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No coração das coisas estão os loucos, que fitam uma realidade limpa e iluminada, sem nuances e sem consoloJosé Castello;

Seria tão bom, né.

Chegávamos em todos os lugares e tudo funcionaria como gostaríamos.

O paraíso na terra.

Talvez até o paraíso seja isso:

Um mundo sem a necessidade de Procons. 🙂

Porém, não é assim, infelizmente, que funciona a civilização.

Cada novo habitante do planeta traz ao mundo um novo ponto de vista, nova necessidade e passa a exigir da sociedade um lugar para si.

E o mundo, teoricamente, deveria ir se ajeitando.

Além disso, como o mundo não é que nem pelada: só entra mais um, quando sai alguém…

Já faz muito tempo que se nasce muito mais do que se morre.

(Desde 1800, crescemos 7 vezes!!!).

Ou seja, além das caras novas, temos muito mais caras.

Como a demografia é algo invisível, reclama-se do trânsito, do barulho, da violência, da falta de tempo, etc…mas vai se ver que uma das fortes causas é o crescimento populacional.

Estamos nos adaptando a esse mundo lotado.

No qual, não satisfeitos em crescer, todos queremos morar no mesmo lugar (50% das pessoas hoje já vivem em cidades grandes!)

E isso exige de nós novas posturas.

Estamos todos aprendendo a conviver e viver desse jeito, mais arrumando e fazendo.

Não existe nada pronto, tudo está em construção, sempre foi assim, mas não víamos.

Nossa cegueira era fruto de um tempo em que a velocidade entre o fato e a versão. Entre a regra e o ajustes era mais lento, por dois motivos, já constatados:

– cresce-se muito, ganha-se escala progressiva, que nos leva a….

– …digitalizar tudo…. o que nos leva a….

– “versionar”  a sociedade e os cidadãos (estamos virando softwares?).

Cidade 2.0, Governo 2.0, Pessoas 2.0….Leis 2.0, Processos 2.0…

Estamos saindo de um mundo sólido para um líquido, gasoso…

Entro numa palestra com a versão 4.3 e depois da interação saio 4.4.

É o surgimento do prosumidor – um  cidadão ativo – que vem ao mundo para consumir e ajeitar tudo ao mesmo tempo. (O conceito do prosumidor foi sugerido por Mcluhan e depois por Tofler.)

Não dá mais para ficar esperando, como no passado, o mundo perfeito.

A imperfeição custa caro.

Mesmo que não cheguemos nunca lá, vamos tentando….

É preciso atuar nele e ajudar a se adaptar ao nosso gosto, eliminando o que é pouco inteligente, não funcional….

Cada usuário não verá o mesmo site, cada um, conforme o seu perfil, verá uma página diferente (Veja mais detalhes aqui).

E isso irá, aos poucos, ir migrando para a sociedade como um todo, ao chiparem nossos carros, nossos celulares….

O cidadão será sempre uma via de mão dupla – digo quem sou, consumo, retorno, se ajusta…

É dessa capacidade de ajustes que vamos gerar valor para um mundo lotado.

(Estamos fazendo isso queiramos – através de ações voluntárias; Ou não, pois quando se clica, já estamos colaborando com informação para o sistema.)

Vivi recentemente dois casos interessantes.

Um no Aeroporto Santos Dumont.

E outro com a Gol.

Em ambos, tive retorno das queixas que fiz, mas ainda na Era Cognitiva da Escrita, não da digital.

Os canais, entretanto, têm que ser cada vez mais fáceis, diretos e efetivos.

Pois num mundo de versões, ganha quem conseguir desenvolver mais rápido a última.

E, como dizia o Bill Gattes , que inaugurou, gerando valor, esse mundo 2.0:

O Windows é uma obra em construção.

Mais do que isso, diria eu:

O mundo sempre foi  uma obra em construção,  mas está mais visível.

Logo, logo essa mentalidade de mundo software vai ser a nossa maneira de pensar e agir, pois é a única saída para a lotação do planeta atual.

Que dizes?

Diário de blog:

O tema não é novo, mais vai aprofundando, aos poucos, a ideia de mundo versionado, pessoas versionadas. São aqueles posts, que ainda não está claros como água, mas vão ajudando a ir colocando as coisas no lugar.

2 Responses to “O mundo nunca vai estar pronto!”

  1. Rodrigo Leme disse:

    O maior obstáculo no mundo atualmente chama-se burocracia. Em alguns lugares mais, como no Brasil, em outros menos, mas a real é que qualquer atitude, qualquer movimento de mudança ou qualquer iniciativa empreendedora (do sentido comercial ao social) passa por uma série de empecilhos, permissões, autorizações, restrições…desanima.

    Por que é tão difícil eu apresentar para meu prefeito uma melhoria na cidade? Porque os canais com quem tem o poder de autorizar iniciativas que melhores a nossa qualidade de vida são tão arcaicos e labirintosos?

    Então, acho que o primeiro passo de uma sociedade melhor (2.0) é a redução das barreiras estruturais de inovação, que passam pelo poder público. Não digo que não há iniciativa e inovação fora da burocracia, mas as reais transfgormações precisam da participação do pder público, e a primeira barreira que tem que cair é a burocrática. A máquina tem que facilitar a inovação, e não podá-la.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Rodrigo,

    por isso acredito que um líder eleito com essa visão, com disposição de abrir, pode fazer uma grande diferença.

    Vamos ver na atual campanha quem vai adotar esse discurso.

    abraços,

    Nepô.

    Valeu a visita.

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