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Partido 2.0

  • A essência do 2.0 é dar poder a quem tem que ter o poder. Todo o resto é acessório, dando suporte a esse processo – André Cardoso;

Bom, eleição definida e como ficamos?

A proposta vencedora, Dilma/Lula, é anti-histórica.

Ou melhor, é o retorno da história com outras cores e barba.

Um governante que cuida do povo e não governa.

(“Na verdade a gente não governa. Deve ter sido um intelectual que criou essa palavra governar. O que nós fazemos é cuidar do nosso povo. A palavra correta é cuidar do nosso povo”.  Ver aqui)

Alguém que ama e sabe o que o povo quer.

O povo fica lá paradão admirando seu líder.

Isso é Neo_Pai_Getúlio_Forever.

Isso vai contra o mundo 2.0 da participação em rede.

Parece que está todo mundo indo para a praia e nós para a montanha.

Ok, o Lula não está errado, pois havia esse brecha e ele entrou.

Podia ter sido um estadista, mas preferiu ter 70% de aprovação.

Os grandes estadistas só são entendidos depois (assim como os artistas geniais).

Geralmente propõem mudanças, conseguem, saem questionados, mas a história os redime.

Quem dá o povo o que ele quer, não o coloca um passo adiante!

Para quem veio para mudar, 70% de aprovação é bola fora.

Foi o Governo do Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar.

(Desculpem-me os dogmáticos.)

Muito bem.

E o Serra?

O Serra também é a-histórico.

A social-democracia no terceiro mundo passa por inclusão social radical e não periférica ou de maquiagem.

A que está aí – modelo PT ou PSDB beneficente da feira da providência – está colocando gente no super-mercado, mas não no mercado.

Não está independendo as pessoas, pelo contrário, cria a dependência para a perpetuação do pai e da mãe no poder.

Do Estado pai agora Estado mãe.

O PT FOI  o primeiro partido brasileiro que falou em “empoderamento das bases”, criou núcleos descentralizados de debates e ainda o orçamento participativo.

O PT foi  2.0  e não sabia.

Capotou na curva do poder pequeno.

Um partido social-democrata tropical deve tentar algo inclusivo/competitivo.

Não se pode falar em mercado, competição, estrada, aeroporto, correio, celular, privatização, se as pessoas nem sabem o que isso significa, pois nunca viram um avião, só pela tevê em preto e branco.

Nem mesmo política externa a favor das liberdades no Irã, em Cuba, quando muita gente no Brasil vive em Estados ditadores, sob o jugo violento, criminoso e repressivo do tráfico de droga, que é tão radical quanto um Fidel ou um Armadinejad.

É preciso, antes de tudo, fazer com que os excluídos sejam incluídos na dinâmica do mercado e isso se faz com empreededorismo, associativismo, cooperativismo, capitalismo 2.0, na veia.

No qual as pessoas passam a lidar com o mercado de forma pró-ativa e depender deles, querer um bom correio para mandar encomendas, precisam das estradas, começam a andar de avião, querer banda larga.

Além de não achar que saúde e educação é um favor de quem cuida dele, mas ter consciência que o Estado é um serviço público, de servidores públicos.

De quem deveria servir, por obrigação, e não cuidar, por amor ao povo.

Ou seja, querer eficiência e não bolsa-qualquer-merreca.

O celular é o exemplo mais típico.

Todos dependem dele para trabalhar.

Imagina se não tivessem hoje nas mãos da iniciativa privada?

O problema é que a parcela interessada em Brasil competitivo nem sempre quer incluir essa massa da população.

São elitistas.

A maioria que ganha dinheiro no país é assim, de costas para a massa.

Gente como essa está pagando um alto preço na Venezuela.

Ou muda, ou afunda!

No voto, na democracia, na pós-ditadura, a população escolhe quem olha por ela, seja populista, autoritária, de direita, de esquerda, do céu ou do inferno.

Estão na dela.

Não é o povo que escolhe?

Assim, é preciso incluir de forma pró-ativa no mercado, de forma a criar interdependência e não dependência.

Convencer com fortes argumentos que é esse o caminho possível.

Ter uma proposta honesta para as pessoas e dizer isso sem medo em todos os lugares, durante muito tempo, com um projeto de país e não de poder.

A Marina toca um pouco nestes pontos, quando propõe uma aliança nacional contra a corrupção unindo setores comprometidos com a inclusão e a democracia.

Por isso, voto nela, mas não a vejo AINDA com essa visão geral da passagem de um ambiente 1.0 para outro 2.0, que vai envolver todos os países, mais dia menos dia.

Tomara que ela funde uma oposição decente e não se alie aos vencedores, o que representaria uma grande derrota do futuro.

É preciso, além disso, aliar a inclusão com a percepção da mudança que a revolução informacional traz, revendo absolutamente tudo, da escola, governo, parlamento, empresa.

Esse novo partido dever ser um partido 2.0, que dá cidadania, participação e inclusão e usa a rede digital para unir as pessoas e decidir seus destinos, tanto no social, político e econômico.

É a refundação do empoderamento das bases, mas não para acabar com o capitalismo, mas para revitalizá-lo em direção ao futuro mais colaborativo e ecológico.

Com 7 bilhões de pessoas (Brasil com quase 200 milhões), precisamos cada vez mais de inovação e produção acelerada e não de centralização.

Que dizes?

Matéria instrutiva sobre o tema:

“Chávez viu sua popularidade cair recentemente, em meio à recessão, a uma inflação que passa de 30% e ao aumento da criminalidade. Em 2008, a aprovação do presidente estava acima de 70%, segundo a maioria dos institutos de pesquisa do país.”
http://br.noticias.yahoo.com/s/27082010/87/economia-chavez-corre-risco-perder-controle.html

12 Responses to “Partido 2.0”

  1. Sérgio Lima disse:

    Olá Nepomuceno,

    Nunca li tanta ignorância histórica e argumentos ralos como agora.

    Os EUA apoaim Israel que comete, sistematicamente, crimes de guerra na Palestina, por isso eles são Criminosos também? Porque então o Governo LULA ao conversar com o Irã significa que apoia seu governo?

    O Governo Lula mantém relações diplomática com os EUA, que mantém presos sem julgamento, que invadiu o Iraque em busca de “armas químicas nunca encontradas” isto significa que o Governo endossa esta ações? Santa ignorânica Batman!

    O governo Lula criou e tem incentivado várias conferências públicas para a discussão de temas polêmicos. Mais participativo e 2.0 que isto nunca ocorreu no Brasil. Santa ingorância Batman.

    O que faz o povo votar nas propostas do PT é algo simples: Crescimento de 10% ao ano da reda das classe C, D e E. É acesso a Escola (universidades via prouni), a financiamento para micro-empreendedores., etc… Santa Ignorânica Batman!

    O Governo que mais construiu escolas técnicas, Unversidades, que tem incentivado as licenciaturas (já deu uma olhada na plataforma Freire e no Portal do Professor)? Santa ignorânica Bataman.

    É normal que as pessoas tenham suas opiniões, mas elas precisam, minimamente, olhar o que se tem feito sobre aquilo que pretendem ser especialistas!

    O Brasil não precisa de um hype (2.0) precisa continuar crescendo e incluindo o “Brasil Profundo” na cidadania da Era da Informação!

    O projeto do PT possivelmente será o vencedor pois acreditou no fim do monopólio da opinião e deu voz (e oportunidades) a este Brasil que você não conhece.

    Simples assim… Que dizes?

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Sergio, contra as suas certezas, continuo com as minhas dúvidas.
    Grato pelo comentário!

  3. Lucia disse:

    Sérgio, só vou comentar isso:
    “O projeto do PT possivelmente será o vencedor pois acreditou no fim do monopólio da opinião”

    Acreditou no fim do monópolio da opinião ou quer o monópolio da opinião para si? O projeto de mídia de Lula quer acabar de vez com a liberdade de imprensa.

    http://www.linearclipping.com.br/fecomerciodf/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=7&codnot=1290583

    Santa ingenuidade!

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Lucia, concordo!

    Por outro lado, aceito as críticas do Governo de que nossa nossa imprensa tem problema é muito centralizada!

    Tem defeitos, mas é preciso mais imprensa, mais Internet, mais opiniões, mais inovação.

    E não o contrário.

    Quantas vezes tivemos entrevistas coletivas do Lula sobre atos e fatos do seu governo nos últimos 8 anos?

    É algo tão comum em democracias ativas.

    Que ele fosse lá discutir e ser questionado?

    E questionar a imprensa.

    Por que não foi?

    Não é prática aqui no Brasil.

    Essa imprensa que tanto se critica, ficou omissa em relação a isso, não pressionou para que isso fosse um fato e passasse a ser prática de TODOS os presidentes, que teria um ótimo espaço para ir lá questionar e se posicionar.

    Espero que com a Dilma haja pressão para que ela se dê entrevista regularmente.

    Será bom para todos, pois podemos ouvir do presidente/a questões, incluindo, por que não, perguntas de internautas.

    Não seria ótimo?

    Por que não é?

    Não foi?

    A imprensa veio para critica e o governo para servir.
    Como o governo veio para cuidar – e não mais para servir – deve achar que a imprensa deva mudar de posição também.

    Valeu Lucia a visita!

  5. Sérgio Lima disse:

    Opa Lucia e Nepomuceno,

    Liberdade de imprensa é algo que existe no Brasil e que sempre foi garantido no Governo Lula. A velha midia decadente está aí há 8 anos martelando inverdades e nunca foi cerceada pelo Governo LULA.

    O projeto de Mídia proposto para debate público é sobre responsabilidade penal sobre o que se publica. Retirar a liberdade de imprensa seria censurar, a priori, a opinião.

    Ou você acha que os grandes veículos podem publicar falsidades e mentiras e devem ficar a margem da Lei?

    Todos podem publicar o que quiserem, mas devem arcar com o rigor da lei e da constituição, quando usam esses meios para mentir, espalhar inverdades e etc.

    É disto que se trata! Um pouco de leitura do originais e não repetir a opinião de comentaristas faz bem para o debate!

    abs

  6. Sérgio Lima disse:

    Nepomuceno,

    Sobre o governo não vir a público, você está de brincadeira né… Tem aí o blogue do Planalto, os 0800 dos ministérios e vários canais de comunicação direta.
    Por que o governo precisa da mediação da velha mídia para entrar em contato direto com os cidadãos? Isto sim é bem 1.0!

    abs

  7. Sarah disse:

    Oi Sérgio e Nepô,

    Sobre o último post do Sérgio, quero comentar que para mim, não basta existir blog do Planalto ou 0800, se a comunicação for unidirecional, você expressa ou solicita e não há retorno.

    Semana passada minha mãe ligou para Ouvidoria do INSS para denunciar uma situação que ocorreu com uma moradora do nosso bairro, que estava morrendo de fome, por um erro administrativo. E teve que ouvir da atendente da Auditoria, que aquele era um canal apenas para o cidadão desabafar… hahaha!

    Fui Gerente de uma empresa pública e percebi o quanto estamos longe de ter meritocracia e gestão por resultado no serviço público. Afinal, os sindicatos trabalham para que isso não aconteça.

    Trabalhei no MDS no início do Ministério e sempre ouvi que as Bolsas eram temporárias, apenas um paliativo, para as ações de fato, as ações para tornar o cidadão independente, como o Nepô colocou. Naquela época, o paliativo deveria durar dois, três anos… Oito anos depois, só ouvimos os políticos prometendo Bolsa X, Y ou Z…

    Não é só criar a Escola Técnica, ou a Faculdade, mas garantir que alguém sai de lá sabendo mais, ou alguma coisa. E que esse conhecimento pode garantir um espaço no mercado de trabalho.

    Precisamos de fiscalização, precisamos de demissão dos incompetentes, precisamos de meritocracia.

    Você tem visto funcionário público ser demitido? Ou receber alguma punição administrativa porque não executou o seu trabalho ou não cumpriu sua carga horária? O mais desanimador é que os organismos desconhecem até os mecanismos de como fazer isso.

    O Lula realizou muitas coisas, porque trouxe muita gente competente pro cargos chaves do governo, principalmente na Economia. Isso é um fato. No Ministério que trabalhei, tínhamos muitos Doutores e Mestres nos cargos de destaque. Pessoas especialistas no que estavam fazendo, competentes, inteligentes, capazes. E para nossa tristeza, muitas tentaram, tentaram e até já desistiram…

    Como Nepô, não sei se Marina, será capaz de resolver tudo isso também.

    Mas como cidadã, ainda não me sinto satisfeita. Não sou bem atendida nos bancos, nos hospitais, nas Agências Reguladoras, nos aeroportos, nos Correios, na Justiça… falo de ter informações claras e precisas, prazos acertados cumpridos, atendimento em horário previsto pelo Código do Consumidor e algum compromisso dos funcionários que ali estão para realizar seu trabalho. São inúmeras situações…

    Acho que meu post foi mais um desabafo da minha pouca esperança de mudança, do que uma crítica ao seu, rs.

    Abraço a todos.

  8. nepo, sugiro consulta a este site:
    http://antidilma.com.br/
    só reforçando: meu voto é Marina Silva
    ainda q o IBOPE e DATAFOLHA queiram comprar meu voto
    com os resultados nao confiaveis da pesquisa de opiniao
    se eu for “pescar” num aquario é claro q so vou “pescar” peixe!
    é o estao fazendo com esta “coleta” de opiniao!
    nao ha quem me convença do contrario… infelizmente!
    sem excecao, todas as pessoas realmente inteligentes q conheco
    ja se decidiram: escolheram marina silva!
    e o nepo é um deles, nao e mesmo?
    suelybcs

  9. Carlos Nepomuceno disse:

    Suely,

    optei pela Marina, pois ela aponta o caminho de um partido que imagino que vai aparecer…..valeu a visita,

    Nepô.

  10. marcos cavalcanti disse:

    Nepô
    concordo em gênero (voto numa mulher – Marina) e grau (não acho que ela esteja entendendo o que se passa, ainda…

    A luta continua!!!!

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