Vejamos.
Ganância – Em que há avidez por ganho lucrativo lícitos ou ilícitos. É um sentimento humano que se caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe. É um egoísmo excessivo direcionada principalmente à riqueza material, nos dias de hoje pelo dinheiro (http://tinyurl.com/zef82zw)
Ambição – Desejo intenso de alcançar determinado objetivo, geralmente, material (http://tinyurl.com/h3t3po6)
Muitos defendem que a melhor sociedade seria uma sociedade sem ganância ou ambição.
Vou chocar um pouco, mas vou defender que só podemos baixar a taxa de ganância e ambição se controlarmos fortemente a população.
Aumentos populacionais empurram a sociedade necessariamente para a inovação e a inovação necessita de pessoas gananciosas e ambiciosas.
Se não houver pessoas que queiram sair da mesmice, não haverá inovação e se houver aumento de complexidade, entraremos em crise.
Aumentos demográficos nos empurram a fazer mais com menos e isso necessariamente nos leva à inovação, que nos empurra para uma certa taxa de ganância e ambição.
Mesmo que tenhamos crescimento zero e que não haja necessidade de inovação é preciso pensar que cada ser humano precisa produzir para sobreviver.
Assim, cada ser humano tem algum tipo de interesse particular e pessoal de resolver o seu problema diante da sobrevivência.
Haverá um pensamento individual e focado em resolver esse problema de alguma forma. Seja por emprego, trabalho, lucro, remuneração de qualquer tipo, venda.
Antes de qualquer pensamento social, cada pessoa precisa resolver o seu problema individual para chegar no final do mês e arcar com os custos de sua sobrevivência.
Mesmo que vivamos no regime mais comunista do mundo a pessoa estará pensando aonde vai trabalhar, em que organização, se perto de casa, se longe, com que chefe, fazendo o que?
Podemos dizer que sempre haverá o interesse individual e que esse interesse gera ambições de querer melhorar de vida, o que pode levar a ganância, que seria uma espécie de radicalização da ambição.
As vertentes políticas existentes de alguma forma sugerem como lidar com a questão do interesse, da ambição.
- Grupos centralizadores e da ordem planificada, que acreditam que o mundo tem um destino específico, sugerem uma mudança no ser humano para banir o interesse, a ambição e a ganância.
Querem, de alguma forma, ou pela religião ou ideologia, extirpar esse tipo de sentimento do ser humano.
- Grupos descentralizadores, defensores da ordem espontânea, que NÃO acreditam que o mundo tem um destino específico, sugerem é na explicitação do interesse, da ambição e da ganância, através da competição que se pode tornar estes sentimentos benéficos para a sociedade.
A vantagem da segunda abordagem é de que:
- não se elimina algo que historicamente se demonstrou fazer parte da humanidade;
- não cria crises de inovação, pois permite que tais sentimentos produzam novidades.
Para que isso seja possível, é preciso ambientes sociais transparentes, de livre concorrência e que se estabeleça uma cultura aberta de interesses.
Há uma certa resistência no Brasil por esse tipo de cultura, pois é um pouco incompatível com nossa religiosidade católica.
É isso, que dizes?