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Embora cada um estivesse, em parte certo, todos estava errados” – John Godfrey Sake – Os cegos e o elefante da coleção de frases;

 

Já está por aí o bom livro de Cláudio Starec: Educação Corporativa em xeque“, editado pelo Senac, lançado agora em junho de 2011, que eles me enviaram, a meu pedido, para ler e resenhar.

O livro apresenta pesquisa na área de Educação de grandes corporações, com mais de 500 horas de entrevistas com cerca de mil pessoas.

Nele, o pesquisador conclui:

  • Há uma miopia nas organizações do novo momento, no qual passamos do ambiente organizacional de mais estático para mais dinâmico;
  • Tal mudança demanda a criação de novos produtos e serviços, bem como respostas muito mais rápida das empresas;
  • O que nos leva a um ambiente produtivo, no qual o conhecimento tem um prazo de validade cada vez menor;
  • Tal fato, implica nova percepação da Educação corporativa.

 

O novo momento exige a passagem de uma educação corporativa:

  • Pontual;
  • Esporádica;
  • Sem mensuração adequada;
  • Por demandas muito imediatas e não vinculadas ao planejamento estratégico.

Para uma Educação Corporativa para uma:

  • Continuada;
  • Com parâmetros mais científicos de retorno do investimento;
  • Estratégica;
  • Holística.

Starec afirma que há uma crise de percepção, uma miopia das empresas ao tentar lidar com empresas num novo cenário, pensando com paradigmas ineficazes de um passado passado.

O que está em xeque, segundo ele, são os métodos de avaliação dos resultados da Educação Corporativa, que não permitem um trabalho mais eficaz.

Em resumo, gasta-se muito, colhe-se pouco.

Não estamos migrando as empresas sólidas (pré-revolução da informação) para líquidas.

O interessante é que o diagnóstico sob o prisma da Educação serve também para  os projetos em curso de Comunicação, Informação, Gestão do Conhecimento, Gestão, etc…

O que fiquei a me questionar na pós-leitura-do-livro?

  • Como esgotar o conhecimento interno, através de redes de comunicação e informação  e como procurar em outras redes o que falta nesse espaço informal?
  • Como criar formas mais dialógicas e menos impositivas no ensino corporativo?
  • Como aliar o movimento de redes sociais à Educação Corporativa, hoje vistos, quase sempre, como projetos separados e não sinergéticos?

O livro reforça minha velha e rouca ladainha: se a radical mudança para a nova ecologia informacional (do papel para o digital em rede) não for problematizada na estratégia da empresa, fica muito mais difícil ser eficaz.

Problemas resultantes:

  • Falta de visão geral do cenário;
  • Ações descoordenadas e não sinergéticas;
  • Maior custo;
  • Maior risco;
  • Lentidão, desmotivação e pouca inovação;
  • Perda de oportunidade e, principalmente, competitividade.

O livro provoca, recomendo.

Que dizes?

 

3 Responses to “Educação Corporativa: de empresas sólidas para líquidas”

  1. Antunes disse:

    Nepô, assunto muitíssimo interessante. Nas suas perguntas “pós-leitura-do-livro” você perguntou já respondendo a direção a ser tomada (redes sociais). Eu só acrescentaria uma menção à disciplina Gestão de Mudança pois tudo isso exige mudança de cultura e isso não vem só com ferramentas.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Concordo, Antunes!

  3. Paulo Cesar disse:

    Faca o que falo, mas nao faca o que faco ! Deveria ser o livro que ele lancou !
    Uma pessoa com humor instavel !

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