Bom, caminhamos para o nosso sexto encontro, discutindo o que seria uma cidade 2.0.
Uma meta do prefeito virtual e fictício: Kiko 2.0.
Mais sobre os outros projetos do Kiko, aqui.
Sugeri conduzir a discussão da seguinte forma:
Baseado na teoria desenvolvida nos encontros do que de fato significa a Internet desdobramos princípios, que se consolidaram em projetos.
Depois, não era o objetivo da aula, tais projetos, se desdobrarariam em táticas de implantação, definição de custos, dificuldades, etc.
Como propostas tivemos:
- Call center online aberto – com cidadãos acompanhando tudo o que acontece no call center;
- Consultas on-line – tanto um plebiscito por mudanças de leis, como definições de orçamento, obras, etc;
- Unificação de bases de dados e permissão acesso – de talr forma que se possa desenvolver APIs em torno delas.
Faltou algo?
O pessoal vai complementar abaixo nos comentários.
Chegamos à conclusão de que antes de tudo precisamos de um projeto de inclusão digital, facilitando o acesso à banda larga e mobile. Pensamos em um projeto que envolvesse SMS + internet; torpedos que informassem sobre eventuais problemas da cidade, trânsito, serviços e um programa que permitisse tb aos moradoes enviarem reclamações pelo celular. Uma última sugestão que surgiu ao final do encontro foi a criação de um “Canal de Soluções”, onde as pessoas pudessem mandar suas sugestões para resolver os problemas. Baseado nesse canal, pensei mais tarde em um projeto de ‘mutirão’ no qual através de uma rede de contatos, as pessoas poderiam se unir a outras com interesses parecidos para ‘ajudar’ a prefeitura em problemas que precisam de pequenas soluções; ex: mutirão para limpar a areia da praia e conscientizar os banhistas, pessoas que precisem de carona para o trabalho e quem pode dar essa carona, mutirão para tirar lixo das encostas, enfim, um grupo para reunir voluntários.
Massa, já tive idéias parecidas!
http://webcidadania.org.br/ reuni alguns projetos interessantes!
Sobre o call-center aberto; Eu chamo de “Transparência”, o http://www.reclameaqui.com.br/ faz parte disso. Alguns usuários reclamam por lá, e algumas empresas participam respondendo.
Outro tópico importante debatido foi:
Aumentar os meios de comunicação do governo com a população, tornando essa interatividade OnLine parece ser o caminho para uma cidade 2.0, porém como teoricamente a adesão/participação será muito maior e conseqüentemente os problemas serão informados com maior freqüência, o governo precisa criar uma estrutura sólida para a rápida resolução dos mesmos para que este tipo de programa dê certo, caso contrário em pouco tempo esses novos canais cairão em descrédito com a população, que deixará de contribuir para a melhoria da cidade, por acreditarem que o problema será informado, mas não será resolvido.
Valeu Juliana e Raphael!
A sugestão dos mutirões, da Juliana, é ótima. Acho que vale tentar fazer com que o povo se mobilize por causas mais nobres que um flashmob. Seria sensacional. Há muitos anos li uma matéria que dizia que no Japão (se não me engano) havia uma lei em que incentivava a distribuição de câmeras digitais para a população, incentivando os moradores a fotografar irregularidades feitas por motoristas. As fotos seriam enviadas para o órgão fiscalizador, serviriam de prova e os motoristas imprudentes seriam multados. Poderíamos fazer algo do tipo.
Não sei se nossa legislação permite, provavelmente não, mas seria ótimo, principalmente com a popularização dos aparelhos celulares com câmera, se nossa população tivesse esse “poder”: fotografar as irregularidades, não só de carros estacionados em locais proibidos ou imprudências no trânsito, mas também de outros problemas nas ruas, enviar para a prefeitura e as fotos servirem de flagrante para a punição imediata.
Fabiano, as ideias das câmeras é muito boa..
abraços,
Nepô.
O Canal de soluções é muito interessante porque é através da interação, ou seja, conhecer o problema de dentro e identificar as demandas pode-se realizar melhorias em uma cidade. Um dos pontos discutidos em sala que me parece crucial, entretanto, é a questão da desburocratização. Para colocarmos qualquer ideia em prática, precisamos “esbarrar” em questões burocráticas.
Os resultados a serem obtidos também foram debatidos e traçados. Entre eles estão: melhores serviços, munores custos, maior satisfação, melhorias em qualidade de vida e aumento do controle da máquina pública.
Valeu Rodrigo!
Pensando sobre a proposta da Juliana dos mutirões “on line” incentivando as pessoas a somarem forças e talentos para auxiliar a administração pública a resolver uma série de demandas lembrei que junto a esse serviço poderia funcionar um tipo de ” balcão de procura e oferta de empregos” que fosse oficial da cidade. A ação que centralizasse e cruzasse dados e cadastros, por área de atuação, seria útil tanto para quem precisa de mão -de -obra como para quem tem o que para oferecer e estaria disponível na rede com resultados divulgados e atualizados o tempo todo. Esses dados serviriam de parâmetro para os especialistas avaliarem índices de desemprego, áreas com maior demanda e aquelas onde os cursos profissionalizantes da região não dão conta. Além disso, as prefeituras trocariam experiências no sentido de diminuir as ondas de migração e inchaço das cidades, por conta da procura de empregos e serviços. Em quiosques instalados em pontos estratégicos como rodoviárias, estações de trens, barcas, metrôs, escolas, hospitais permitiram a administração pública também repercutiria esses resultados e facilitaria o acesso dos interessados ao programa.
Carmem, boas ideias!
Valeu!
Importante dentro deste projeto de governo é mantermos o compartilhamento da informação juntamente com o poder de decisão ativo das pessoas de forma transparente e realmente interativa.
Uma migração coerente necessita de implantação em todas as instituições de ensino, particulares e públicas, para que tenha continuidade e não passe a ser utilizado como obrigação, mas sim como exercício ativo da cidadania. Desta forma, abriríamos a oportunidade para os talentos desenvolverem a ergonomia das ferramentas e o mapeamento sistemático das interações.
A desburocratização no processo de decisão e a capacidade de apresentar resultados são premissas básicas para o sucesso do projeto. Quanto mais simples e objetivos os processos, melhores serão os resultados mensuráveis. O “governo” deve ser amigável, no sentido de fácil utilização/participação. Assim, poderemos evoluir gradativamente até chegarmos a uma utilização unificada, sistemática e efetiva por uma maioria da sociedade.
Existe ainda uma grande armadilha dentro deste processo democrático. Devemos de alguma maneira desenvolver uma forma de monitorar e rastrear A INFLUÊNCIA. Como vemos, as redes sociais funcionam como uma grande alavanca para quaisquer objetivos, e, se houver ruído ou influência “política”, o resultado pode passar a ser controlado por quem consegue influenciar o maior número de pessoas e não, efetivamente, participar de forma idonea.
Pensando pragmaticamente, quem sabe o mundo não esteja caminhando em direção a um GOVERNO GLOBAL??? V.H.
Valeu!
Valeu Victor…
“As coisas nos parecem absurdas ou más porque delas temos um conhecimento parcial, e somos completamente ignorantes quanto à ordem e à coerência da natureza como um todo.”
Spinoza
A partir dessa frase de um filósofo conhecido podemos refletir sobre os “fatos” que devem ser lembrados. Quando falamos do modelo de uma cidade onde haja “compartilhamento” de informação e participação é inevitável que para isso tenhamos que estimular a saída do senso-comum (ou senso vulgar) que é resultante de uma compreensão e visão do mundo por um determinado padrão social .
Como quebrar os sensos comuns do mundo 1.0 para embarcarmos em novas visões de uma, sociedade 2.0 ?
Quando possuimos uma visão holística a cerca dos acontecimentos de um sociedade, já estamos saindo desse senso comum?
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Valeu, Stéphanie, frase ótima!