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Dentro do fenômeno social do “Empirismo Tóxico” que estamos passando, temos muita dificuldade de entender e agir diante das atuais mudanças.

Autores e seus respectivos conceitos acabam intoxicado, pois estão mais preocupados em aparecer e ganhar espaço do que ter coerência lógica.

E isso implica surgir seguidamente vários conceitos desprovidos de lógica, que mais atrapalham que ajudam.

(Bons conceitos são aqueles que conseguem ter coerência e popularidade ao mesmo tempo – algo que faz parte da arte da produção científica dos tempos atuais.)

“Economia compartilhada” é um conceito para lá de intoxicado que tem aparecido à exaustão,

Está na mesma galeria de conceitos esquisitos, vazios e mal formulados, tais como “sociedade do conhecimento”, “sociedade da informação”,  entre outros.

No momento, que se afirma que estamos entrando na “economia compartilhada” o que estou induzindo o pensamento dos mais ingênuos é de que antes não havia compartilhamento na economia e que o estamos inventando agora.

Começo, assim, a induzir ideias equivocadas, trazendo mais confusão do que esclarecimento – algo que formadores de opinião deveriam evitar.

A base da economia, ao longo da macro-história humana, sempre foi e será o compartilhamento de esforços, pois ninguém é capaz de produzir tudo que precisa para sobreviver e, por isso, depende dos demais.

Quanto mais complexa é a sociedade (e aí temos fortemente a influência da Complexidade Demográfica Progressiva do Sapiens) mais e mais haverá interdependência econômica, leia-se de pessoas, organizações, países, regiões, continentes.

Um nome menos confuso e mais eficaz é simplesmente Economia Digital, que tem como característica a possibilidade de permitir que mais pessoas possam trocar com mais pessoas, a partir de novos canais de informação e distribuição.

Note que Revoluções Civilizacionais, como a que estamos vivendo, têm como característica, primeiro, a chegada de novos canais de trocas informacionais, seguida de novos canais de trocas de produtos e serviços, aonde surgem novas organizações.

Revoluções Civilizacionais na macro-história tem como razão principal que desconhecidos possam fazer negócio com desconhecidos, como já ocorreu com a chegada da oralidade, da escrita, da escrita impressa.

Há reintermediação nos canais de comunicação e distribuição de produtos e serviços para resolver os problemas cada vez mais complexos, superando os limites de antigos intermediários.

Há, assim, o surgimento de  fenômeno que podemos chamar de “reintermediação de canais”, que permite que novo ciclo humano se inicie, com oxigenação das trocas.

Mais e mais se torna evidente que o problema hoje não é a demanda por novas metodologias, mas mais e mais de nova filosofia e teoria.

Como detalho aqui.

É isso, que dizes?

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