Antigamente, se organizava para publicar, hoje na rede, se publica para organizar – Clay Shirky;
Não resta dúvida que teremos que ter uma relação diferente com nossos erros, principalmente os de texto.
Nossa cabeça está mais rápida, mais desatenta, estamos mais ligados em questões gerais e menos nos detalhes.
Isso vale para quem lê e quem escreve.
Tudo que se coloca online circula mais rápido.
Aqui no Blog diria que tenho algumas fases de revisão ao longo do dia e até depois disso.
Quando alguém cita o artigo, por exemplo, vejo que ele está circulando de forma mais ampla e tenho curiosidade de dar uma revisada para ver se escapou algo.
Fui me acostumando a achar erros e ir revisando ao longo do processo, inclusive, com ajuda dos leitores.
Se entrar nessa paranóia de que só pode sair sem erro, não consigo manter o ritmo de publicação que me alivia dos pensamentos de tantas interações que tenho nas turmas, nos textos, livros, etc…
Preciso descarregar e isso se dá escrevendo.
Ter essa meta de zero erro para quem quer estar no ritmo de publicação atual é quase impossível!
Um amigo questiona:
Mas se publicar de dois em dois dias?
Acredito que o problema vai ser o mesmo, não é um problema de quantidade, mas de ritmo.
Pego ao longo do tempo erros de digitação, concordância e até de lógica, de falta de comunicação.
Muitas vezes os próprios leitores me chamam a atenção.
Muita gente vai atribuir esse problema ao caos que o novo mundo está criando.
Mas desenvolvo a ideia que revisão em blog, em textos centralizados, no qual todos vêm até você para ler, é algo assim:
Escreveu, viu depois o erro, arrumou, mudou, lavou: tá novo!
Ou seja, a diferença não é mais se a pessoa erra mais ou menos, mas qual é a metodologia que adota para corrigir seus erros pelo caminho.
Diria até que isso é a cultura que estamos entrando que é mais propícia à inovação, de ir deixando as coisas meio soltas e ir arrumando sem grandes problemas naquilo que não é fundamental.
Assim caminha a Wikipédia, por exemplo.
Não é à toa que resolvi chamar o blog de rascunhos compartilhados, pois rascunho é o mundo atual sujeito à ajuste o tempo todo.
A ideia de algo pronto e acabado, em um meio digital mutante, me parece passado.
O que deve ser cobrado e perseguido é ir melhorando a metodologia para evitar ao máximo o erro, mas errar faz parte do próprio contexto.
Tudo é meio beta para desespero dos perfeccionistas.
Devemos nos preocupar muito mais do que com os pequenos erros, mas com as ideias que estão no texto contido!
Claro, que revisar, revisar, revisar é preciso, mas mais do que revisar, publicar, compartilhar, receber comentários e mudar é preciso.
Uma coisa puxa a outra.
E vamos descendo a ladeira 2.0 do jeito que se pode.
Que dizes?
Acredito que mesmo que existam erros, as pessoas ao menos estão escrevendo e expondo mais suas idéias, pois o internauta ajuda a editar a notícia
Concordo.