e tecnologias adequadas para filtrar pepitas de todo o cascalho informacional, que a Internet está produzindo.

Concordo que o mundo não é 100% de pessoas brilhantes, que pensam fora da caixa, que tem algo a dizer, questionar, acrescentar. Sempre teremos hubs e hosts, que são mais seguidos que os demais, pois alguma coisa no DNA os permite ver coisas de forma diferente.

E ajudam a todos a olhar a realidade sob um novo prisma – são mais raros.

Porém, discordo de que a rede não é capaz de nos ajudar a chegar nesses talentos, ou que eles não existem.

Aliás, uma sociedade/grupo inovador é aquele que consegue reduzir ao máximo o tempo e o custo que os novos talentos possam exercer plenamente seus dons raros.

 

Sempre houve um processo de seleção para a escolha dos gestores e dos multiplicadores de ideias para que possamos superar com mais facilidades nossos problemas.

Temos que ter a exata noção que estamos diante da primeira fase de uma grande mudança na sociedade e os filtros do passado (feito basicamente por pessoas) estão migrando para robôs e não temos a mínima ideia de como isso funciona.

Sem essa adaptação, tudo vira um caos e dá uma impressão que estamos indo para trás, quando na verdade estamos com medo de ir para frente!

Se analisarmos a maioria dos sites colaborativos, principalmente da mídia de massa, que fica-se mais evidente, veremos que temos um artigo, um “input” e um conjunto, uma grande tripa de comentários sem nenhum tipo de critério de relevância.

Mais: não existem jornalistas/profissionais de informação especializados em leitores. Aqueles que teriam como missão analisar os comentários, depois dos robôs para transformar mel puro em própolis!

  • Não existem, na sua grande maioria, critérios para que os leitores escolham os melhores comentários.
  • Os melhores comentários não ganham destaque entre os demais.
  • Não existem estatísticas dos comentários.
  • Os leitores mais respeitados pela comunidade não têm destaque;
  • E nem são convidados para escrever no jornal.

E os mais dos mais não são convidados para terem sua coluna, representando a verdadeira meritocracia, reduzindo o tempo entre o anonimato e um espaço para divulgação de ideias.

Ou seja, o processo meritocrático de colaboração ainda não existe e está para ser criado, dando a impressão de uma falsa mediocridade. O que, na verdade, é um despreparo para filtrar adequadamente o que é interessante!

Fica uma salada geral, um ruído completo e coloca-se a culpa no usuário e não naqueles que deveriam aprender a gerenciar melhora esse novo mundo participativo.

(Um bom “case” é esse do Youtube que está financiando os produtores de vídeo que mais se destaca, transformando talentos desconhecidos em profissionais.)

É isso,

Que dizes?

4 Responses to “A falsa mediocridade”

  1. Luciana Sodré disse:

    A internet colocou todos na rede: todos em contato com todos, todos com acesso à informação, todos com oportunidade de falar.

    Essa democratização da internet, tão importante e desejada, tem esse efeito colateral que precisa ser corrigido: praticamente pasteuriza as pessoas.

    Ferramentas de relevância, grau de confiabilidade e de reputação até existem, mas ainda sao inadequadas.

    Já demos salto quantitativo. O qualitativo já está a caminho!

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Lu, concordo plenamente a ideia é essa….

  3. Luciana disse:

    Nao existe codigo genético? Devíamos inventar um codigo comportamental. Seria um codigo aberto para permitir evoluções que seriam possíveis com base em auto avaliações e avaliações de terceiros. É, iria aparecer gente mal intencionada fazendo avaliações injustas dos outrs, mas se isso fosse relevanta a Wikipédia nao existiria. Também iria aparecer pessoas se superavaliando. Mas esses nao nos interessam…

  4. Bruno disse:

    Existe um ramo da IA que trata desse assunto, não conheço a fundo, mas espero que esses estudos possam ajudar nesse sentido.

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