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Cada onda tecnológica (imprensa, internet, etc) torna o compartilhar mais simples, rápido e barato – Charlene Li    – da coleção;

Texto conceitual

Livre para republicação (coloque apenas o nome do autor e o link para este texto, pois pode ter uma versão mais nova)
Versão 1.1 (Rascunho) – 25/01/2012 – colabore na revisão!

Procurei apresentar as características de uma Revolução Cognitiva nos posts anteriores.

Aqui e aqui.

Defendi que uma das premissas para caracterizamos uma Revolução Cognitiva é a redução gradual,  mas acelerada, do custo da circulação de ideias.

Mas como calcular essa redução de custos?

Vejamos.

As ideias são construídas na mente e posteriormente emitidas oralmente para os mais próximos e/ou registradas em algum documento/mensagem em diferentes formatos para que possa atingir a mais pessoas.

Essa circulação quando visa chegar  além da possibilidade oral exige obrigatoriamente o uso de um canal de transmissão de ideias.

As paredes das cavernas foram esse primeiro canal, os tambores outros, depois as pedras, o papel, o livro, o telégrafo, o rádio, a tevê, o computador, a Internet, etc.

Tal canal de expansão da circulação de ideias cria um aparato que tem embutido um custo de distribuição formado por um conjunto de profissionais, tecnologia e metodológia, que passam por:

  • Preparação/adaptação do documento para os códigos do canal;
  • Inclusão/transmissão do documento/mensagem no canal;
  • Capacidade de recepção do documento/mensagem por terceiros.

Há nesse processo a transformação do documento/mensagem em um transmisior tangível (livros, jornais) ou intangível (rádio, tevê, e-mail).

O custo da circulação de ideias envolve, assim, a manutenção do aparato do canal, da preparação, montagem, manutenção e transmissão do documento/mensagem.

O que varia?

  • O tempo que se leva da preparação à chegada;
  • A sofisticação do aparato;
  • O número da audiência atingida.

Antes da Internet, o custo desse aparato tanto de textos, imagens, áudios era imensamente maior do que no meio digital, pois necessitava de algo físico (livro, revistas, jornais) ou transmissão pelo ar (rádio e tevê) que tinham um custo alto da compra e da manutenção das antenas de difusão.

Com a chegada do computador (que digitalizou as ideias) e da Internet (que as fez circular) houve uma redução radical, tanto no tempo de preparação à chegada.

E mais criou mais sofisticação do aparato, reduzindo o custo e ampliando a audiência potencialmente atingida.

É essa redução do custo a principal causa das mudanças que já aparecem
e as que estão por vir, pois pela ordem, se abre um novo ciclo de inovação da civilização, pois um conjunto de talentos anti-estabilishment passa a ter voz.

Fator fundamental para grandes mudanças.

Podemos, por fim afirmar, que a a redução de custo da Internet teve alguns momentos relevantes:

Antes da banda larga e depois, que libertou a circulação de ideias, via computadores de mesa;

Antes da Internet móvel (3G) e depois, que liberou a circulação de ideias, via celular.

É isso.

Que dizes?

PS- estou abrindo um curso em abril, via Skype, para pesquisadores (teóricos e práticos) interessados em se aprofundar no tema Revolução Cognitiva – história, causas e consequências.

Se tiver interesse, me diga.

One Response to “O custo da circulação de ideias”

  1. […] (Ver mais sobre tempo de circulação de ideias aqui. —> E ainda aqui.) […]

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