O I Ching afirma que aponta que a única certeza é a mudança. A questão principal, então, é de onde vem. E como se pode estar com ela e não contra ela. Essa é a missão, a meu ver, dos investidores.
Versão 1.0 – 27 de junho de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
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Schumpeter que é conhecido como o pai da inovação disse, entre tantas, uma coisa interessante.
O capitalismo muda pouco de dentro para fora, mas principalmente de fora para dentro.
Ou seja, a tendência humana, como tenho detalhado aqui, é de resistir a tudo que é novo.
Faz parte de nossos medos antepassados de sair da caverna e ela não estar lá quando voltarmos. 😉
Pois bem, é do cara que está de fora da caverna, que quer um teto, que vem o novo.
É assim na Ciência, como apontou o Thomas Kuhn e é assim no capitalismo, segundo Schumpeter.
Ambos, seguem a linha do I Ching, que aponta que a única certeza é a mudança. A questão principal, então, é de onde vem. E como se pode estar com ela e não contra ela. Essa é a missão, a meu ver, dos investidores.
Pois bem, mas ele disse mais.
Falou que esse empreendedor de fora do sistema precisa de ajuda. E é justamente o capital de risco que, apostando nas mudanças, consegue fazer com que a roda do capitalismo ande.
Um país próspero é aquele que a máquina está azeitada nessa direção e vice-versa.
Empreendedor -> vontade de entrar na máquina -> capital de risco -> novos projetos -> novos valores.
Assim, investidor bom é aquele que percebe mudanças na frente, percebe quem está disposto a apostar seu trabalho nela e coloca seu faro e dinheiro nesse futuro, que hoje é hoje aparentemente incerto.
Quem sabe das mudanças, tem o poder!
No fundo, todo investidor com relativo sucesso é um cenarista.
E todo cenarista é um teórico, pois precisa entender as forças que estão em jogo e saber qual delas irá levar vantagem amanhã, numa briga de hoje.
Porém, além do que vem de fora, as organizações procuram também inovar para não perder o espaço.
E daí vem também boas oportunidades.
Temos, assim, algumas categorias de investidores:
- – os que apostam no super novo – startups;
- – os que apostam no velho que quer mudar (fusões, aquisições, transmutações);
- – e no velho que quer continuar fazendo o que sempre fez (algumas vezes isso também tem retorno, ainda mais na estabilidade, um estado cada vez mais difícil de se encontrar.)
Muita gente tem voltado, desde a bolha, para as oportunidades do mundo digital, que passou a se chamar de 2.0 de alguns anos para cá.
(Estive no epicentro dessa mudança em um banco de investimento, atrás de boas oportunidades.)
Hoje, de maneira geral, os investidores que têm apostado nesse nicho estão todos concentrados naquele foco inicial, empresas start-ups.
Porém, há uma mudança em curso, invisível, uma grande alteração que é ainda uma grande oportunidade invisível.
As empresas atuais, todas elas, terão que migrar de um modelo piramidal para um menos piramidal, mais horizontal para continuar competindo.
Mais dia, ou menos dia.
Isso é uma máxima da Revolução Cognitiva em curso.
Só se consegue ver isso, através de estudos teóricos e cenários.
É uma teoria de vanguarda que pode nos dar uma ponte para o que virá.
Há uma lógica fácil de entender.
Porém, as organizações, abraçadas que estão no passado (o que é natural), têm se mostrado com grande dificuldade de entender o que é e para onde se está indo.
Os projetos inciais apontam para uma mudança gradual: têm fracassado.
São duas culturas diferentes entre empresas nativas e empresas migrantes.
É preciso montar uma carteira de inovação para isolar os projetos 2.0, em uma bolha que se chama de transformação, para evitar que a cultura tradicional não deixe a nova florescer.
Desenvolvi essa discussão aqui (falando das culturas distintas) e aqui (da necessidade de se criar novas empresas do zero.)
E isso significa, anotem, a montagem de novas empresas com marcas antigas – que é algo interessante para quem atua nesse meio de campo entre nada nem muito novo e nem muito velho.
Isso, há um mercado que se abre para fundos que podem investir nessas empresas para que façam essa migração. Estou conversando por aí….
É isso,
Que dizes?
[…] (Como disse aqui, pode até pensar em capital externo para tocar o novo projeto.) […]
Apenas uma verificação boba, a frase é assim mesmo “…Ching afirma que aponta que”? Não seria apenas afirma ou aponta? Estranho né… Do mais, texto muito interessante e bem redigido.