Sou free na Web; ao vivo, não – Nepô;
Acredito que estamos vivendo uma inversão de conceitos, pois o que perdeu valor é o produzido e publicado na Web, isso deve ser de graça e servir como elemento de construção coletiva e divulgação dos autores.
É o que você oferece ao mundo!
O que será cada vez mais caro é o evento ao vivo, presencial, inventado na hora, pois exige uma coisa cada vez mais limitada: tempo e atenção.
É o que o mundo oferece a você!
Segue carta que define minha posição, que acabei de mandar para um convite, vou passar a melhorá-la e passar a mandar este link para quem me convidar para palestras sem remuneração, explicando meus motivos, sendo algo público e aberto, o que vira uma posição política conceitual, que visa incentivar à reflexão de quem vai e quem convida.
(Segue abaixo carta que enviei há pouco para uma pessoa, explicando minha posição sobre eventos presenciais.)
Prezad@ promotor@ do evento,
Grato pelo retorno, mas gostaria antes de me posicionar, ser informado de:
a) o evento será gratuito para os participantes ou terá alguma cobrança? Caso sim quanto custa a participação e qual o público esperado em termos de quantidade de pessoas?
b) quanto tempo terá cada palestrante para expô-las?
Espero que compreenda minhas questões, pois tenho divulgado gratuitamente minhas ideias na Internet (com posts diários no meu blog), meu último e-book está também gratuitamente na Internet para que todos possam lê-lo e baixá-lo.
Oferecer gratuitamente minhas ideias faz parte de minha estratégia de negócio e mesmo ideologia diante do mundo 2.0 que estamos entrando, mas tenho sido muito reticente para aceitar convites para eventos presenciais.
Tenho limitado bastante a minha participação nestes eventos, pois exigem dedicação de tempo e investimento, já que fecho a agenda para outros convites (inclusive viagens) e deixo de me dedicar aos estudos, que tenho que fazer para continuar a exercer minha atividade de consultor.
É uma atividade que vai tomar tranquilamente toda a manhã, tarde, noite, dias, etc…..
Ou seja, hoje ganho dinheiro basicamente com palestras e consultorias: esse é o meu negócio.
Note que é possível participar de eventos com o intuito de “divulgação dos meus serviços” ou mesmo “das minhas ideias”, o que acabaria resultando em venda de serviços mais adiante ou colaborar de alguma forma para melhorar nossa sociedade.
Não me furto em fazê-lo.
Tenho feito isso, aqui e ali, desde que os eventos e/ou sejam também gratuitos e/ou visem comunidade sem recursos e/ou que tenham, pelo menos, uma possibilidade de forte exposição das minhas ideias para possíveis contratos futuros.
Se começar a não cobrar para eventos presenciais, serei obrigado a querer vender o que hoje dou de graça na Web. Ou uma coisa ou outra, prefiro aquela (que atinge mais gente e é permanente) do que essa.
É uma difícil decisão, mas viver é decidir.
E decidir é se definir enquanto pessoa.
Acredito que estamos entrando no mundo, no qual deve haver uma coerência em fazer e agir.
Este aqui é o caso.
Caso não conheça meu trabalho e avalie a possibilidade de geração de valor com a minha presença, sugiro assistir a esse vídeo, no qual exponho minhas ideias, inclusive sobre o tema proposto:….
grato pela atenção , abraços
PS- aguardo retorno,
Nepomuceno
nepo.com.br
Muto certo Temos que nos valorizar…
Correto. O triste é que a maioria pensa que se deve participar sem remuneração. Mesmo em eventos em que se cobra a inscrição.
Essa sua franqueza é necessária.
Abraços
Luiz Ramos
Valeu Luiz e Miriam pelo apoio!
Muito bem escrita.
Há um ponto não colocado no e-mail, mas é até estratégico não incluí-lo. Poderia parecer grosseiro.
O que tem valor que é dado, que é de graça? Se torna comum e de valor R$ 0.
Valeu Cris!