O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
No presente texto, Nepô nos apresenta uma análise dos quatro tipos de projetos de vida que uma pessoa pode assumir, destacando a importância de tornar conscientes as escolhas existenciais. Ele enfatiza que muitos vivem de maneira inconsciente, sendo levados pelas circunstâncias em vez de conduzirem suas próprias vidas. Viver melhor implica questionar os paradigmas pessoais e escolher conscientemente entre deixar nenhum legado, apenas legados genéticos, legados não genéticos incrementais, ou legados não genéticos disruptivos. Nepô sublinha que a sociedade, em geral, tem baixa consciência sobre os projetos existenciais, ao contrário da cultura japonesa que, com o conceito de Ikigai, incentiva desde cedo a reflexão sobre o propósito de vida.
No presente texto, Nepô nos apresenta ainda uma análise crítica do livro “Crescer & Transcender: os Benefícios do Autoconhecimento e as Características da Mentalidade Expansiva” de Di Saval, um filósofo brasileiro. Nepô destaca que Saval, autor prolífico de e-books, não hierarquiza recomendações, não busca padrões ou contextos históricos, e se limita a sugestões de conduta sem apresentar histórias ou pesquisas. Saval define autoconhecimento como um processo contínuo de autoexploração, porém, Nepô sugere que é mais eficaz pensar em gerenciar nossos diversos “Eus Internos” de maneira progressiva. Nepô também discute a importância de reconhecer a formatação obrigatória que passamos para nos tornarmos Sapiens, e a necessidade de questionar e ajustar hábitos dentro dos nossos ambientes para uma vida mais alinhada com nossos projetos existenciais, especialmente aqueles mais disruptivos.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Como todos nós somos formatados para ser Sapiens, uma pessoa que pouco pensa sobre o seu projeto de vida, é mais levado do que leva a sua vida.
- Viver, de forma mais independente, é um continuado processo de reformatação da Formatação Básica Obrigatória que passamos.
- No fundo toda terapia emocional é uma hábitoterapia.
- Uma terapia emocional mais adequada, seja ela qual for, sempre deve procurar fazer uma revisão dos hábitos para que eles mais nos ajudem do que nos atrapalhem.
- Os hábitos são a base da nossa vida. Quando queremos mudar algo em nós, na verdade, estamos nos dizendo: “vou refletir e procurar hábitos mais adequados”.
- Uma vida melhor é aquela que aprendemos a conhecer e gerenciar de forma progressiva e continuada (que nunca tem fim) os nosso vários Eus Internos.
- De maneira geral, na cultura ocidental, onde se inclui a brasileira, as pessoas NÃO são estimuladas desde cedo a escolher um tipo de Projeto Existencial.
- Nos Ambientes de Sobrevivência, que estimulam o Ikigai, há uma Taxa Maior de Consciência dos Projetos de Vida.
Os Mapas Mentais do Artigo:
Vamos ao Artigo:
“Não se pode chegar aonde ninguém chegou fazendo do mesmo jeito que todo mundo faz.” Albert Einstein.
Iniciamos a Bimodalização dos livros de Di Saval, filósofo brasileiro, que produziu uma série deles e publicou, de forma independente na Amazon.
Este é o primeiro artigo.
Iniciamos com o livro “Crescer & Transcender: os Benefícios do Autoconhecimento e as Características da Mentalidade Expansiva.” Vamos Bimodalizar quatro no total.
Primeiro um parênteses.
Os quatro tipos de projetos de vida
Quando vamos procurar ajudar alguém a ter uma vida melhor, o primeiro passo é analisar, antes de tudo, o quanto as escolhas de vida que ela faz são mais conscientes ou inconscientes.
Como todos nós somos formatados para ser Sapiens, uma pessoa que pouco pensa sobre o seu projeto de vida, é mais levado do que leva a sua vida.
Viver, de forma mais independente, é um continuado processo de reformatação da Formatação Básica Obrigatória que passamos.
Se eu digo que quero viver melhor, significa que eu vou procurar questionar paradigmas que eu estou usando e estão mais atrapalhando que ajudando na minha vida.
Se eu digo, quero assumir mais a minha vida, acabamos diante de quatro escolhas existenciais, em termos de legados que quero deixar:
- Sem nenhum legado;
- Com apenas legados genéticos (filhos e netos);
- Com legados (independente dos genéticos) não genéticos incrementais;
- Com legados (independente dos genéticos) não genéticos disruptivos.
Quando leio que as pessoas precisam trabalhar 10 mil horas para chegar na excelência, que é preciso ter um Ikigai, ou um propósito de vida, antes de tudo, é preciso que cada pessoa se pergunte:
Qual é o tipo de projeto de vida que eu quero para mim?
Não podemos generalizar que todas as dicas de vida melhor e mais significativas servem para todos – depende da escolha existencial que cada pessoa faz.
Se vamos procurar ajudar alguém a melhorar de vida, antes de tudo, devemos tornar consciente a escolha existencial que ela quer fazer.
Para cada tipo de projeto existencial escolhido, cabe um estilo de vida.
De maneira geral, o que temos na sociedade são vidas com baixa consciência sobre os Projetos Existenciais escolhidos.
Quando os japoneses criaram o Projeto Existencial, baseado no Ikigai, há uma preocupação, desde cedo, que cada pessoa reflita e tome consciência do seu projeto.
Nos Ambientes de Sobrevivência, que estimulam o Ikigai, há uma Taxa Maior de Consciência dos Projetos de Vida.
De maneira geral, na cultura ocidental, onde se inclui a brasileira, as pessoas não são estimuladas desde cedo a escolher um tipo de Projeto Existencial.
Dito isso, passemos à Bimodalização dos livros de Saval.
Um resumo inicial do estilo Saval
Saval é um autor muito produtivo, tem muitos livros na Amazon, na maioria bem curtos, no estilo e-books. Faria o seguinte diagnóstico da sua produção, com textos que não:
- Hierarquizam pouco as recomendações que faz;
- Não procuram padrões;
- Não procura entender o Sapiens de forma mais ampla, se restringindo a sugestões de conduta;
- Que não relaciona os desafios da vida aos contextos históricos;
- Não conta histórias ou apresenta pesquisas – uma característica bem presente nos autores americanos de Inovação Pessoal.
A Bimodalização de Saval vai assim na procura de mais insights do que de aprendizados, que foram poucos.
O livro “Crescer & Transcender” é o primeiro dele.
Diz ele:
“Esse livro é dedicado a todas as pessoas que não veem a vida somente como um processo biológico entre o nascimento e a morte, mas como um processo de autodescoberta.”
Ou seja, pessoas que estão querendo sair de Projetos Existenciais Mais Inconscientes.
Eu não sou, eu estou em contínuo processo, enquanto estou vivo
Ele continua:
“É preciso reconhecer que só se conhecendo profundamente você lida melhor com o mundo e que, dessa maneira, irá poder viver e aproveitar as suas experiências diárias de maneira mais plena.”
É preciso definir o que entendemos como “se conhecendo profundamente”.
Eu prefiro dizer que:
Uma vida melhor é aquela que aprendemos a conhecer e gerenciar de forma progressiva e continuada (que nunca tem fim) os nosso vários Eus Internos.
Não é algo profundo, mas continuado e progressivo, que vai se modificando em função da idade e das novas situações de vida que vão ocorrendo.
Saval diz:
“Autoconhecimento pode-se definir como o processo pelo qual alguém conhece a si mesmo, a partir da investigação dos seus gostos, hábitos, limitações, capacidades, ações e reações.” // “Uma vez conectados com tudo aquilo que nos faz ser quem somos poderemos nos expressar melhor em todos os aspectos.”
Não há um “conhecer a si mesmo”, pois o “si mesmo” não existe, somos um continuado processo.
Não temos alguém para conhecer em nós, mas desenvolver um projeto de pesquisa do que podemos nos chamar de fenômenos em movimento.
Eu não sou, eu estou em contínuo processo, enquanto estou vivo.
Prefiro quando ele vai nessa linha:
“Quanto mais funcional você se torna, você vai reagir cada vez menos e agir cada vez mais, de maneira mais consciente, diante das influências do mundo e dos apelos dos outros.”
Eu mudaria para:
Quanto mais curador você se torna dos seus vários Eus, você vai reagir de forma melhor e mais proativa, diante das influências do mundo e dos apelos dos outros.
A importância de assumirmos que somos formatados para ser Sapiens
Saval diz:
“Vamos sendo alienados de nós mesmos. E ao “deixar a vida nos levar” viramos um papel ao vento. Um dia, quando somos obrigados a agir por nós mesmos, ficamos tão ansiosos que paralisamos.”
Note que aqui temos um problema de visão do Sapiens.
Somos formatados para virar Sapiens, não somos alienados de “nós mesmos”, nós somos filhos dessa formatação obrigatória.
Se não somos, desde cedo, preparados para entender que viver é se reformatar, acabamos achando que a formatação que tivemos é o que chamamos de “nós mesmos”.
Uma boa frase:
“A primeira verdade observável sobre os hábitos é: eles não são eliminados, mas substituídos.”
Os hábitos são a base da nossa vida. Quando queremos mudar algo em nós, na verdade, estamos nos dizendo: “vou refletir e procurar hábitos mais adequados”.
Uma terapia emocional mais adequada, seja ela qual for, sempre deve procurar fazer uma revisão dos hábitos para que eles mais nos ajudem do que nos atrapalhem.
No fundo toda terapia emocional é uma hábitoterapia.
Veja como não entendemos a FBO, diz ele:
“Bem cedo, vamos sendo como que “colonizados” pelo mundo exterior. Vamos sendo adestrados pelas influências e padrões alheios que invadem as nossas consciências e gradualmente vamos sendo moldados.” // A tradição familiar, que ironia, é a nossa primeira barreira de controle. Somos educados nos bons costumes que supostamente facilitariam a nossa vida social. Levados pela máxima de “respeitar aos mais velhos”, nós vamos sendo reduzidos a bonecos repetidores de regras.”
Ele considera isso algo ruim e malvado.
O Sapiens precisa disso para virar Sapiens.
O que precisamos, no estilo Ikigai, é saber que isso ocorre e sermos preparados para descobrir nossos potenciais, separando o que foi adequado, ou não, na formatação.
Diz ele:
“Levantar-se contra o status quo é de fato o maior dos desafios, mas também é o passo definitivo para se conquistar a liberdade individual.”
Nem todo status quo precisa ser questionado, depende. É preciso saber o que atrapalha e o que não atrapalha.
Ele diz:
“Eis aí os grandes pilares da nossa zona de conforto. Ela garante uma vida tranquila, bem provida e até e segura, mas padronizada e por isso mesmo incapaz de corresponder e satisfazer à realidade individual de cada ser humano.”
Depende da escolha.
É preciso sempre destacar que as escolhas de Projetos Existenciais de Vida podem estar mais alinhados ou menos alinhados com o status quo.
Projetos Existenciais de Vida escolhidos dependem do apetite por desafios de cada pessoa, que são influenciados por:
- Características genéticas;
- Formatação Básica Obrigatória que recebeu;
- Ambiente de Sobrevivência que vive;
- E a conjuntura civilizacional em que nasceu.
Na verdade, o livro de Saval é mais voltado para pessoas que querem Projetos Existenciais de Vida Mais Disruptivos.
Que extrapolam a escolha por filhos e netos ou não deixar legado nenhum.
Nem todo mundo fez esta escolha.
É importante que os Conceituadores da Inovação Pessoal façam esse tipo de escolha.
Hábitos e ambiente
Outro ponto, agora de reforço, é a relevância da compreensão que determinados hábitos praticamente não serão modificados, sem que mudemos o nosso ambiente:
Ele diz:
“Não interessa tanto a sua resolução interior, você não vai mudar a sua vida se não alterar o seu ambiente. É aqui que a força de vontade fracassa. Ela não se concentra na mudança do ambiente, mas no aumento dos esforços pessoais para sobreporse a esse ambiente. E o que acontece? Você acaba sucumbindo a ele, apesar de todo o seu esforço.”
A defesa do egoísmo saudável
“A psicóloga usa o exemplo do motorista de um caminhão da Cruz Vermelha que, para levar água e comida para feridos de uma tragédia natural, precisa de vez em quanto recarregar e abastecer o veículo. Se ele não cuidar disso, logo vai travar à beira da estrada, sem poder ajudar ninguém.” // “É o que podemos chamar de “egoísmo necessário”.
É isso, que dizes?
“Nepô é o filósofo da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” – Leo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções. Ele tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos. Ser capaz de encontrar e interrelacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.” – Fernanda Pompeu.
“Os áudios do Nepô fazem muito sentido no dia a dia. É fácil ouvir Nepô é colocar um óculos para enxergar a realidade.” – Claudio de Araújo Tiradentes.
Bem vindo à Bimodais – estudamos a nova Ciência da Inovação, que se divide em Inovação Civilizacional, Grupal e Pessoal.
Estamos mais focados em 2024 na Inovação Pessoal.
Estamos entrando na Décima Primeira Imersão (de maio a junho de 2024.)
Valor: R$ 200,00, no pix.
Bora?
Quer doar e ganhar quatro aulas de aula gravada?
Por aqui:
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Mais dúvidas?
Me pergunta….
Abraços,
Nepô.
Com prazer informo que meu novo livro foi este mês para as livrarias. Já está à venda na Amazon: https://a.co/d/3r3rGJ0