Estamos descobrindo maneiras melhores de organizar a sociedade em todas as suas instâncias, através da colaboração, utilizando as ferramentas interativas que a Internet proporciona – Manifesto 2.0;
O Manifesto mais conhecido é o Comunista, publicado em 1848.
Hoje, entretanto, tem se tornado moda manifestos.
Um importante é o Manifesto Ágil.
E o pai de todos aqui na Rede: Cluetrain Manifesto http://www.cluetrain.com/
A onda dos manifestos, a meu ver, é uma característica de uma sociedade mais participativa em rede.
No ambiente anterior, agíamos a partir de visões fechadas, ordens, determinações.
Nos agrupávamos por profissões, disciplinas, empresas, locais, regiões.
Nessa primeira fase pós-revolução da informação, passamos a nos identificar com visões e princípios.
E isso tende a crescer.
Por isso, necessidade de manifestos, pois as pessoas passam a se organizar por ideais.
É uma forte tendência.
Pessoas que sugerem o desenvolvimento de software de uma outra maneira, que vêem um determinado tipo de educação diferente ou, como o nosso, que querem apresentar uma nova forma de ver o desdobramento da revolução da informação na sociedade.
A ideia de realizar e fazer manifestos parte, acredito, de algumas necessidades:
- – apresentar uma visão diferente de algo que não é corriqueiro;
- – articular pessoas que se identificam com aquela visão;
- – mostrar para a sociedade que aquela maneira de pensar, mesmo que não seja usual ou corriqueira, já tem um conjunto de pessoas que a considera válida.
Assim, um manifesto é uma “praça de ideias”, na qual as pessoas dizem que a visitam, colocam ali uma estátua para influenciar a sociedade em uma nova direção.
Nós pensamos assim, o que você acha? Quer deixar seu nome na estátua?
Este manifesto 2.0 surgiu da articulação, discussão, debate entre pessoas que vêm discutindo o mundo 2.0 de vários cantos, mais fortemente aqui no Rio de Janeiro.
Fizemos uma lista de discussão, algumas reuniões prévias, modificamos no Google Docs algumas coisas, de forma coletiva e estamos propondo um “manifesto vivo”.
Vivo, pois a ideia é ter embaixo do manifesto uma plataforma produtiva para que possamos (todos que querem) ir modificando-o com a aprovação daqueles que o apoiaram e se expressaram no sentido de discutir seu futuro.
Tivemos uma boa polêmica sobre isso, pois, por tendência, o manifesto é um só, imexível e quem quiser que faça outro.
Mas a ideia de democracia 2.0 é justamente algo mais complexo.
Nada é para sempre, tudo é processo, nós todos vamos amadurecer e melhorar o texto, conforme formos repensando coisas.
E o documento digital tem que permitir que seja feito, a la Wikipédia.
Porém, precisamos que tal proposta ocorra num tempo hábil e por muita gente para construir um ambiente informacional que permita a todos que queiram votar nas propostas de mudança o façam sem grandes trabalhos, pois convivemos hoje com um grande inimigo: falta de tempo!
A versão beta que está no ar inicia esse processo ao incluir os emails de todos que querem participar e estamos desenvolvendo uma plataforma que permitirá que as pessoas possam votar e ir melhorado-o ao longo do tempo.
Essa plataforma, na verdade, é uma das muitas que vão aparecer para que possamos construir a democracia 2.0, pois não basta ter o desejo de tê-la, mas é preciso construir ferramentas que a viabilizem.
Muitos discutindo e votando em tempo real, de forma fácil e alterando automaticamente textos, leis, regras, posturas, trabalhos.
Eis a sociedade para a qual estamos indo.
Leia o manifesto e só assine se realmente você considera que faz sentido.
Se há detalhes que podem mudar, se inscreva na lista dos que vão aprimorá-lo e quando a plataforma entrar no ar vamos começar a modificá-lo.
Vamos adiante.
Que dizes?
Soube do manifesto por outras vias e, antes mesmo de ler esse post, pensei logo em você e em como ele tinha tudo a ver com as nossas discussões no grupo. Já assinei, repassei aos meus contatos e quero ajudar no que for possível. Parabéns pela iniciativa!