É comum me ligarem ou abrirem editais para “desenvolver aplicativos”.
Há um paradigma no mercado sobre o desenvolvimento de software centralizado, que está sendo importando, sem reflexão, para o mundo dos aplicativos.
Um cliente me convidou faz tempo, por exemplo, para desenvolver um software de educação a distância. Todos que iam fazer o curso iriam utilizar o programa.
Era algo obrigatório e centralizado.
Esse tempo passou.
Aplicativos ficam numa loja para serem baixados.
Acredito que dos milhares de aplicativos nas lojas online 1% deles consegue ser massivo, o resto fica lá com poucos usuários.
Por quê?
Hoje, um projeto de aplicativo precisa de projeto de negócios, centralizada em startup (mesmo que seja de cunho social sem fins lucrativos), com trabalho permanente em vários campos, a saber:
- marketing – para envolver mais gente para baixar e usar a ferramenta;
- atualização – para estar o tempo todo atualizando, a partir das críticas e necessidades;
- financeira – de recursos seja com fins ou sem fins lucrativos.
A ideia de “desenvolvimento de aplicativo” pode funcionar para alguém que já esteja nesse modelo, ou para um lugar que já tenha a comunidade formada, tal como um aplicativo oficial de uma cidade.
Ou aplicativo oficial de um museu, que já têm público cativo e vai baixar para usar.
Aplicativos independentes precisam destes pré-requisitos para sair do zero e ganhar escala.
É isso, que dizes?