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Frases de Divulgação do Artigo:
- Hoje, temos um Vocabulário Conceitual, que reforça algumas premissas, que, de maneira geral, são Anti-Inovação.
- Um conceito – seja ele qual for – não pode ser defendido apenas pelo status da autoridade que o usa e nem pelo tempo de uso, mas sim pela sua utilidade diante dos novos desafios.
- Se uma palavra que vem sendo utilizada passa a ser um empecilho para que a inovação ocorra, ela deve ser questionada e substituída.
- Quando alguém, por exemplo, resolve fazer psicoterapia, um dos principais trabalhos dos psicólogos é promover a revisão do vocabulário usado.
- Há uma fusão natural e muitas vezes invisível da forma como pensamos da forma como falamos.
- Boa parte do nosso vocabulário está repleto de conceitos que geram mais confusão do que precisão e explicação.
- Qualquer processo de mudança, seja ele qual for, se inicia pelo questionamento dos Paradigmas vigentes.
- Só quando questionamos a forma como falamos, que passamos a questionar a forma como pensamos.
Vamos ao Artigo:
“Nunca se deve aceitar algo só porque foi dito por uma autoridade.” – Gleiser.
(Do Acervo dos nossos Conceituadores da Inovação Preferidos)
Vocabulário é o conjunto de termos e expressões que pertencem a uma língua.
O Vocabulário é formado por um conjunto de palavras que acabam se consolidando no geral e em campos específicos.
O Vocabulário acaba por expressar os Paradigmas e os Paradigmas acabam sendo formados pelo Vocabulário.
Quando eu uso o conceito egoísmo ou egoísta há um uso mais corrente que é o de considerar alguém que só pensa em si e nunca nos outros.
Ayn Rand (1905-82) ao escrever o livro “A virtude do egoísmo” queria questionar o uso corrente da compreensão do vocábulo “egoísta”.
Ela queria questionar os Paradigmas vigentes e usou o questionamento de apenas um vocábulo para isso.
Ela disse que o egoísmo não é uma escolha do Sapiens, mas algo inerente a nossa espécie.
Todos temos que pensar nos nossos interesses para sobreviver.
O que diferencia as pessoas não é ser ou não egoísta, mas que tipo de egoísmo praticamos.
Quando queremos mudar nossos paradigmas, tudo começa pelo questionamento das palavras que costumamos usar.
Os principais Paradigmas acabam, em grande medida, refletindo a forma de como os intermediadores de plantão pensam.
O que acaba definindo o vocabulário usado e as interpretações mais corriqueiras das palavras.
Isso vale para a sociedade no geral e para cada um no particular dentro do seu ambiente familiar.
Há uma fusão natural e muitas vezes invisível da forma como pensamos da forma como falamos.
Quando alguém, por exemplo, resolve fazer psicoterapia, um dos principais trabalhos dos psicólogos é promover a revisão do vocabulário usado.
Todos os ambientes sociais, assim, usa um tipo de vocabulário, no qual estão embutidos os Paradigmas.
Se queremos inovar, mudar, alterar o rumo da prosa, é preciso refletir e analisar se as palavras que estão sendo usadas são mais ou menos adequadas.
Paradigmas são uma espécie de muro, no qual temos uma infinidade de tijolos, que são as palavras utilizadas.
Quando queremos incentivar um processo de inovação, seja onde for, precisamos observar se as palavras estão sendo bem utilizadas.
- O que devemos questionar nas palavras que usamos?
- São as mais precisas possíveis ou dão margem a diversas interpretações?
- São palavras que acabaram ganhando escala pela sua consistência ou pela simples repetição?
Fato é que:
Só quando questionamos a forma como falamos, que passamos a questionar a forma como pensamos.
O primeiro passo de qualquer mudança começa no questionamento do nosso vocabulário.
Vejamos um exemplo do questionamento das expressões:
- Se você diz que faz “dieta alimentar”, algo mais conjuntural, tem tudo para engordar de novo;
- Mas se propõe a fazer uma reeducação alimentar, que passa por uma conscientização, algo mais estrutural, tem mais chance de evitar engordar de novo.
Porém, cabe a pergunta: quais os conceitos precisam ser alterados e quais podem continuar sendo utilizados?
A demanda por modificações nas palavras correntes utilizadas vai depender do tipo de inovação que você está propondo fazer.
Se uma palavra que vem sendo utilizada passa a ser um empecilho para que a inovação ocorra, ela deve ser questionada e substituída.
A expressão, por exemplo, “pensar fora da caixa” – de uso corrente dentro da narrativa da inovação – mais atrapalha do que ajuda.
Por quê?
Quando queremos modificar algo na nossa forma de pensar, precisamos olhar para a nossa caixa para rever o que está lá.
É um processo de uso da nossa Mente Revisora sobre a nossa Mente Armazenadora.
A expressão vocabular “pensar fora da caixa” pode ser considerada tóxica, pois é:
- De uso muito corrente;
- Que induz a uma forma de pensar equivocada;
- Que mais atrapalha do que ajuda no processo de inovação, pois não se revê a caixa, se fica apenas flutuando fora dela.
É preciso, a partir disso, promover um trabalho cirúrgico no vocabulário corrente para identificar os Conceitos Mais Tóxicos dos Mais Saudáveis:
- Conceitos Tóxicos – aqueles que são chave para o processo de inovação, mas são pouco precisos e geram margem para a confusão;
- Conceitos Saudáveis – aqueles que são chave para o processo de inovação e são mais precisos dentro de uma nova visão – que nos levam à revisão dos Paradigmas.
Um exemplo clássico de um Conceito Tóxico – que citamos bastante aqui na escola – é o muito usado “Ciência Pura”.
Quem quer incentivar uma ciência mais voltada para a sociedade, vai esbarrar com essa forma de pensar que é expressa nesta expressão “Ciência Pura”, que faz o contraponto à “Ciência Aplicada”.
Aqui, temos um problema de uma falsa dicotomia, que incentiva a um imaginário que é o seguinte:
A Ciência que procura resolver problemas é impura e a que fica “viajando na maionese” é pura.
Uma dicotomia mais adequada é de que temos duas linhas de trabalho na Ciência: pesquisas mais abstratas e mais operacionais, que se relacionam e são dependentes uma da outra.
As mais abstratas apresentam resultados mais no longo e as operacionais mais no curto, mas estão relacionadas.
Ciência Mais Abstrata versus Ciência Mais Operacional faz mais sentido ainda mais mostrando que uma é pré-condição da outra.
As hipóteses mais abstratas serão a base para as mais operacionais e serão testadas quando forem colocadas à prova.
Em ambos os casos, se espera em algum momento uma aplicação para que se possa ajudar as pessoas e cumprir o papel da Ciência, o que varia é o prazo.
Note que um pesquisador que se diz “Cientista Puro” pode simplesmente não fazer nada e dizer que está pensando e divagando – a expressão permite que isso seja feito.
E ainda argumentar que não precisa entregar nada, pois não se espera aplicação do que ele faz, pois é algo puro e não impuro.
Quando temos dicotomias, como Pura e Aplicada, os antônimos precisam ter coerência entre si.
Há, por trás do conceito, uma distorção do papel da ciência, que é reforçado pelo Conceito Tóxico da “Ciência Pura”.
Um Conceito Forte e mais Saudável é aquele que reduz, ao máximo, a margem de interpretações.
Um pato é genérico, um biguá é mais específico.
Se estamos estudando a reprodução dos biguás, por exemplo, não se pode usar o vocábulo pato, pois não se sabe de que espécie se estuda a reprodução.
Esta demanda da revisão dos conceitos é algo fundamental em qualquer processo de inovação.
Porém, agora temos um outro agravante.
Vivemos, de forma conjuntural, o fim de uma Ditadura Civilizacional, depois de um longo período de mídias concentradas.
Longos períodos de concentração de mídia acabam por criar uma crise do vocabulário, que passa a estar muito acoplado aos Paradigmas dos antigos intermediadores.
Temos na concentração das mídias uma série de problemas de incentivo maior à massificação e a redução do estímulo à personalização.
Podemos dizer que temos hoje um Vocabulário, que está repleto de expressões que se disseminaram não pelos seus méritos, mas pelos interesses dos antigos intermediadores.
Boa parte do nosso vocabulário ligado à inovação está repleto de conceitos que geram mais confusão do que precisão e explicação.
Hoje, temos um Vocabulário Conceitual, que reforça algumas premissas, que, de maneira geral, são:
- Anti-empreendedorismo;
- Anti-originalização;
- Anti-inovação;
- Anti-descentralização.
Dentro da Renascença Civilizacional que estamos vivendo, é papel de quem quer inovar e descentralizar a sociedade questionar os Conceitos Tóxicos de plantão.
É normal, entretanto, quando passamos a questionar o vocabulário de uso corrente, que tenhamos diversas reações contrárias.
É bem comum, ao invés de se procurar entender, refutar ou aceitar os motivos dos questionamentos de determinadas expressões, termos as seguintes reações:
- “A expressão já é de uso corrente, por que mudar?”
- “Fulano de tal, que é uma autoridade respeitada, usa, portanto…”
- “Por que gerar essa crise desnecessária, vamos nos preocupar com outras coisas.”
Um conceito – seja ele qual for – não pode ser defendido apenas pelo status da autoridade que o usa e nem pelo tempo de uso, mas sim pela sua utilidade diante dos novos desafios.
Vivemos hoje dentro da Renascença Civilizacional uma forte demanda pela criação de um novo vocabulário mais compatível com a Civilização 2.0.
E é isso que os Conceituadores Renascentistas tem como missão executar.
Além disso, todo inovador tem que entender que é questionando os Conceitos Tóxicos, que se inicia o processo de mudança.
Por fim, faço isso em sala de aula com meus alunos e vejo que é justamente no momento em que eu questiono a forma deles de falar que eles começam a rever como pensam.
É isso, que dizes?
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