A realidade só se apresenta quando queremos mudá-la – Nepô – da safra 2001;
Estamos semana que vem lançando nosso Manifesto 2.0 do qual falarei bastante por aqui.
Estamos – o núcleo de pessoas que está preparando o movimento – discutindo qual é a melhor plataforma para colocá-lo.
Parte tem sugerido o Facebook.
E outra uma plataforma própria.
Ambas as propostas são eficazes, mas carecem de aprofundamento.
Tenho para mim que a realidade só se apresenta quando queremos mudá-la.
E todo o processo que vamos viver daqui por diante ao construir uma nova sociedade mais colaborativa faz parte de uma mudança na maneira de pensar.
Vamos todos evoluindo fazendo e pensando e vice-versa.
No post que escrevi há tempos, consegui perceber conceitualmente que podemos falar de duas redes sociais: as informativas e as produtivas.
- O Facebook, por enquanto, é uma rede social meramente informativa (podemos dizer de relacionamento).
- A Wikipédia é uma rede social produtiva (apesar do resultado final ser a informação).
Ou seja:
- O Facebook visa apenas que as pessoas se relacionem, troquem mensagens, não tem a meta de se alcançar um determinado produto ou serviço particular, por enquanto;
- A Wikipédia, por sua vez, visa gerar artigos sobre a realidade de forma dinâmica, a partir de critérios estabelecidos – produz algo. As pessoas não entram lá para se relacionar, mas para se informar, a partir de um serviço gerado coletivamente.
Note que em ambos os casos, cada serviço um cumpre um papel e talvez hoje não se possa pensar em nenhuma atividade de massa sem que o Facebook e quem está lá fique sabendo.
Uma página de fãs, por exemplo, é de bom tamanho.
Porém, no caso do Manifesto queremos fazer algo maior, que aponta uma novidade de produzir manifestos, por isso o nome manifesto 2.0, que tem que ser 2.0 na forma e no conteúdo.
O texto do manifesto gostaríamos que pudesse ser vivo.
Ou seja, a pessoa assina, mas pode sugerir mudanças, que devem ser aprovadas por aqueles que assinaram e gostariam de aprovar a alteração.
Pois na evolução podemos ir pensando mais coisas, evoluir, repensar coisas e isso é a base de um coletivo que pensa junto, digamos.
Obviamente, como ponderou o Rodrigo, que outros manifestos podem ser feitos, a partir deste, mas nós mesmos podemos chegar a novas conclusões e não queremos que o manifesto fique velho.
Temos que ter critérios coletivos gerais de mudá-lo.
Nada impede que se um grupo propuser mudanças e o coletivo não aceitar que faça outro, em outra plataforma e assim caminha-se.
Um manifesto vivo e coletivo é um problema complexo de impossível solução a baixo custo e esforço sem uma plataforma colaborativa em rede social que nos apóie.
Um problema similar vai ocorrer quando quisermos implantar uma nova democracia.
Nosso modelo atual é o máximo que conseguimos com as plataformas colaborativas que tínhamos: rádio, jornal, tevê, urnas, panfletos, cartazes.
(Sim, podemos dizer que as mídias de massa eram colaborativas, com uma taxa baixa de colaboração, mas eram.)
O que é interessante notar é que só vamos conseguir fazer coisas diferentes em termos de participação se conseguirmos desenvolver NOVAS PLATAFORMAS que permitam que muita gente, com baixo esforço, possa decidir coisas coletivamente a partir de critérios previamente acordados.
No caso do manifesto, por exemplo, a ideia é que:
- As pessoas assinam e decidem que participarão das mudanças;
- Quando alguém sugerir uma mudança, as pessoas recebem um link, o que está se propondo mudar e clicam em sim ou não, de uma forma rápida;
- Se os cliques atingirem um percentual X dos que estão decidindo, é implementado automaticamente.
Para isso, vamos precisar de plataforma e um algoritmo que regule a participação, que nos leva a uma discussão política mais sofisticada da que estamos hoje acostumados.
Sem a plataforma, vamos precisar de um esforço individual de pessoas, de tempo, coisa que vai faltar e causar uma falta de transparência do processo.
Imagina se tivermos 400 pessoas querendo discutir cada mudança?
Essa discussão nos leva a esse ponto.
Um mundo 2.0 só é possível com uma mudança na forma de pensar no qual aceitamos que estas plataformas sejam desenvolvidas e as usemos para tornar nossa participação coletiva possível.
A vontade de mudar é o primeiro passo.
Mas sem plataforma caímos no mesmo impasse de nossos antepassados, que não tinham os meios para fazê-lo.
Assim, a cada passo que a nossa civilização quiser dar em direção ao futuro mais e mais dependeremos de tecnologia em redes sociais (principalmente das plataformas produtivas) e a regulação dos algoritmos que regerão o nosso “modus operandi”.
As leis 2.0.
Que dizes?
No quesito plataforma tecnológica há duas opções que considero interessantes para os propósitos: ning e o zotero. Esta última free até um volume de alguns Gigabites. Lembrando que tecnologia é meio. Quanto aos algoritmos, sigo mais a lógica do Augusto de Franco (escola de redes) que a própria rede crie os seus. Ainda mais, será que são necessários algoritmos? abs,
[…] pois a ideia é ter embaixo do manifesto uma plataforma produtiva para que possamos ir modificando-o com a aprovação daqueles que o apoiaram e se expressaram no […]
[…] pois a ideia é ter embaixo do manifesto uma plataforma produtiva para podermos (todos que querem) modificá-lo com a aprovação daqueles que o apoiaram e se […]
[…] Note que é fundamental, como disse aqui, que esse novo mundo seja estruturado em torno de novas redes sociais produtivas. Ou seja, o desejo de desburocratizar sempre houve, ideologias, até experiências, mas a grande […]
[…] Se tivermos clareza, em relação aos propósitos, podemos começar a trabalhar no como é possível fazer com que esses propósitos ocorram da melhor maneira possível nos ambientes produtivos que estão sendo demandados, via redes sociais produtivas. […]
[…] São empresas que se aliam mais aos interesses dos clientes, conseguindo administrar a tensão de dentro e fora de forma mais interessante, via redes sociais produtivas. […]
[…] São empresas aliadas aos interesses dos clientes. Conseguem administrar a tensão de dentro e fora de forma mais interessante, via redes sociais produtivas. […]