O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
Resumo feito pelo Tio Chatinho (ChatGPT):
No presente texto, Nepô defende que a Ciência Social está enfrentando uma anomalia significativa, conforme delineado por Thomas Kuhn. Ele argumenta que as mudanças exponenciais do Mundo Digital não estão sendo adequadamente compreendidas pelas estruturas paradigmáticas das Ciências Sociais, especialmente da Ciência Social 1.0. Nepô destaca a importância de adotar uma abordagem da Ciência Social 2.0, pós-McLuhan, que reconhece o papel crucial das mídias na transformação civilizacional. Ele sugere que as revoluções de mídia são fatores determinantes de grandes mudanças históricas, promovendo uma civilização mais descentralizada e adaptada à complexidade demográfica contemporânea.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Estamos diante do Digital tentando apertar um parafuso com um martelo ou usando a chave de fenda para bater um prego.
- Não é possível, assim, que possamos entender o Digital usando a velha e obsoleta Ciência Social 1.0 (pré-Mcluhan)!
- É isso que ocorre ao longo da Macro História do Sapiens: mais gente, menos intermediadores!
- Toda a formação dos novos profissionais nas diferentes Ciências Sociais Específicas deveria ser feita não mais pela Ciência Social 1.0, mas pela 2.0.
- Marshall Mcluhan (1911-80) – uma espécie de Darwin 2.0 – compreendeu a relevância das mídias na Macro História e é ele, mesmo que não tenha assumido isso, o fundador da Ciência Social 2.0.
- As mídias não eram e ainda não são consideradas capazes de alterar, de forma profunda e estrutural, os rumos da nossa civilização.
- O tempo passa e nós esquecemos que todas as Ciência Sociais Específicas são filhas da Ciência Social. Quando ela entra em crise, todas as outras desabam junto.
- O problema é que quando uma casa tem cupim não adianta descupinizar o armário, pois o problema está pela casa toda.
Os Mapas Mentais do Artigo:
Vamos ao Artigo:
“O surgimento de uma anomalia significativa abre novas áreas de investigação e estimula o processo pelo qual um novo paradigma é desenvolvido.” – Kuhn.
Thomas Kuhn (1922-96) dizia que toda a ciência vive em sua trajetória um momento de anomalia.
Uma Anomalia Científica ocorre quando um determinado fato passa a não mais ser explicado pelas teorias de plantão.
O que estamos vivendo neste novo século se encaixa exatamente no conceito de Kuhn:
- O Mundo Digital e suas exponenciais e profundas mudanças não estão sendo bem entendidas;
- O que caracteriza que a Ciência Social – mãe de todas as Ciências Específicas – está em crise.
Quando os administradores ou os educadores, por exemplo, querem entender e projetar o Digital nas suas áreas o que eles fazem?
Recorrem aos teóricos do passado e do presente, dentro dos limites paradigmáticos, da Ciência da Administração ou da Educação para entender o Digital.
O problema é que quando uma casa tem cupim não adianta descupinizar o armário, pois o problema está pela casa toda.
O que tem ocorrido hoje entre os conceituadores das Ciências Sociais Específicas?
Estão presos nos limites das Ciências Sociais Específicas, quando a anomalia está mais acima na Ciência Social.
O tempo passa e nós esquecemos que todas as Ciência Sociais Específicas são filhas da Ciência Social. Quando ela entra em crise, todas as outras desabam junto.
Vou explicar melhor.
A Ciência Social é o hall de entrada de todas as Ciências Sociais Específicas, que são salas correlatas.
A Ciência Social procura responder duas e somente duas questões estruturais, que definem o rumo de todas as Ciências Sociais Específicas:
- O que o Sapiens tem de diferentes das outras espécies, que nos tornam únicos?
- Como podemos compreender e prever grandes mudanças civilizacionais na Macro História? (ou se quiserem: quais são os padrões do Motor da História Humana?)
Destas duas respostas, que variam entre diversos conceituadores da Ciência Social, são formados os conceituadores das Ciências Sociais Específicas.
Repare bem.
As atuais mudanças promovidas pelo Mundo Digital não foram previstas ou mesmo explicadas – depois que surgiram – pelos conceituadores da Ciência Social de plantão.
Qual é o motivo?
As mídias não eram e ainda não são consideradas capazes de alterar, de forma profunda e estrutural, os rumos da nossa civilização.
E aí podemos separar as duas Ciências Sociais (a 1.0 e a 2.0):
- A Ciência Social 1.0 – pré-McLuhan, que considera as mudanças de mídia como algo neutro na Macro História humana;
- A Ciência Social 2.0 – pós-McLuhan, que faz tempo nos explicou que toda vez que muda a mídia, muda a civilização.
Um exemplo bizarro desta anomalia pode ser visto no Wikipédia, quando se procura saber os motivos do surgimento da idade moderna mais popular:
“A Idade Moderna foi um período específico da História do Ocidente que se inicia no final da Idade Média em 1453 d.C. (…) muitos historiadores assinalam o início desta idade na data de 29 de maio de 1453, quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos.”
Vejamos a outra versão menos popular:
“Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes Gutenberg (1400 – 1468) foi um inventor, gravador e gráfico do Sacro Império Romano-Germânico. Gutenberg desenvolveu um sistema mecânico de tipos móveis que deu início à Revolução da Imprensa, e que é amplamente considerado o invento mais importante do segundo milênio. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e na disseminação em massa da aprendizagem.”
O que foi mais importante para a história humana?
- A invenção da prensa por volta de 1450?
- Ou a queda de Constantinopla?
Como diz o verbete de Gutemberg:
“A prensa teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e na disseminação em massa da aprendizagem.”
Isso parece algo ao acaso, mas não é, é um padrão.
O surgimento da oralidade, por exemplo, detalhado por Yuval Harari, no livro Sapiens, também implicou em uma grande guinada civilizacional, assim como a chegada e massificação da escrita manuscrita.
Marshall Mcluhan (1911-80) – uma espécie de Darwin 2.0 – compreendeu a relevância das mídias na Macro História e é ele, mesmo que não tenha assumido isso, o fundador da Ciência Social 2.0.
McLuhan responde assim a pergunta: como damos guinadas na história? Criando novas mídias!
McLuhan, entretanto, foi colocado na periferia da ciência e não foi considerado relevante como deveria, mas ele é uma espécie de Darwin ou de Einstein da Ciência Social.
Não, ele não saiu da Ciência da Comunicação e não ousou defender que as suas ideias deram uma guinada na Ciência Social.
Mas agora, com o tempo e com a chegada do Digital, se confirma as suas previsões: mudou mais uma vez a mídia, mudou mais uma vez a sociedade.
Toda a formação dos novos profissionais nas diferentes Ciências Sociais Específicas deveria ser feita não mais pela Ciência Social 1.0, mas pela 2.0.
E é este o nosso grande impasse.
Não é possível entender o Mundo Digital pela Ciência Social 1.0 (Pré-McLuhan), bem como entendê-la dentro das Ciências Sociais Específicas, que foram formadas dentro dela.
A Bimodais, desde seu início, diferente do mainstream, optou no campo de análise macro de cenário, pelos MacLuhinianos.
Passou a desenvolver toda a sua concepção da história baseada já na Ciência Social 2.0 (pós-McLuhan) e procurou melhorá-la, colocando novas questões.
Se as Revoluções de Mídia são recorrentes, qual é o Fator Causante e o Consequente das mesmas?
- Percebemos que as Revoluções de Mídia fazem parte da luta pelo Sapiens para viver melhor, não é assim um fenômeno tecnológico, mas de sobrevivência;
- Mídias, cai a ficha agora, são tecnologias centrais da espécie que surgem para nos permitir sofisticar a nossa sobrevivência.
E chegamos, a partir destas questões, no Fator Causante e Consequente das guinadas civilizacionais:
- Fator Causante – aumento populacional;
- Fator Consequente – criação de modelos de cooperação mais sofisticados.
A lógica é simples:
- Mais gente, mais complexidade;
- Uma maior complexidade, torna as formas de comunicação e cooperação obsoletas;
- E novas mídias vêm permitir que sofistiquemos nossa sobrevivência, sempre na direção de menos para mais descentralização.
O que aprendemos?
Complexidade não rima com centralização.
Quanto mais complexo é um ambiente de sobrevivência, mais descentralizado ele precisa ser, repassando as decisões do centro para as pontas.
Um exemplo bem simples é o do restaurante a quilo.
Quando temos muita gente para comer, com cada vez mais velocidade, é preciso tirar os intermediários dos processos e deixar o pessoal se servir.
A retirada dos intermediários para combater a complexidade é algo que vimos no passado, estamos observando no presente e será o que os nossos descendentes verão no futuro.
É isso que ocorre ao longo da Macro História do Sapiens: mais gente, menos intermediadores!
Podemos dizer, assim, que as Revoluções de Mídia são:
- O Fator Detonante das grandes Revoluções Civilizacionais;
- Que a partir delas inauguramos uma nova Civilização mais descentralizada e, portanto, mais capacitada a lidar com a nova Complexidade Demográfica.
Não é possível, assim, que possamos entender o Digital usando a velha e obsoleta Ciência Social 1.0 (pré-Mcluhan)!
Quando leio livros e mais livros, que abordam temas ligados às Ciências Sociais Específicas, o que percebo é o seguinte:
- Se percebe ou se sente determinadas demandas verdadeiras, mas não se percebe o movimento mais global;
- Se tem percepções, mas não os padrões necessários para entender onde estamos e para onde vamos.
E, portanto, respondo, assim, o título do artigo: “Mistério resolvido: entenda por que não conseguimos entender o Mundo Digital!”
Estamos diante do Digital tentando apertar um parafuso com um martelo ou usando a chave de fenda para bater um prego.
É isso, o que dizes?
“Nepô é o filósofo (cientista da sabedoria) da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” – Léo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções.” – Fernanda Pompeu.
“Nepô tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos.” – Fernanda Pompeu.
Ser capaz de encontrar e inter-relacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.” -Fernanda Pompeu.
Bem vindo à Bimodais – estudamos a nova Ciência da Inovação, que se divide em Inovação Civilizacional, Grupal e Pessoal.
Estamos mais focados em 2024 na Inovação Pessoal.
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Mais dúvidas?
Me pergunta….
Abraços,
Nepô.