Versão 1.0 – 18/09/2013
Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
Criei aqui em cima do computador uma galeria de ídolos, pensadores, filósofos.
Quando eu olho para este mundo fechado e reticente à ideias novas, olho para a galeria, pois sei que não somos os primeiros e nem seremos os últimos a tentar levar ideias contra a corrente.
Terminei de ler, finalmente, o livro “A Revolução da Escrita na Grécia e suas consequências culturais”, de Eric A. Havelock.
O livro, eu diria, que faz parte do esforço da Escola de Toronto para provar a tese central de McLuhan:
“O meio é a mensagem”.
Foi a mensagem, ou a mudança de mentalidade na Grécia, que deu uma mexida nos gregos e os levou a começar algo bem diferente, tal como a filosofia e a democracia, que influenciaram fortemente o mundo ocidental.
O livro defende que a chegada do novo meio de comunicação, baseado no alfabeto, alterou o estado mental dos gregos e criou a mente alfabética. Ele defende, a partir da pesquisa, que: ” o conteúdo do que se comunica é regido pela tecnologia utilizada, mas também assevera que esta mesma tecnologia pode ter uma função causal na determinação no modo como pensamos”.
O interessante, além da curiosidade no campo da arte de poemas orais para escritos, é como essa alteração se procedeu a partir do alfabeto. liberando o cérebro que tinha que guardar na memória o conhecimento passou a ser liberado para outras atividades, entre elas, criar.
Veja o trecho:
Bingo, filosofia!
Acrescenta um dado relevante de que o homo sapiens só virou para os especialistas homo sapiens sapiens depois que passou a se utilizar da linguagem, o que marca mais um ponto para a tese das revoluções cognitivas versus mudanças culturais e histórias da espécie.
Cita Ernst Mayr no livro As espécies animais e a evolução, que comprei, que lembra que há uma relação entre sobrevivência e sofisticação dos meios de comunicação, o que reforça uma das teses centrais do meu novo livro.
Lembra que o ser humano é um programa aberto, pronto para ser alterado e não fechado como é característica dos outros animais.
Gosto muito do final da apresentação, quando ele desabafa com o obscurantismo de seus pares.
Veja o trecho:
O livro é uma referência para quem estuda revoluções cognitivas e chegou para ficar na área nobre da prateleira.
[…] Comentei o livro de Havelock sobre a Revolução do Alfabeto na Grécia aqui. […]
[…] Comentei o livro de Havelock sobre a Revolução do Alfabeto na Grécia aqui. […]