O Léo, sócio do Clube, me pergunta:
Bom, vamos lá.
O cara que não se diz da Escola de Toronto é o Pierre Lévy.
Por que ele diz que não é e é.
A Escola de Toronto não é um Torontismo.
Ou Mchluhaismo.
Pois tudo que tem ismo tem por trás uma metodologia proposta. Ex: Marxismo – implantar a metodologia do comunismo. na sociedade. Taylorismo – linha de produção; Darwinismo – práticas competitivas, baseada na competição da espécie, etc.
O que não tem metodologia não vai ter ismo.
A Escola de Toronto é uma escola teórica da comunicação.
Dei detalhes mais didáticos aqui.
Qual é a tese principal dos caras, no curto, grosso e popular: A mídia (ferramenta) faz a cabeça da massa sem a massa sentir.
Ou, como disse McLuhan:
“O meio é a mensagem”. (no original era o meio é a massagem – do cérebro).
Não importa o canal que assiste, a tevê muda a sua cabeça.
Essa afirmação levada para uma mesa de laboratório teórica, nos leva a uma revisão de como pensamos a sociedade, as ciências humanas e a compreensão da Internet.
Se a mídia muda a nossa cabeça, ela, na verdade, vem antes da Cultura. A Cultura não seria a única alteradora do ser humano, pois teríamos que pensar a nossa espécie como uma tecno-espécie que vive em uma tecno-ecologia, sujeita a mudanças tecnológicas em forte escala.
Isso vai se ler no Pierre Lévy, em livros de fácil leitura, como o Cibercultura, de 1999.
Quando se abre essa porta, tem um mundo pela frente, pois os caras foram atrás dessa tese, ao estudar a chegada da escrita, do alfabeto, do rádio, da televisão e o Lévy da Internet.
Nunca na história dessa humanidade, um grupo de pesquisadores da comunicação foram tão a fundo nessa tese, em tantos pontos da história para nos dar subsídios do que ocorre depois de uma Revolução Cognitiva.
A Escola de Toronto, a meu ver, é o grande achado para entender a Internet, pois dá uma base forte para podermos comparar os tempos e ir mais fundo.
Gosto bastante do livro do Havelock: “A Revolução da Escrita na Grécia”.
Os livros do MacLuhan são herméticos, pois ele é muito doido, disfuncional, começa a falar do cinto, passa para a cobra, depois já entra uma nave espacial e volta a um picolé de uva. 😉
Você vai vê-lo de forma muito melhor no Youtube nos vídeos e entrevistas que ele deu, ali que consegui captar melhor o cara.
Eu começaria por aí.
E ao começar a ter problema, grite!
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