A implantação de projetos de Redes Sociais Digitais nas corporações provoca uma mudança de uma cultura analógica mais centralizada para uma digital mais colaborativa e compartilhada e, portanto, mais dinâmica e inovadora – Nepô, aqui neste post – Nepô, neste post.
Versão 1.2 – 12 de março de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
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Pessoal, calma lá com o bonde 2.0 para ele não derrapar na curva.
Os trilhos estão pra lá de molhados!
Digamos que toda organização tem seus problemas de gestão e isso não é de hoje.
Fazer a gestão é criar uma “musculatura” para gerir o presente e se adaptar ao futuro.
Quanto mais o mundo for mutante, mais a gestão terá que acompanhar!
Ou seja, produzir e vender é um jogo de sete erros.
A gestão passa por várias crises, fases e muitos modismos.
Já tivemos a gestão da informação e a criação dos departamentos de comunicação, de processo, da educação corporativa, do conhecimento, da inovação, do conhecimento.
Todos visavam e visam o mesmo objetivo: alinhar a organização às demandas do mercado para gerar valor.
A longo prazo, quanto mais eficazes são, mais usadas e vice-versa.
No curto prazo, há muita fumaça e confusão.
Fica pouco claro o que é tendência que veio para ficar e o rápido modismo passageiro.
Ok, digamos que os problemas de gestão estão sendo atacados de várias maneiras muito antes de se falar em Rede Social Digital Corporativa.
Melhorar a inovação, dinamizar a produção, ouvir clientes, fornecedores e colaboradores, entre outras propostas estão aí na mesa há muito tempo.
O que tem de novo quando falamos em empresas 2.0?
Há várias escolas de gestão, conceitos, teorias, todas opcionais, conforme o setor, a demanda, a necessidade de produzir, o perfil dos gestores, o ciclo de vida dos produtos, o ambiente cultural, o país, o momento de decadência ou de expansão da organização.
Porém, quando falamos de implantar redes sociais digitais corporativas estamos falando algo de outra ordem, de outra natureza, pois estamos falando em mudanças no cérebro humano que são provocadas por novas tecnologias cognitivas disruptivas.
Se muda o cérebro, muda o humano.
Se muda o humano as organizações têm que se adaptar a esse novo perfil.
Não estamos falando de gestão, mas na mudança em um dos elementos bases dela: o ser humano.
Estamos mudando de forma definitiva – vide a nova geração – de como o ser humano se relaciona com a informação, a produção, a comunicação, o aprendizado e o conhecimento.
São novas formas de resolver velhos problemas que vêm ocorrendo de dentro para fora das organizações e das gerações mais novas para as mais antigas.
Faz parte de um ajuste da relação de mais gente no planeta com novas formas de gerir a informação.
- Não é um processo opcional.
- Não é uma nova escola de gestão.
- Mas a chegada de um novo ambiente cognitivo que introduz uma nova forma de resolver velhos problemas para o qual a organização tem que se rende e se adaptar. Ponto!
É algo inapelável que tem que ser gerenciado pelo mais alto nível da organização, pois dessa estratégia depende o futuro da organização.
Já tem gente querendo criar departamento de Rede Social, Gestão de Rede Social e isso vai criar mais uma confusão entre tantas outras, pois estamos vivendo uma migração de uma gestão em um mundo mais vertical para outra em um mundo mais horizontal.
É preciso gerir essa mudança de forma consciente e programada!
A implantação de projetos de Redes Sociais Digitais nas corporações, enfim, provoca uma mudança de uma cultura analógica mais centralizada para uma digital mais colaborativa e compartilhada e, portanto, mais dinâmica e inovadora.
É um processo de passagem de “A” (redes sociais de hoje, mais hierárquicas) para “B” (redes sociais digitais de amanhã, mais horizontais) em vários níveis como tentei apontar aqui em mais detalhes.
O projeto de rede social digital, assim, vai tentar introduzir uma nova forma de resolver os velhos problemas, melhorando a qualidade da gestão do conhecimento, da inovação, da informação, da comunicação e dos processos.
Há novas tecnologias, novos métodos e nova maneira de pensar e agir na solução dos velhos problemas de gestão, que já estão para ajudar.
Assim, é preciso encarar a implantação de redes sociais digitais nas corporações como uma grande gestão de mudança, em uma migração de um jeito de pensar a organização para outro. E não a criação de um novo departamento ou a entrega da maior mudança de gestão que as organizações já passaram a um departamento específico.
Assim, estamos falando a gestão 2.0 de uma rede social digital, para a qual a organização está indo e irá melhorar e adaptar essa cultura para criar a gestão de conhecimento 2.0, da inovação 2.0, da informação 2.0, da comunicação 2.0, dos processos 2.0 e da educação corporativa 2.0.
Todos estes projetos devem ser integrados na implantação tanto da rede social corporativa digital externa quanto da interna.
Basicamente, o conceito é a introdução de novas formas de resolver estes projetos de forma transversal, criando um novo modelo de solução mais desintermediado, mais colaborativo e compartilhado, a saber em cada caso:
Na gestão do conhecimento 2.0 teremos, por exemplo, em um “Facebook corporativo”, que permita mapear de forma fácil os talentos, através do perfil digital de todos os empregados, o que faz, aonde, com quem se relaciona, que cursos já fez, por que qualidades é conhecido pelos seus pares, qual a taxa de meritocracia que a comunidade lhe atribui, além de blogs e/ou redes sociais técnico-profissionais por pessoas, áreas de interesse, estimulando conhecê-lo cada vez melhor;
Na gestão da inovação 2.0 teremos, por exemplo, comunidades que trocam experiências por temas, internas e externas, sugerindo mudanças em processos, serviços e produtos;
Na gestão de informação 2.0 teremos, por exemplo, arquivos compartilhados em espaços abertos para toda a organização e não mais nas máquinas ou nos departamentos. Serão arquivos publicados em ambientes web, com direito à busca e possibilidade de estrelas, curtir, comentar, com tabelas que permitam ainda saber os mais baixados, vistos, comentados, estrelados, curtidos;
Na comunicação 2.0 teremos, por exemplo, Twitter corporativo para troca de notícias profissionais, algo parecido com um MSN para chats individuais e coletivos, telefones e celulares das pessoas disponíveis rapidamente, onde cada um está, a cada hora;
Na gestão de processos 2.0 teremos, por exemplo, sugestões de melhorias vindas de fora e de dentro, com comitês de avaliação das melhores sugestões, rapidamente implantadas, transformando call-centers, ouvidorias, twitters internas e externos em uma grande caixa de sugestão, que realmente funcione;
Na educação corporativa 2.0 teremos, por exemplo, vídeos, áudios, manuais, textos, em formato wiki com a experiência de cada ator e grupo de ator importante da corporação, bem como de palestrantes, com possibilidade de estrelas, curtir, comentários, além de grupos de discussão de empregado-aprende-com-empregado, cursos a distância ou presenciais mais interativos, a partir de demandas dos empregados, num grande Youtube interno.
O projeto de migração de uma empresa que está plenamente em uma rede social analógica para a digital colaborativa e compartilhada é a colocação de novos óculos mais adequados para os velhos e conhecidos problemas da gestão – que agora ganham um importante e novo aliado – um mundo mais colaborativo e compartilhado!
É um up-grade nos projetos que já estão em curso em diversas frentes.
É uma proposta de mudança mais antenadas com o novo século.
Que achas?
Me ocorreu aqui agora… será que precisa replicar as ferramentas internamente? Por que não fazer tudo com as que já existem na internet?
André, não entendi, detalha, grato pela visita.
Ótimo o post e completíssimo. Importante também um treinamento com todo o corpo de funcionários para que haja uma mudança interna, muito mais do que tecnológica. Essa é a ficha que ainda não caiu na maior parte das empresas.
É exatamente por isso que estou passando, porém, existe um conservadorismo forte em relação a essas mudanças.
Um dos problemas que eu vejo, é que os “cérebros” ainda não estão preparados para compartilhar e contribuir. É muito difícil você convencer uma pessoa a documentar um processo/procedimento e compartilhar com outras, pois isso envolve o medo de compartilhar.
Porquê medo de compartilhar? Não sei. Mas acredito que algumas pessoas pensam que ao compartilhar seu conhecimento irá perder importância na organização e assim, possa ser substituído facilmente.
Além do problema do colaborador ter medo de compartilhar, há uma preocupação da diretoria da empresa em ter suas informações/dados vazados, prejudicando assim seus negócios.
Como driplar esses principais problemas?
Colaboradores com medo de compartilhar e Diretores com medo dos efeitos do compartilhamento?
Bruno, saiu hoje no Valor um artigo justamente falando desse rompimento…que é feito em função da mudança que estamos vivendo…
Não sabemos como, mas vai acontecer, estou desenvolvendo uma metodologia que chamo de “Gestão de Redes Sociais”, que tenta ajudar nessa direção.
Tem várias pessoas que percebem a necessidade de ir adiante…
Veja esse artigo:
http://gestaoeinovacao.com/?p=2863
abraços
Carlos.. você pode dar o link do artigo que foi publicaddo hoje a respeito desse assunto?
Obrigado