Aqui vamos discutir algo geral das ciências e apoio para pesquisadores e críticos ao se deparar com fenômenos.
Note que temos três momentos no desenvolvimento de análise de um dado problema, como vemos abaixo:
Toda teoria, a princípio, visa chegar a um dado tratamento. Conhece-se para mudar ou se relacionar melhor com os fenômenos que nos cercam. O tratamento é a metodologia que vai, a partir de um diagnóstico dos sintomas agir em um dado problema.
O primeiro passo é analisar o sintoma.
Que tipo de sintoma é para que possamos ver como e de que forma vamos dedicar nosso tempo para sermos mais eficazes.
- É um sintoma conhecido, ou próximo do conhecido?
- Ou é um sintoma novo e desconhecido?
Sintomas diferentes denotam que há algo na maneira de vermos a realidade que precisa de ajuste, pois se há um sintoma que não conhecemos, há algo na nossa percepção que NÃO ESTÁ PRONTO para captar aquele fenômeno.
Ou ele é novo, provocado por alguma força da realidade que se alterou, da qual não imaginávamos que provocaria esse novo fenômeno. Ou é algo que sempre esteve ali e passou a ter algo diferente que nos chama a atenção.
Assim, nestes casos é preciso REVER A PERCEPÇÃO para poder diagnosticar o problema.
Há, assim, duas opções de MÉTODO para se lidar com um dado problema, ou foi escolhida por alguém e pode se analisar se há, ou não, um erro metodológico. O método indutivo e o dedutivo:
- Indutivo – de baixo para cima, dos fatos para ver onde se encaixam nas teorias prontas, pois o que falta é coletar mais informações;
- Dedutivo – de cima para baixo, que vem recendo as teorias prontos, pois há um erro na nossa percepção que precisa ser revisto.
De maneira geral, o método indutivo é o mais utilizado, pois demanda menos esforço e se trabalha mais com os sentidos, pois trata-se de ir levantando dados, pois as teorias de plantão não precisam de grandes ajustes.
Porém, se são sintomas novos, o método indutivo será mais demorado, custoso e pouco eficaz, pois irá trabalhar com o mesmo paradigma para analisar sintomas novos, não procedendo a REVISÃO TEÓRICA necessária. O diagnóstico levará a um tratamento ineficaz.
Demonstro abaixo o desafio de cada uma das escolhas e a revisão necessária:
Não há um método melhor do que outro, mas são duas ferramentas disponíveis para o pesquisador, dependendo do sintoma que será analisado.
Nossa academia hoje está viciada e intoxicada do método indutivo, pois vivemos no século passado um forte controle das ideias, o que fez com que os sintomas pudessem ser, principalmente no campo das ciências sociais, bem conhecidos.
Com a chegada da Internet e a Expansão Cognitiva muitos sintomas começam a aparecer bem diferentes do que estamos acostumados, mas em função do piloto automático insistimos em analisá-los com o método que estamos acostumados.
Vide os equívocos que estão sendo cometidos.
É isso, que dizes?
sabe qual é a dificuldade que eu vejo em mim e nas outras pessoas? É o para e pensa. No texto você fala sobre analisar os fatos e perceber se existem sintomas novos, mas a nossa reação mais costumeira é reagir e não refletir. É preciso um treinamento quase ninja para saber calar e pensar os sintomas. Esse processo do entendimento das percepções e treinar isso, para mim, é fundamental.