(Pessoal, permitam chamar o Facebook aqui de sinônimo de mídias sociais. Meu desejo é que no futuro não muito distante tenhamos uma plataforma desse tipo distribuída, sem ninguém no controle, mas enquanto isso, usemos a metáfora.)
Muito se critica hoje a atuação das pessoas nas mídias sociais.
Afirmam que as mídias sociais estimulam o narcisismo e nos levaria à idiotice.
Pelo que tenho estudado e visto, diria o contrário.
Estamos saindo de um mundo sem-canal para um mundo dos com-canal (ver mais aqui.)
Vivemos a fase inicial das mídias sociais e a tendência é nos afastar cada vez mais dessa fase, digamos, primitiva.
O que temos hoje nas mídias sociais é, entretanto, o efeito retardado, ou mais nítido, do que a Idade Mídia trouxe ao ser humano, onde se inclui o papel das organizações monocêntricas, escola inclusive.
- Uma incapacidade completa ao diálogo, à argumentação, à troca.
- Uma baixo auto-estima.
- Uma baixo-abstração.
Desaprendemos a conversar e isso é nítido em quem procurar dialogar nas mídias sociais.
Porém, esse processo pode ser alterado e acredito ser esta a função principal da nova escola: ensinar de novo as pessoas a se comunicar e a pensar por conta própria, a perceber que a realidade é sempre uma percepção em construção interativa.
Muitos dizem que o Facebook é um causador de doença.
(Entenda-se aqui Facebook como expressão maior das mídias sociais)
Eu diria que ele é o início da cura, mas não ocorrerá sozinha, é preciso que haja um esforço dos educadores para estimular esse diálogo, reensinar a conversar.
Que dizes?