Nossas cabeças de “semana que vem” não estão prontas para as mudanças em curso – Nepô – da safra de frases 2011;
Se temos um problema, nosso cérebro calcula rápido e aperta um botão para minimizá-lo.
As crises das mais simples as mais complexas revisam mapas mentais e nos apontam para botões conhecidos.
- Dor de cabeça –> melhoral
- Restaurante –> os conhecidos
- Cinema –> aquele da esquina
Ou seja, nosso cérebro calcula todo tempo dentro de um modelo matemático estabelecido pela nossa vida (seja de forma consciente ou inconsciente, maioria dos casos).
O ser humano tende a ser conservador para poupar energia.
Vamos no que conhecemos, pois é mais rápido.
Ponto!
Só mudamos quando os botões que apertamos para resolver as velhas crises não funcionam mais.
Aperta-se esperando o resultado “A” e não dá mais “B”.
O motivo é relativamente simples: os problemas são pontos de desequilíbrio em movimento.
O reequilíbrio, pode não parecer, mas é mutante.
Você nunca toma o mesmo remédio, a dor de cabeça nunca é a mesma, o cinema sempre está em movimento (funcionários que entram e sai, gerente, goteiras, etc), idem para o restaurante.
O remédio de dor de cabeça pode não fazer mais efeito, pois sua dor de cabeça se agravou. O restaurante pode ter mudado de dono e o cinema viver um tipo de problema de goteiras.
E continuamos a apertar o mesmo botão….como se tudo fosse imutável, um dia há o desequilíbrio e o botão perde o prazo de validade.
O conservador podemos dizer, então, é a pessoa que insiste em apertar o mesmo botão de problemas, mesmo que os resultados não sejam mais os mesmos.
Esse botão que apertávamos na sociedade 1.0 – que é o informacional está mudando.
A maneira que adminsitrávamos a informação antes da Internet não serve mais agora e isso tem relevância para toda a sociedade, pois informação, respiração e pulsação são partes vitais do ser humano.
Os botões continuam visíveis, mas a parte debaixo do painel mudou toda!
O mundo está criando um novo reequilíbrio sistêmico para abrigar 7 bilhões de pessoas e não se pode mais conviver com um sistema informacional lento, sólido e centralizado do mundo consolidado e vertical do papel.
A inovação exigida para resolver a crise produtiva da super-população exige um ambiente informacional, mais rápido, líquido e vertical do papel, da tevê, do rádio, primos e primas.
São novos botões para começar a ter, de novo, novas e eficientes respostas.
Mas quem tem tempo para pensar nisso?
Me diga…
Nepô, não poderia começar o post de forma melhor.
“Nossas cabeças de “semana que vem” não estão prontas para as mudanças em curso – Nepô”
Desde que você falou isso em aula venho pensando a respeito, e esse post ajuda muito a refletir sobre. Nós realmente temos a tendência de fazer o que dá certo, o que conhecemos sem correr riscos ou falhas. Se sabemos que aquele restaurante japonês tem um peixe fresco, porque vamos arriscar indo em outro? Mas agindo dessa forma nos fechamos para novas possibilidades. O novo restaurante japonês pode ter mil coisas melhores o que da forma como agimos, não vamos descobrir.
Inovar é preciso. Buscar sempre o re-equilíbrio também.
Forte abraço!
O Rodrigo enfatizou a primeira frase e eu destaco a última: “Mas quem tem tempo pra pensar nisso?” Acho que essa é uma das grandes questões. Há uma grande revolução ocorrendo, mas poucos conseguem ver. Quem tem tempo para parar, olhar, escutar, observar e analisar o que está acontecendo?
O problema é: o que pode ser considerado um tempo perdido hoje, pode virar um arrependimento “semana que vem”.
“O conservador podemos dizer, então, é a pessoa que insiste em apertar o mesmo botão de problemas, mesmo que os resultados não sejam mais os mesmos.”
Gosto de pegar um trecho do texto que me fez ligar/ apertar o botão para o link.
As pessoas gostam de fórmulas, e procuram ela para resolver os problemas que enfrentam no dia a dia. Acho que as pessoas fazem isso, por ser a forma mais fácil de se tentar, mais cômodo… caso não dê certo, aí sim as pessoas procuram novas formas de enxergar o problema. Acho que as pessoas gostam de “evitar a fadiga”, afinal, sair da zona de conforto e buscar por novas opções dá trabalho e as vezes “dói”.
beijos, Júlia